sexta-feira, 28 de outubro de 2011

HORA DE DESPERTAR

Quem acorda cedo é mais feliz, saudável e magro, diz pesquisa 


Por Ilana Ramos  | 19/09/2011 

Nada como uma boa noite de sono. Ela relaxa o corpo e a mente, organiza as ideias e pensamentos e nos deixa novinhos em folha para encarar o dia seguinte. No entanto, só uma boa noite de sono não o é suficiente para manter a nossa saúde em dia, o ideal é que todas as noites sejam de paz e tranquilidade. Para reforçar a importância de se dormir bem, uma pesquisa da Universidade de Roehampton ainda acrescenta à lista de benefícios do sono a hora de despertar. Reforçando aquele velho ditado que diz “Deus ajuda quem cedo madruga”, pesquisadores afirmam que acordar mais cedo ainda pode deixar você mais magro, feliz e saudável.
Os pesquisadores da universidade britânica entrevistaram 1.068 homens e mulheres sobre sua saúde, dieta, níveis de felicidade e ansiedade, bem-estar físico e hábitos de sono. O estudo dividiu os entrevistados em dois grupos: matutinos, que representavam 13% dos entrevistados e acordavam por volta das 6h58m durante a semana e vespertinos, que levantavam por volta de 8h54m, e contavam 6%. Os outros 81% ficaram entre os dois. A pesquisa concluiu que os matutinos demonstraram mais felicidade, menores níveis de ansiedade e ainda tinham menos riscos de sofrerem de depressão. Eles também eram mais propensos a tomar café da manhã, que já havia sido ligado a um menor índice de massa corpórea.
Não importa a hora que você levante, ter regularidade de sono é o mais importante. Para Andrea Bacelar, membro do Departamento do Sono da Academia Brasileira de Neurologia (ABN), "o que sabemos é que o sono com horários regulares, ou seja, hora para dormir e hora para levantar, é o grande fator para o equilíbrio do corpo e da mente. E também o tempo total individual de sono deve ser respeitado, sendo a média da população de sete horas por noite. O fato de ser vespertino não é um problema, a menos que obrigações e compromissos o obriguem a assumir ritmos diferentes do que o ritmo biológico que um vespertino necessita".
Os benefícios de se acordar cedo são inúmeros e não se restringem a questões de saúde. "Acordando cedo, estamos mais sincronizados com a luz solar, pois quando começa a clarear, acordamos, e quando escurece começamos a desacelerar e vamos dormir. Ter regularidade na vida é ser saudável. Fazer atividade física matinal é mais benéfico que fazer a noite. Fazer as refeições em horários adequados nos ajuda a manter o peso. Além disso, temos mais horas do dia para nossos afazeres. Para um indivíduo que acorda tarde, sobram poucas para resolver seus problemas ligados ao horário comercial", diz Andrea
Pessoas mais velhas não precisam se preocupar tanto com o horário que despertam, pois geralmente dormem menos. Segundo Andrea, "esse fenômeno é fisiológico. Os idosos não só acordam mais cedo como passam a dormir mais cedo. A sincronização do claro e escuro pode não ser tão eficaz, a produção de neurotransmissores fica alterada, a acetilcolina diminui e a melatonina (hormônio promotor de sono) também. No entanto, a insônia deve ser investigada e tratada adequadamente, por ser um fator de risco para doenças degenerativas, baixa imunidade, depressão e até morte. O tratamento passa por higiene do sono (evitar cafeína, levantar sempre no mesmo horário, não cochilar à tarde etc), técnicas de relaxamento e, também, uso de medicamentos".
Para quem acorda mais tarde, é possível "educar" o corpo a despertar em um novo horário. "Há duas situações. Uma é quando precisamos nos adaptar a uma diferença de fuso-horário. O organismo vai se adaptando àquele novo horário 15 minutos a cada dois dias. Outra situação é ser um vespertino e precisar passar a dormir mais cedo e acordar mais cedo. Isto é possível, sim, porem depende de medicação, luz e disciplina do paciente", conclui Andrea.

