quarta-feira, 28 de setembro de 2011

NÃO HÁ IDADE PARA REVIVER UM ANTIGO AMOR


Após os 80, casal se une e revive amor de infância


Noivo irá chegar à igreja ao lado da mãe. Aos 104 anos, ela aprova a união.

Senhora de Oliveira (MG). Ele está com 83 anos. Ela tem 91. Depois de mais de seis décadas de dedicação ao lado de seus companheiros, hoje falecidos, o medo da solidão e a adormecida "paixão de infância" resolveram unir Zé Pedro e dona Nhanhá. O casal é prova que não há idade para viver um novo amor.

Sob a bênção de Sá Vita, 104 anos de vitalidade e lucidez - que conduzirá o filho até o altar -, os noivos celebram o matrimônio no próximo dia 25 de setembro. Católicos, eles voltam ao mesmo cenário onde se casaram pela primeira vez: a Igreja de Nossa Senhora de Oliveira, em Senhora de Oliveira, na região Central do Estado.

A história do casal começou bem perto dali, na comunidade rural de Casinha. Primos, Zé Pedro e dona Nhanhá cresceram juntos e tinham uma grande afinidade desde pequenos. Mas antes do derradeiro encontro, a vida os propiciou uma longa missão.

Nhanhá viveu ao lado de Izaltino Henriques Machado, que morreu em 1999, aos 81 anos. Ela casou-se e foi morar na capital, onde teve três filhos e ajudou na criação de 18 netos, 23 bisnetos e dois trinetos. Já Zé Pedro continuou em Senhora de Oliveira, onde formou uma família com nove filhos, 22 netos e mais 14 bisnetos. Ele foi casado com Maria Stanislau de Paiva, falecida no ano passado aos 77 anos.

Namoro. Há menos de dois meses, Zé Pedro, que hoje mora sozinho e tem a companhia dos netos para passar as noites, falou para a mãe: "Vou buscar a Nhanhá lá em Belo Horizonte para morar comigo". Sá Vita contestou: "Se não casar, não pode!". Daí para frente, os próprios parentes trataram de dar um "empurrãozinho" para formar o novo casal.

Raimunda de Paiva, 62, irmã de Zé Pedro atacou de cupido e contou para Nhanhá as intenções do irmão. No primeiro encontro, o namoro acabou selado naturalmente. "Ele não me pediu em namoro. As meninas é que me falaram. Então disse que ia pensar. Mas a gente começou (a namorar). Acho que vai dar certo", disse a noiva, em meio a uma gargalhada de felicidade.
Com o sorriso estampado, Zé Pedro já pensa longe. "Se eu viver com ela a metade do que eu vivi com a outra, já está bom", brinca. O namorinho segue as tradições do passado. Por enquanto, só mãozinhas dadas e beijo no rosto.

Perfis. Nhanhá é mais contida, fala pouco, uma legítima mineira, que gosta de fazer quitutes. Zé Pedro é mais falastrão. Gosta de contar casos e histórias muito bem explicadas. O serviço, ele não para nunca. Lavrador, marceneiro, pedreiro e carpinteiro são algumas das profissões ao longo da vida.

Hoje, na oficina nos fundos de casa, ele ainda fabrica móveis e conserta objetos. A marca dos anos de trabalho está na mão esquerda, que teve parte dos dedos arrancados por uma serra elétrica.

Para as refeições do dia a dia, os hortaliças são colhidos na horta que ele cultiva em frente à sua casa. Na oficina, ainda tem as máquinas para descascar arroz, moer café e fazer o fubá.

Acontecimento

Casamento é a notícia na pequena cidade
O casamento é considerado histórico na pequena Senhora de Oliveira, cidade de pouco menos de 6.000 habitantes, a 180 km de Belo Horizonte.
Na escola, meus colegas estão me perguntando: ‘seu avô vai casar mesmo?. Conta a neta de Zé Pedro, Juliana de Paiva, 17. Mesmo quem não for convidado, deve dar uma chegada na igreja para testemunhar o quase centenário encontro.

Os preparativos para o casamento têm mobilizado toda a família. Cada um procura ajudar de alguma maneira. Zé Pedro ganha apenas dois salários mínimos de aposentadoria. Dona Nanhá, um só.

