segunda-feira, 30 de janeiro de 2012

CÃES VOLUNTÁRIOS VISITAM IDOSOS


Cães-voluntários trabalhando


   Alertar para a importância da terapia canina é o objetivo de algumas ONGS . A iniciativa leva às instituições filantrópicas e abrigos exercícios em que o paciente interage com o animal, o que contribui para seu bem-estar.
   Ser voluntário é doar tempo, trabalho e talento social, e dessa forma contribuir para melhorar a qualidade de vida da comunidade. Isso significa que qualquer um pode ser voluntário.
   Cada vez mais um número maior de cães têm doado parte de seu tempo para ajudar no tratamento e recuperação de pessoas debilitadas. Na Ong OBIHACC (organização Brasileira de interação, Homem-Animal Cão Coração), que desenvolve o projeto “Cão do Idoso “, os cães-voluntários já chegam a 72. “O projeto tem por objetivo desenvolver atividade e Terapia Assistidas por Animais, melhorando a qualidade de vida, o bem-estar e a socialização dos idosos”, explica Silvana Braga, coordenadora do projeto.
   Neste projeto, os cães realizam visitas semanais a casas de repouso e abrigos, sempre acompanhados por seus donos, que também são voluntários na ONG. As visitas são desenvolvidas e acompanhadas por uma equipe multidisciplinar, no qual veterinários, psicólogos, fisioterapeutas, adestradores e fonoaudiólogos desenvolvem atividades lúdicas,a partir de uma abordagem construtivista que estimula o exercício mental, físico e social dos idosos.
   Uma vez por semana o lar de idosos Vivência Feliz, em São Paulo, se prepara para receber os cães-voluntários. A participação dos idosos nas atividades não é obrigatória, conforme revela Joaquim Carlos de Barros, vice-presidente da instituição, no entanto a adesão é da maioria. “Os voluntários do Cão do idoso têm total autonomia no Lar, pois a dedicação e o comprometimento deles é comovente. Só entende a importância deste trabalho quem está envolvido”. atesta. E histórias não faltam para confirmar. “temos no asilo uma senhora com um grave quadro de depressão, que no dia-a-dia quase não interage com os funcionários, não corresponde, mas na presença dos cães ela reage, e no resto do dia sente-se capaz de fazer outras atividades sozinha”.
   Pioneira na pesquisa das relações afetivas entre pacientes e animais, aos quais chamava de co-terapeutas, a psiquiatra Nise da Silveira introduziu os animais em seus trabalhos com os esquizofrênicos na década de 50. Atualmente, a Terapia Assistida por Animais, ou Pet terapia, como também é conhecida, já tem seus benefícios comprovados pela ciência.
Diminuição da pressão sanguínea e cardíaca, melhora do sistema imunológico, da capacidade motora e aumento da auto-estima são apenas alguns deles. Também estimula a interação social e tem uma ação calmante e antidepressiva, o que resulta, em alguns casos, na redução da quantidade de medicamentos.
   No Centro de Medicina do idoso do Hospital Universitário de Brasília, cachorros já auxiliaram no tratamento dos pacientes com Mal de Alzheimer. O trabalho voluntário, desenvolvido por três veterinárias, foi recebido com entusiasmo pelo geriatra Renato Maia, diretor da unidade. “As técnicas aplicadas ajudam os pacientes a ativar a memória recente, a mais afetada pela doença”, certifica Maia. Como era de se esperar, a princípio a proposta de terapia com cães-voluntários causou surpresa no ambiente hospitalar, mas em pouco tempo a desconfiança cedeu lugar ao otimismo,devido os excelentes resultados obtidos. A melhora também foi percebida pelos parentes dos pacientes submetidos á terapia, que reconheceram melhora no humor, maior disposição destes em se submeter aos tratamentos contra a doença, além de aumento no interesse em participar das tarefas domésticas.
   Mas para que o voluntariado com animais possa ser realizado, preservando tanto o bem-estar do animal como dos assistidos, alguns cuidados são fundamentais, afinal nem todo cão está apto a realizar a atividade, apenas pelo fato de ser dócil. O controle sanitário deve ser rígido, com revisão veterinária uma vez por mês. Os cães devem comparecer limpos, em geral com banho tomado na véspera da visita. Também devem ser mantidos na guia pela veterinária, e identificados com coletes como cães-voluntários.
   “Todos os animais que participam da Ong passam por rigorosos testes de comportamento, obediência, socialização e aptidão; para isso nossos profissionais da área comportamental se dedicam a esta avaliação, feita periodicamente, para diminuir quaisquer riscos e comportamentos indesejados que possam interferir na ação”, assegura Silvana Braga. Na OBIHACC, apenas os cães citados na “Lei da Focinheira” não participam do projeto. (A lei estadual nº 11.531, de 11 de novembro de 2003, estabelece que cães das raças mastim napolitano, pit bull e rottweiller, além de outras especificadas em regulamento posterior, deverão ser conduzidos com coleira, guia curta, enforcador e focinheira).
   Engana-se quem pensa que apenas os humanos sejam beneficiados. Por participarem ativamente do processo, os animais melhoram o seu convívio social e emocional, pois existe uma troca dialética entre o cão e o assistido. Mas para que os cães-terapeutas também não fiquem estressados, o tempo das atividades é limitado, e dura em média 60 minutos. As atividades com cães são recomendadas na assistência a crianças e idosos, como companheiro, promotor de bem-estar, e até mesmo em processos terapêuticos mais complexos, como no tratamento para o Mal de Alzheimer. O papel de um facilitador para um procedimento terapêutico formal, podendo ser uma ponte entre profissional e paciente. E como em todo trabalho de voluntariado, é importante também o comprometimento do proprietário do animal, pois este funciona como um elemento a mais na atenção ao assistido.