segunda-feira, 17 de outubro de 2011

LAZER E DIVERSÃO NA TERCEIRA IDADE




Quando você pensa em idosos, pensa em cadeira de balanço, pijamas e cobertor? Isto é apenas um estereótipo. O fato é que de uns anos para cá os padrões mudaram. As pessoas têm chegado à terceira idade cada vez mais fortes e saudáveis. Quem passou dos sessenta anos nos dias de hoje, se acostumou a uma vida agitada, repleta de atividades físicas. Não é à toa que haja uma procura cada vez maior por lazer e diversão. Os passeios na pracinha para jogar milho aos pombos e só se divertir em uma partida de dominó ficaram no passado.
Pensando nesta promissora fatia de mercado, as agências de turismo, bingos, casas noturnas e academias promovem eventos visando atrair o público "mais experiente". Desde cruzeiros marítimos até ecoturismo, passando por atividades tranqüilas; tudo adaptado para todos os gostos e possibilidades.

Livros

Bom para quem quer se manter atualizado, a leitura, seja qual for é um excelente exercício para a memória além de ser ótimo passatempo. O leitor se transporta para um universo todo novo, conhece tipos diferentes e sempre aprende alguma coisa diferente.

Música

A música é fonte de descontração. Você pode ouvir as suas canções preferidas e dançá-las. Além disso, os menos tímidos podem se aventurar tentando tocar algum instrumento. As opções são variadas, indo dos mais simples, como tamborim e outros instrumentos de percussão, passando para o violão, piano e flauta transversa. A prática de um instrumento apura os ouvidos, aumenta a sensibilidade e a coordenação motora, além de ser um bom pretexto para organizar saraus e reunir os amigos.
Conhecer os novos ritmos, sucessos e cantores é um jeito de continuar "antenado" com as novas tendências.

Filmes e Peças Teatrais

Assistir peças ou ir ao cinema é, sem dúvida, uma grande diversão. Transporta o espectador para um mundo diferente do seu. Faz sonhar, se emocionar. Chamar os amigos em torno de uma sessão de vídeo em casa ou com eles ir ao cinema é uma boa opção. As prefeituras dão incentivos, cobrando apenas meia entrada dos idosos.
Bingo

Os bingos, tão populares em quermesses, hoje são um negócio rentabilíssimo para diversos empresários que oferecem aos seus clientes cada vez mais conforto e comodidade. Salas refrigeradas, drinques e canapés, além de manobrista na porta e táxis à disposição, os bingos podem se transformar em ponto de encontro dos amigos e uma forma alternativa de conhecer pessoas novas.

Mas, cuidado: apesar de proporcionar momentos de distração, pode se tornar um vício sério e perigoso quando a pessoa perde o controle e passa a fazer do jogo sua única opção.

Dança

Uma das atividades mais procuradas hoje em dia é a dança de salão. O ritmo animado e os movimentos compassados podem trazer diversos benefícios ao corpo e à mente. As academias de dança variam de ritmo, e não é necessário se ter um par. É importante, no entanto, saber se você está apto a esse grau de atividade física. Converse com seu médico antes de se matricular em uma academia.
O dançarino e professor Carlinhos de Jesus diz que quanto mais cedo a pessoa começa a dançar, maiores os benefícios. "Mas nunca é tarde para entrar no salão", afirma. "A dança estimula a criatividade e fortalece a autoconfiança".
Os benefícios da dança são tantos que já existe uma corrente própria para a terceira idade: a maior novidade é a Dança Sênior, criada na Alemanha, realizada em grupo, e que pode ser praticada até por quem mal consegue se locomover.

Passeios ao Ar Livre

Caminhadas matinais à beira da praia ou em parques é uma excelente opção de lazer. Além de gratuito, é saudável e prazeroso. Acrescentar a isso exercícios de alongamento só enriquece a caminhada.