Mas, com tantos netos e trinetos na família, a disputa para levar as alianças tem sido grande. A neta Juliana e o neto Diógenes já tiveram o aval de Zé Pedro e vão entrar na igreja, respectivamente, com as flores e a Bíblia.

Dona Nhahá prefere não usar o tradicional branco de noiva. Ela escolheu um vestido verde-claro. Zé Pedro vai deixar de lado os ternos antigos e vai alugar um para a ocasião especial. Enquanto isso, sá Vita – a mãe do noivo conta os dias para a cerimônia. Vou entrar com o Zé Pedro nem que seja carregada”, avisou.

segunda-feira, 26 de setembro de 2011

O DIREITO DO IDOSO DE TER UMA ACOMPANHANTE NO HOSPITAL




 O Estatuto do Idoso, em seu artigo 16, elucida que: “Ao idoso internado ou em observação é assegurado o direito a acompanhante, devendo o órgão de saúde proporcionar as condições adequadas para a sua permanência em tempo integral, segundo o critério médico”. Daí, são necessárias algumas observações, as quais serão discutidas a seguir:

O Estatuto elucida claramente que o idoso tem direito a um acompanhante quando em situação de hospitalização. Este costuma ser um dilema para muitos familiares, pois muitos não podem deixar sua vida cotidiana (trabalho, cuidado de filhos pequenos, etc.) para ficar em tempo integral num hospital. Infelizmente a maioria das instituições empregadoras não aceitam comprovantes da hospitalização do idoso como meio de abonar a falta do familiar que seja acompanhante.

Outras famílias não querem se organizar para garantir um acompanhamento ao idoso, tornando possível perceber que a hospitalização do idoso aparece como uma forma cômoda da família se ver livre daquele idoso que, devido ao seu estado de saúde, vem trazendo uma série de transtornos à família.

O Estatuto elucida que o hospital deve oferecer condições adequadas para a permanência do acompanhante, porém, infelizmente sabemos que esta nem sempre é a realidade de todos os hospitais públicos brasileiros.

Fica claro no Estatuto que a presença de um acompanhante é um direito do idoso, mas este não precisa, necessariamente, ser um membro da família. A presença de um familiar é  importante , porém, quando nenhum familiar pode ficar presente durante o período de hospitalização, a família pode contar com a ajuda, por exemplo, de um amigo, um vizinho, um parente distante, ou de um cuidador ou acompanhante profissional.

Por que a presença de um membro da família se faz importante? Por três motivos principais. Inicialmente, porque a hospitalização traz a todos nós sentimentos de medo, impotência e fragilidade. Ter alguém de confiança por perto neste momento traz um maior sentimento de acolhimento e segurança. O segundo motivo diz respeito à necessidade de ter presente alguém responsável pelo idoso que pode estar dependente definitiva ou temporariamente. É essencial ter alguém para conversar com os profissionais de saúde sobre o estado geral do idoso, receber notícias de diagnósticos, informações relevantes sobre procedimentos, tratamentos e medicações a serem administradas quando o idoso estiver em casa. O último motivo diz respeito ao idoso com comprometimento cognitivo, em especial portadores da Doença de Alzheimer. Nestas pessoas, mudanças bruscas de ambiente e a presença de pessoas diferentes podem causar um estado de grave confusão mental e irritabilidade, e a presença de alguém conhecido do idoso pode ajudar a aliviar esta confusão e a irritação.

Os hospitais geralmente exigem que o acompanhante de idosos internados em enfermarias
coletivas seja alguém do mesmo sexo, mas por que isto acontece? Em respeito ao pudor dos pacientes internados na mesma enfermaria. Muitas vezes os pacientes são sujeitos a procedimentos que expõem sua intimidade, por isto não é adequada a permanência de pessoas do sexo oposto (que não trabalham na área da saúde) neste local. Em casos especiais, onde realmente não existe a possibilidade de manter um acompanhante do mesmo sexo do idoso na enfermaria, esta pessoa deve ter o bom senso de se retirar do local sempre que algum destes procedimentos for realizado com um dos internos.