quinta-feira, 26 de janeiro de 2012

Idosos e Crianças, uma interação fundamental



Parabéns às escolas que mantém atividades como levar seus alunos para visitarem idosos em asilos. Isso tem um grande valor na educação desta criança/adolescente. Seja para realizar a doação de materiais de higiene e alimentos, seja para lanchar com os idosos, cantar, jogar, esta socialização é importante  para ambas as partes e só faz bem.

A atividade de caráter solidário, propicia o desenvolvimento dos estudantes através da realização de boas ações.Os momentos com os idosos são de alegria e carinho. A visita proporciona novas experiências aos alunos.

Todos os idosos percebem, do seu jeito, o que esta acontecendo. Uma criança chama atenção por lembrar um neto, faz bater a saudade de quando os filhos eram crianças e por ai vai. A maioria ama crianças e quando elas os visitam, fazem com que todos fiquem emocionados.

Quando os idosos atravessam momentos menos favoráveis, as visitas, os sorrisos e a energia das crianças assume uma importância inestimável.

A reação e resposta dos idosos é sempre gratificante, de alegria, satisfação e vibrações de amor, que somente podem ser emanadas quando existe pureza das intenções.

O objetivo desta iniciativa é passar para as crianças o respeito que devem ter por todas as pessoas, principalmente os idosos, sabendo que o tempo passa e que todos, muito provavelmente, passarão por esta etapa. Dá também a noção de o quão importante é valorizar os pais, avós e demais pessoas. Também valorizam a percepção sobre o nosso comportamento e modo de ser, que vai refletir em todos que estão ao redor quando a velhice chegar, podendo contar com uma mão amiga, uma palavra de auxílio, que nesta fase faz toda a diferença. A solidão dói demais.

quarta-feira, 18 de janeiro de 2012

VALORIZAÇÃO DO IDOSO





   Educar é o prolongamento do ato de gerar. É na família que a criança cresce segura e respeitada. É ali que ela experimenta o amor, crescendo feliz e equilibrada. Na família, também, a vida é protegida durante a fase da velhice. Sem uma família que o ampare, o idoso não tem condições de viver bem e gozar de alguma saúde.
   Na velhice, todas as faculdades físicas enfraquecem. Os olhos já não enxergam como antes, os passos agora são lentos e muitas vezes precisam do apoio de bengalas, os ouvidos já não ouvem bem, os dentes já não são fortes como antes, os braços já não podem fazer força, o corpo dói com facilidade porque os músculos são frágeis e todos os órgãos já estão cansados. Facilmente, a doença se instala.
   É lamentável que muitas pessoas só percebam e respeitem essa realidade quando elas próprias chegam à velhice. Quando jovens e ágeis, não percebem a fragilidade do ancião e não lhes dão a devida atenção.
    Devemos refletir mais sobre isso. Os idosos de hoje foram aqueles que construíram o mundo até aqui. Agora, não podendo contar com o mesmo vigor de antes, acabam dependendo dos cuidados dos mais jovens. É justamente nessa hora que a família tem a possibilidade de retribuir ao idoso tudo o que ele fez antes, ajudando-o sempre que necessário, amparando-o.
   Dizem que um pai é capaz de criar dez filhos, mas, às vezes, esses dez filhos depois não são capazes de cuidar desse pai. Quantos pais estão dolorosamente abandonados na solidão de um quarto, ou, quem sabe, em um asilo? Muitas vezes, a solidão é mais fatal do que a doença. De muitos olhos cansados correm lágrimas de tristeza e de saudade dos seus.
   Não basta dar aos velhos um lugar para viver, se for para ficarem longe de suas famílias. É preciso mais. É indispensável o calor do lar, a companhia dos filhos e dos netos que também ajudou a criar. Nessa hora é que a gente enxerga a verdadeira família.
   Quem de nós não quer ter vida longa sobre a terra? Quem de nós não quer ser feliz nesta vida?
   São muitos os méritos do bom filho, àquele que cuida bem dos seus pais, especialmente quando eles já estão no final da vida. Muitos filhos, nas atribulações do dia-a-dia, acabam se esquecendo dos pais idosos, faltando-lhes o carinho, a companhia e o sustento. Sabemos que é difícil cuidar dos velhos doentes, às vezes ranzinzas. Mas é nesta hora, sobretudo, que se prova o amor dos filhos por eles.
   Se a nossa caridade para com os outros irmãos não é esquecida por Deus, quanto mais a caridade para com nossos pais. Uma boa maneira de ajudar o idoso a viver bem é dar-lhe a oportunidade de trabalhar dentro de suas possibilidades. Se o seu corpo agora é fraco, no entanto a sua experiência é valiosa, a sua sabedoria é grande. Saibamos beber nesta fonte de graça.