Vans

As vans oferecem conforto e segurança. Podem ser alugadas com motorista e sua despesa ser dividida com os amigos. Alguns lugares como casas de espetáculo, bingos e restaurantes oferecem esse meio de transportes para seus clientes. Algumas até oferecem um pequeno lanche! A diversão já começa durante o trajeto.

Turismo

Viajar em qualquer idade sempre foi fonte de imenso prazer e distração. O cliente "jovem", de meia idade, aproveita essa fase da vida para conhecer lugares há muito sonhados, ou voltar onde um dia passou e gostou. Existem pacotes turísticos próprios para a terceira idade. Alguns hotéis fazenda contam com estrutura médica, nutricionistas e professores de educação física que estão preparados para supervisionar os passeios e atividades.

É importante não confundir aposentadoria com lazer. Ela é apenas um momento de descanso, direito de quem trabalhou longos anos. Deve-se somar à aposentadoria uma rotina saudável, que inclua diversão e exercícios leves, que podem melhorar as condições físicas e afastar o fantasma do mau humor e da depressão.

sábado, 15 de outubro de 2011

TERAPIA OCUPACIONAL


Terapia Ocupacional


A terapia Ocupacional (TO) tem um papel fundamental no processo de cura junto à pessoas que apresentem disfunções físicas, sensoriais e/ou mentais, bem como dificuldade de adaptação ao meio em decorrência dessas disfunções ou de outros processos que venham a desencadear prejuízos à saúde biopsicossocial do indivíduo e da sociedade em que está circunscrito.

Objetivos da Terapia Ocupacional: 

Promover e manter a saúde, restaurar e/ou reforçar capacidades funcionais, facilitar a aprendizagem de funções essenciais e desenvolver habilidades adaptativas visando auxiliar o indivíduo a atingir o grau máximo possível de autonomia no ambiente social, doméstico, de trabalho e de lazer, tornando-o produtivo na vida de relação.

Atuação da Terapia Ocupacional Geronto-Geriátrica 

De um modo geral, é função do Terapeuta Ocupacional restabelecer as perdas físicas, mentais e sociais, que causam desajuste no idoso.
Na atuação com o idoso, a terapia Ocupacional age como um facilitador que capacita o mesmo a fazer o melhor uso possível das capacidades remanescentes, a tomar suas próprias decisões e lhe assegurar uma conscientização de alternativas realísticas.
Através do estímulo ao auto-conhecimento e ao autocuidado, gerando uma melhoria na auto-estima, o idoso tem condições de lidar com seus potenciais e a partir daí construir uma maneira própria de se relacionar com o meio social, atuando nele mais autonomamente. Basicamente, procura-se que o idoso tenha um desempenho mais independente possível, enfatizando as áreas de autocuidado, do trabalho remunerado ou não, do lazer, da manutenção de seus direitos e papéis sociais.

A atividade é um meio através do qual se vivencia significado existencial através da expressão de valores, da auto-responsabilidade, da (re)descoberta de competências e habilidades, do compromisso, e de sistematicidade, podendo envolver ainda convívio social pautado por bem-estar.

A Terapia Ocupacional utiliza instrumentos de avaliação funcional, das estruturas mentais, emocionais e sociais, e avalia principalmente o desempenho das Atividades da Vida Diária, pois são os principais indicadores da autonomia do idoso.

A avaliação do idoso em terapia ocupacional é determinada pela estimativa de sua força e debilidade, pelo reconhecimento de potencialidades remanescentes e de possibilidades reais de desempenho das atividades cotidianas. Para tanto deve-se analisar o que o paciente fazia antes de sua enfermidade e/ou estado atual e o impedimento entre ambos. Avalia-se também o estado biológico (força, tônus muscular, amplitude articular, etc.), o estado psicológico (memória, estado de ânimo, capacidade de aprendizagem, etc.), o estado social (incluindo a capacidade dos que o ajudam: familiares, amigos, voluntários) e o ambiente físico (barreiras arquitetônicas e possibilidades ambientais) na perspectiva de segurança do idoso no seu lar. Todos estes fatores devem ser analisados e adaptados para obter-se o máximo aproveitamento das condições, tendo-se em conta as limitações funcionais do paciente.