A equipe de enfermagem pode precisar realmente do auxílio do acompanhante na realização das atividades cotidianas, especialmente no caso de hospitais com grande número de pacientes hospitalizados. O acompanhante deve sempre colaborar neste sentido.

terça-feira, 20 de setembro de 2011

TÔ VELHA, QUE COISA BOA !



Eu nunca trocaria meus amigos surpreendentes, minha vida maravilhosa, minha amada família por menos cabelo branco ou uma barriga mais lisa.  Enquanto fui envelhecendo, tornei-me mais amável para mim, e menos crítico de mim mesmo.  Eu me tornei meu próprio amigo.  Eu não me censuro por comer biscoito extra, ou por não fazer a minha cama, ou pela compra de algo bobo que eu não precisava, como uma escultura de cimento, mas que parece tão “avant garde” no meu pátio.  Eu tenho direito de ser desarrumado, de ser extravagante.
Vi muitos amigos queridos deixarem este mundo cedo demais, antes de compreenderem a grande liberdade que vem com o envelhecimento.
Quem vai me censurar se resolvo ficar lendo ou jogando no computador até as quatro horas e dormir até meio-dia?  Eu dançarei ao som daqueles sucessos maravilhosos dos anos 60 &70, e se eu, ao mesmo tempo,  tiver desejo de chorar por um amor perdido ...  Eu vou.
 Vou andar na praia em um maiô excessivamente esticado sobre um corpo decadente, e mergulhar nas ondas com abandono, se eu quiser, apesar dos olhares penalizados dos outros no jet set.
Eles, também, vão envelhecer.
Eu sei que sou às vezes esquecido.  Mas há mais algumas coisas na vida que devem ser esquecidas. Eu me recordo das coisas importantes.
 Claro, ao longo dos anos, meu coração foi quebrado.  Como não pode quebrar seu coração quando você perde um ente querido, ou quando uma criança sofre, ou mesmo quando algum amado animal de estimação é atropelado por um carro?  Mas corações partidos são os que nos dão força, compreensão e compaixão.  Um coração que nunca sofreu é imaculado e estéril e nunca conhecerá a alegria de ser imperfeito. Eu sou abençoado por ter vivido o suficiente para ter meus cabelos grisalhos, e ter os risos da juventude  gravados para sempre em sulcos profundos em meu rosto.
Muitos nunca riram, muitos morreram antes de seus cabelos virarem prata.
Conforme você envelhece, é mais fácil ser positivo.  Você se preocupa menos com o que os outros pensam.  Eu não me questiono mais.
Eu ganhei o direito de estar errado.
 Assim, para responder sua pergunta, eu gosto de ser velho. Eu gosto da pessoa que me tornei.  Eu não vou viver para sempre, mas enquanto eu ainda estou aqui, eu não vou perder tempo lamentando o que poderia ter sido, ou me preocupar com o que será.  E eu vou comer sobremesa todos os dias (se me apetecer).
 Que nossa amizade nunca termine, porque é direta do coração!

 (Manoel Alves de Castilho)

domingo, 18 de setembro de 2011

APOSENTADORIA É O FIM DA VIDA?