domingo, 8 de janeiro de 2012

CÂNCER DE PRÓSTATA


A próstata é uma glândula que só o homem possui e que se localiza na parte baixa do abdômen. Ela é um órgão muito pequeno, tem a forma de maçã e se situa logo abaixo da bexiga e à frente do reto. A próstata envolve a porção inicial da uretra, tubo pelo qual a urina armazenada na bexiga é eliminada. A próstata produz parte do sêmen, líquido espesso que contém os espermatozoides, liberado durante o ato sexual.

No Brasil, o câncer de próstata é o segundo mais comum entre os homens (atrás apenas do câncer de pele não-melanoma). Em valores absolutos, é o sexto tipo mais comum no mundo e o mais prevalente em homens, representando cerca de 10% do total de cânceres. Sua taxa de incidência é cerca de seis vezes maior nos países desenvolvidos em comparação aos países em desenvolvimento.

Mais do que qualquer outro tipo, é considerado um câncer da terceira idade, já que cerca de três quartos dos casos no mundo ocorrem a partir dos 65 anos. O aumento observado nas taxas de incidência no Brasil pode ser parcialmente justificado pela evolução dos métodos diagnósticos (exames), pela melhoria na qualidade dos sistemas de informação do país e pelo aumento na expectativa de vida.

Alguns desses tumores podem crescer de forma rápida, espalhando-se para outros órgãos e podendo levar à morte. A grande maioria, porém, cresce de forma tão lenta (leva cerca de 15 anos para atingir 1 cm³ ) que não chega a dar sinais durante a vida e nem a ameaçar a saúde do homem.

Fatores de risco 

Menos de 10% dos cânceres de próstata têm algum componente hereditário. Quanto mais jovem o homem em quem o câncer for detectado, maior a probabilidade de haver um componente hereditário.

Sintomas de Câncer de próstata

Sintomas como dor lombar, problemas de ereção, dor na bacia ou joelhos e sangramento pela uretra podem ser suspeitos. A maioria dos cânceres de próstata não causa sintomas até que atinjam um tamanho considerável.
Diagnóstico de Câncer de próstata
Em homens acima de 50 anos, pode-se realizar o exame de toque retal e dosagem de uma proteína do sangue (PSA), por meio de exame de sangue, para saber se existe um câncer de próstata sem sintomas. O toque retal e a dosagem de PSA não dizem se o indivíduo tem câncer, eles apenas sugerem a necessidade ou não de realizar outros exames.
O toque retal identifica outros problemas além do câncer de próstata e é mais sensível em homens com algum tipo de sintoma. O PSA tende a aumentar de acordo com o avanço da idade. Cerca de 75-80% dos homens com aumento de PSA não têm câncer de próstata.
Cerca de 20% dos homens com câncer de próstata sintomático apresentam um PSA normal. Dependendo da região da próstata, o câncer também pode não ser palpável pelo toque retal. A melhor estratégia é realizar os dois exames, já que são complementares

Prevenção 

Alguns médicos recomendam a realização do toque retal e da dosagem do PSA a todos os homens acima de 50 anos. Para aqueles com história familiar de câncer de próstata (pai ou irmão) antes dos 60 anos, os especialistas recomendam realizar esses exames a partir dos 45 anos. Entretanto, vale lembrar que somente o médico pode orientar quanto aos riscos e benefícios da realização desses exames. Não existem evidências de que a realização periódica do toque retal e dosagem de PSA em homens que não apresentem sintomas diminua a mortalidade por câncer de próstata.

Manter uma alimentação saudável, não fumar, ser fisicamente ativo e visitar regularmente o médico contribuem para a melhoria da saúde em geral e podem ajudar na prevenção deste câncer.

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