A capacidade física dos idosos está limitada por alguns fatores fisiológicos: diminuição da potência muscular, fragilidade óssea, artrites e perda da elasticidade do tecido conjuntivo.
Os fatores que afetam o SNC são os que, com maior freqüência, produzem incapacidades no transcurso dos anos. Variações das atividades mentais como a diminuição de atenção, perda progressiva de memória e instabilidade emocional, adicionadas às alterações da atividade neurológica como diminuição dos reflexos e dificuldade em realizar movimentos, além das alterações sensoriais decorrentes do processo do envelhecimento.
Os idosos mostram-se ansiosos quanto à sua segurança, à sua saúde, às relações familiares e cansam-se mais facilmente a medida que a idade aumenta. Não aprendem tão rapidamente nem retém as informações recebidas como as pessoas jovens, portanto em terapia ocupacional os cuidados devem ser direcionados para estas características peculiares dos idosos.

Objetivos gerais da Terapia Ocupacional em Geriatria e Gerontologia: 

1. Integrar a pessoa em idade avançada à sua própria comunidade, tornando-a o mais independente possível e em contato com pessoas de todas as idades, promovendo relações interpessoais.
2. Incentivar, encorajar e estimular o idoso a continuar fazendo planos, ter ambições e aspirações.
3. Contribuir para o ajustamento psico-emocional do idoso e sua expressão social.
4. Manter o nível de atividade, alterando o ambiente se necessário.
5. Enfatizar os aspectos preventivos do envelhecimento prematuro e de promoção de saúde.
6. Reabilitação do idoso com incapacidade física e/ou mental.
Tais objetivos estão na dependência do estado de saúde do indivíduo, do seu grau de independência nas atividades da vida diária (AVD) e no seu grau de interesse e participação.

Locais de atuação da TO Geronto-Geriátrica: 
-Centros de Convivência, Hospitais-Dia, visando a melhoria na qualidade de vida, através da socialização, organização da rotina, recreação e lazer
-Ambulatórios, Hospitais, Centros de Especialidades Médicas, através da prevenção de agravos, decorrentes da não orientação ao paciente idoso e/ou familiares, e a reabilitação física e mental devido à degeneração ocasionada por patologias crônicas.
-Atendimentos Domiciliares, desenvolvendo adaptações ambientais (segurança do lar), treinos e orientações específicas para familiares e/ou cuidadores, e serviços especializados para atender à várias patologias (físicas e/ou mentais) que acometem os idosos, como: seqüelas de acidente vascular cerebral, mal de Parkinson, vários tipos de Demências incluindo principalmente, a Doença de Alzheimer, Depressão, Artrite Reumatóide, Doenças Cardiovasculares, Musculares e Respiratórias, entre outras.

-Instituições Asilares, Abrigos e Casas de Repouso, realizando uma atenção dirigida para a integração social do idoso institucionalizado, bem como a prevenção de degeneração física, mental e social ocasionada, na maioria das vezes, pôr um longo período de asilamento.
Terapia Ocupacional em Reabilitação Geriátrica

Esta modalidade de TO tem sido comprovada como tratamento da mais alta eficácia em vários hospitais e por diversos autores, que são unânimes em ressaltar não só os benefícios físicos advindos desse tratamento, como também os benefícios terapêuticos no caso de problemas sociais e psicológicos.
O grande objetivo da Terapia Ocupacional em Reabilitação Geriátrica é manter no idoso a vontade de viver, e que o mundo para ele continue povoado de finalidades. Sentindo-se útil e ativo ele escapa ao tédio, à decadência e à marginalização.