A população idosa brasileira vem aumentando desde a década de 1950, quando apenas 4% dos brasileiros tinham mais de 60 anos. em 2005 15% da população brasileira tinha mais de 60 anos de idade e ainda, que esta em 2025 será a sexta maior população idosa do mundo, com cerca de 32 milhões de pessoas acima de 60 anos (Shouri Jr. et. al., 1994).
Frente a esses dados, parece haver uma necessidade de novos olhares para os idosos, de uma forma a que se comece a pensar em como aproveitar esta fase da vida. Essa preocupação é amplamente estudada na Psicologia Evolutiva, mas se preocupa somente no sentido de que as atividades de lazer necessitam estar em evidência, mas o certo é que a adaptação frente a uma nova fase de vida é a maior dificuldade enfrentada pelos idosos, pois fica a pergunta, será mesmo que é somente lazer que o idoso quer?
A pessoa idosa, na maioria dos casos, começa a formar de si mesma uma imagem negativa, resultante de um conjunto de idéias e atividades vindas da sociedade. Assim, a certa altura da vida, o indivíduo aceita sentir-se velho, significando que ele já não é mais o que costumava ser, e para piorar, juntamente com as várias limitações impostas pelo envelhecimento, vem paralelamente à aposentadoria, que atrapalha financeira, psicológica e socialmente a estrutura do idoso. Muitos chegam a pensar que a velhice é sinônimo de doença e fraqueza, e que tanto o vigor físico como a saúde jamais estará à sua disposição.
É necessário que se modifique essa visão, e considere que para o indivíduo idoso, na aposentadoria, a vida não acabou, apenas terminou uma fase, portanto há ainda outras fases a viver ativamente, e com certeza não é fazendo ginástica, excursões ou trabalhos manuais, alegando que isso é qualidade de vida para o idoso até que a morte chegue após 15 ou 20 anos.
Na tentativa de modificar essa fase de vida, foi criada a faculdade da terceira idade, muitos idosos a estão freqüentando, mostrando que tem capacidade para continuar aprendendo, e depois? Irão ser aproveitados em algum trabalho relacionado com este aprendizado? Este aprendizado os leva a um trabalho compatível com as limitações da idade? Positivamente isso prova que o idoso não perde a capacidade de aprender, e isso mantém seu cérebro processando novas informações. Se o cérebro não é ativado com novas informações, o que geralmente acontece é que, ao se aposentar, o indivíduo não é mais requisitado a utilizar sua memória recente, conhecida como memória de trabalho, e que se refere a fatos do cotidiano. Sem se submeter à correria do dia-a-dia, que exige a realização de muitas tarefas, essa função é praticamente descartada pelo cérebro. Ele, então, dá prioridade a outro tipo de memória, a remota, que o remete a lembranças do passado distante. Quanto mais ativo o cérebro se mantiver, menor será o número de sinapses (ligações entre os neurônios) perdidas por causa do envelhecimento.
A tão sonhada aposentadoria não pode representar simplesmente parar de trabalhar, e sim a troca de ocupação por uma mais agradável. Para isso, é preciso investir e se preparar evoluindo em busca da especialização.
O ideal é que a busca por uma velhice saudável comece antes e não depois que os anos começam a pesar. Ou seja, a pessoa deve programar-se para envelhecer e não ser tomado de surpresa pela aposentadoria.
Investimento, embora seja uma palavra arraigada a finanças, pode muito bem fazer parte do vocabulário de quem prepara o terreno para que solidão e marasmo passem longe da velhice. Investir nas relações sociais, em atividades extra-profissionais e no próprio equilíbrio emocional é fundamental.
Quem passa a maior parte da vida adulta voltado para o trabalho tende a sentir-se inútil quando chega a aposentadoria. E por falar em aposentadoria, esta deve ser vista não como um período em que a pessoa tem tempo para fazer tudo aquilo que o trabalho não permitia. O que está terminantemente proibido é entregar-se ao ócio.
São inúmeros os exemplos de pessoas que continuam a ter uma vida produtiva e criadora mesmo após terem entrado no estágio da vida em que são consideradas idosas. Em muitos casos, é neste período que se dá a sua contribuição mais significativa para a sociedade. Seja voce também integrante desse grupo.

(João Wagner Pereira - Sociedade Brasileira de Neurociência)