Em Reabilitação Geriátrica, não se insiste em metas profissionais. Sob o ponto de vista físico, o importante é o restabelecimento funcional máximo; manter as funções corporais, melhorar as funções dos músculos e articulações com o objetivo de conseguir o máximo de independência física, sobretudo em atividades da vida diária. Preocupação constante quando acamado, como mudanças de posição, tratamento da pele, exercícios físicos, visando sempre ao aspecto preventivo de invalidez permanente.

Observar os princípios que são específicos nos casos de incapacidade física como, idealizar e adaptar os equipamento auxiliares para o idoso, como por exemplo o uso de próteses auditivas, amplificadores de som e outros.

Dentre as principais patologias e disfunções atendidas pela Terapia Ocupacional destacam-se:

Os Acidentes Vasculares Cerebrais, Mal de Parkinson, Doença de Alzheimer e diversos tipos de Demências, as Doenças Reumáticas e Artríticas, seqüelas decorrentes de doenças crônico-degenerativas como o Diabetes, as Neoplasias, a Hanseníase, entre outras.
Atendimento Domiciliar

Dentre as formas de atenção, o atendimento domiciliar, é aquele que proporciona ao Terapeuta Ocupacional, um maior contato com a família do idoso, facilitando a aproximação da terapia com a realidade do paciente, e colaborando na promoção e manutenção de laços afetivos entre idosos e familiares, garantindo portanto o apoio destes, e proporcionando esclarecimentos acerca das maneiras de lidar com os idosos com limitações, ou seja uma ação educativa com a família.

A compreensão dos tipos de relacionamentos estabelecidos com os idosos, proporciona ao terapeuta uma idéia de qual espaço o paciente ocupava no lar, e saber quais pessoas de sua convivência podem colaborar diretamente com a terapia.

As situações cotidianas estão incluídas num processo terapêutico mais próximo da realidade do idoso, pois abrangem algumas de suas necessidades mais primárias ( atividades da vida diária ) e outras mais secundárias.

A adequação de atividades diversas e da estrutura física domiciliar, quando necessárias, devem levar em conta os aspectos culturais particulares do idoso e sua família. A Terapia Ocupacional muito pode fazer no sentido de adequar o domicílio, ou o lugar onde o idoso reside, principalmente se este idoso faz uso de adaptações ou recursos de tecnologia assistiva. No caso dos idosos, o ambiente físico pode ser um fator de risco para várias desordens de saúde se não estiver bem adaptado às suas dificuldades e necessidades. Dentre elas destacam-se as quedas e outros acidentes semelhantes. Uma questão também pertinente é a da independência nas atividades da vida diária. Um planejamento físico adequado pode proporcionar ao idoso com deficiências ou dificuldades uma maior autonomia e segurança dentro do lar.

quinta-feira, 13 de outubro de 2011

SOLIDÃO - "ASSASSINO INVISÍVEL" DO IDOSO


Solidão - o grande "assassino invisível"
A solidão é o "assassino invisível" do idoso, que ameaça a saúde, tanto quanto a obesidade ou o tabagismo. O custo emocional da solidão pode ser conhecido, mas os danos físicos provocados por ela têm sido negligenciados.

Um em cada dez idosos sofre de solidão intensa, o que conduz a um risco aumentado de depressão, que favorece o desenvolvimento de maus hábitos alimentares e de práticas sedentárias, que excluem a atividade física do cotidiano. A falta de interação social aumenta as chances do idoso de sofrer com doenças degenerativas, como o Alzheimer.

De acordo com o estudo realizado com 2.200 pessoas, apenas uma em cada cinco tinha ciência que a solidão é um fator de risco para a saúde. A solidão entre os idosos está aumentando, em parte, devido ao maior número de idosos morando sozinhos e, em parte, devido à dispersão das famílias.
A Organização Mundial da Saúde já classifica a solidão como um fator de risco para a saúde maior que o tabagismo e tão grande quanto a obesidade.