domingo, 11 de setembro de 2011

OS DOIS LADOS DA LONGEVIDADE




As boas notícias da longevidade já conhecemos algumas, pois estamos vivendo mais e com maior expectativa de vida. Não há dúvida de que alcançaremos idades nunca esperadas e vamos cansar-nos de ver idosos de mais de 90 anos em atividade plena.
 O lado difícil da longevidade é que, pela primeira vez na história da humanidade, as pessoas com 65 anos ou mais serão mais numerosas que as menores de 5 anos.
 Na maioria dos países, o número de idosos com direito à aposentadoria, saúde e cuidados especiais vai ultrapassar o número de trabalhadores ativos que sustentam esses benefícios. Esta mudança mundial trará modificações financeiras profundas, pois nem os países mais desenvolvidos já têm uma solução definitiva. Os Governos e a iniciativa privada precisam se unir para criar programas sociais para a população acima dos 65 anos, para prevenir doenças como as demências (Alzheimer) e criar trabalho para esse grupo de idosos ativos.
Não há dúvida de que as despesas médicas com os idosos serão enormes e nem os Governos, nem as empresas conseguirão manter todos protegidos.
Preparar-se para a longevidade é uma atitude madura e sábia.
Nas minhas andanças em Casas de Repouso pude verificar que alguns idosos de 90 anos, são poucos, tem uma vida como se ainda tivessem bem menos idade. Conheci uma senhora, D. Marieta, que subia e descia escadas como uma jovem, uma pena que a falta de sensibilidade da família não permitiu que vissem que ela não poderia ficar em clausura numa Pousada por ainda ter muita vitalidade, e ela foi murchando até a morte.
Em contrapartida, conheço um senhor renomado de 90 anos que a família trata da forma certa, ele não leva uma vida sedentária, participa dos grupos de conversa, adora ouvir as histórias, se alimenta que é uma beleza, e o principal, tem a convivência diária com a família. Isto sim é que é tratar bem o idoso.
Gostaria muito que as famílias fossem mais sensíveis e se colocassem no lugar do idoso antes de tomar qualquer iniciativa. Não sou contra as Casas de Repouso, mas com certeza essa não é a melhor solução para um idoso que tem possibilidade do convívio familiar.

terça-feira, 6 de setembro de 2011

ATÉ QUE IDADE PODEMOS DIRIGIR UM VEÍCULO?




O Código Brasileiro de Trânsito não define idade limítrofe para a interrupção da atividade. Saber o momento de parar é essencial . Há restrições médicas ou legais para os motoristas da terceira idade, cuja visão já não é tão boa e cujos reflexos começam a falhar?
De acordo com o Departamento Nacional de Trânsito (Denatran), o Brasil tem hoje 12.217.332 pessoas acima de 61 anos que ainda dirigem. Apenas no Estado de São Paulo, são 869.306 motoristas com idades entre 61 e 70 anos, 345.361 entre 71 e 80 e 72.020 com mais de 80.
Sabemos que, à medida que passam os anos, limitações vão aparecendo. Em média, a partir dos 60 anos, começamos ter um declínio na execução de nossas atividades. Em alguns, esse declínio é lento e progressivo, em outros, temos acentuação muitas vezes brusca devida ao aparecimento de alguma doença.
A legislação brasileira não estabelece uma idade máxima para a direção, mas determina que os idosos motorizados renovem com maior freqüência o seu exame de aptidão. Nas resoluções relativas à Carteira Nacional de Habilitação (CNH), está estabelecido que os motoristas de até 65 anos precisam renovar o teste a cada cinco anos. Acima desta idade, o exame deve ser refeito a cada três anos. O idoso portador da CNH categoria profissional enfrenta outra exigência: a de possuir visão máxima em ambos os olhos, para não ser rebaixado à categoria de motorista amador.
A catarata e o glaucoma, a hipertensão e a diabete também podem causar perdas no campo visual do idoso, fazendo com que o motorista não enxergue um carro que se aproxima pela lateral ou tenha mais dificuldades para manobrar o veículo.
Temos observado que o próprio motorista muitas vezes ao perceber suas limitações passa a ter medo de assumir a direção acabando por abandoná-la. Outras vezes vemos alguns com limitações, mas insistindo em manter-se em atividade.
Além das doenças oculares, os mais velhos estão sujeitos à diminuição dos reflexos e à limitação auditiva, que também prejudicam o desempenho no trânsito. Como todos estes problemas não têm data certa para aparecer, a limitação de idade para a direção varia de pessoa para pessoa. Cabe aos familiares a tarefa de estabelecer a hora de o idoso ir para o banco do passageiro. É necessário um diálogo aberto sobre as limitações e os riscos. A família deve ficar atenta a sinais de perigo no volante, como, por exemplo, se o condutor bate o carro com freqüência, apresenta dificuldades para estacionar e fura o sinal vermelho porque não distingue as cores.

Mesmo com os riscos impostos pela idade, os idosos não são uma ameaça ao transito. Em 2005, segundo o Denatran, 21.645 condutores com mais de 60 anos estiveram envolvidos em acidentes com vítimas, contra 213.850 motoristas entre 30 e 59 anos. A prudência dos idosos é até valorizada pelas companhias de seguro - a terceira idade pode pagar a metade do preço do seguro cobrado dos jovens.
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