Riscos da solidão na terceira idade

Além dos custos sociais e econômicos, precisamos considerar as implicações emocionais e psicológicas de um número crescente de pessoas mais velhas, no Brasil e no mundo.
O isolamento social e longos períodos de solidão podem levar o idoso a desenvolver um quadro de depressão. A depressão é frequentemente uma doença crônica, com episódios de recorrência e de melhoria. Cerca de um terço dos pacientes com um único episódio de depressão apresentará outro episódio dentro de um ano, após a descontinuação do tratamento. E mais da metade terá uma recorrência em algum momento de suas vidas. Até o momento, mesmo antidepressivos mais modernos não conseguiram alcançar a remissão permanente na maioria dos pacientes com depressão profunda, embora a medicação padrão seja muito eficaz no tratamento e na prevenção dos episódios agudos da doença.
Por provocar um intenso sofrimento da alma, do corpo e da mente, a depressão é a principal causa de até dois terços de todos os suicídios. Homens deprimidos são mais propensos a cometer suicídio do que as mulheres deprimidas..

A depressão profunda em idosos pode reduzir o tempo de vida, independentemente de qualquer doença pré-existente. A diminuição da atividade física e a falta de convívio social certamente desempenham um papel importante na associação entre a depressão e a gravidade de diversas doenças que acometem os idosos, tais como:

* Doenças cardíacas e ataques cardíacos: a depressão aumenta a severidade de um ataque cardíaco e pode até prejudicar a resposta do paciente à medicação para doenças cardíacas. Embora as pessoas com doenças cardíacas possam tornar-se deprimidos, isso não explica totalmente a ligação entre os dois problemas. Os dados científicos sugerem que a depressão em si pode ser um fator de risco verdadeiro para a doença cardíaca, bem como para sua gravidade aumentada. Uma série de estudos indica que a depressão tem efeitos biológicos sobre o coração, incluindo um maior risco de coagulação do sangue, alterações do ritmo cardíaco e fluxo sanguíneo do coração prejudicado.

* Aumento da sensação de dor: a depressão coincide com o aumento da dor em pessoas idosas com condições como artrite ou fibromialgia.

* Câncer: a relação entre depressão e câncer tem sido examinada há anos com algumas claras associações, como no câncer de pâncreas e mama.

domingo, 2 de outubro de 2011

ESTATUTO DO IDOSO - DIREITO A EDUCAÇÃO, ESPORTE E LAZER


A luta pelos direitos dos idosos deve ser constante


   Coisas que talvez você não saiba mas que podem ajudar a vida dos idosos e estão previstas em lei. Vale a penas conhecer.


- O idoso tem direito a educação, cultura, esporte, lazer, diversões, espetáculos, produtos e serviços que respeitem sua peculiar condição de idade.

- O Poder Público criará oportunidades de acesso do idoso à educação, adequando currículos, metodologias e material didático aos programas educacionais a ele destinados.

- Os cursos especiais para idosos incluirão conteúdo relativo às técnicas de comunicação, computação e demais avanços tecnológicos, para sua integração à vida moderna.

- Os idosos participarão das comemorações de caráter cívico ou cultural, para transmissão de conhecimentos e vivências às demais gerações, no sentido da preservação da memória e da identidade culturais.

- Nos currículos mínimos dos diversos níveis de ensino formal serão inseridos conteúdos voltados ao processo de envelhecimento, ao respeito e à valorização do idoso, de forma a eliminar o preconceito e a produzir conhecimentos sobre a matéria.

- A participação dos idosos em atividades culturais e de lazer será proporcionada mediante descontos de pelo menos 50% (cinqüenta por cento) nos ingressos para eventos artísticos, culturais, esportivos,e de lazer, bem como o acesso preferencial
aos respectivos locais.

- Os meios de comunicação manterão espaços ou horários especiais voltados aos idosos, com finalidade informativa, educativa, artística e cultural, e ao público sobre o processo de envelhecimento.

- O Poder Público apoiará a criação de universidade aberta para as pessoas idosas e incentivará a publicação de livros e periódicos, de conteúdo e padrão editorial adequados ao idoso, que facilitem a leitura, considerada a natural redução da capacidade visual.
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