quarta-feira, 18 de janeiro de 2012

VALORIZAÇÃO DO IDOSO





   Educar é o prolongamento do ato de gerar. É na família que a criança cresce segura e respeitada. É ali que ela experimenta o amor, crescendo feliz e equilibrada. Na família, também, a vida é protegida durante a fase da velhice. Sem uma família que o ampare, o idoso não tem condições de viver bem e gozar de alguma saúde.
   Na velhice, todas as faculdades físicas enfraquecem. Os olhos já não enxergam como antes, os passos agora são lentos e muitas vezes precisam do apoio de bengalas, os ouvidos já não ouvem bem, os dentes já não são fortes como antes, os braços já não podem fazer força, o corpo dói com facilidade porque os músculos são frágeis e todos os órgãos já estão cansados. Facilmente, a doença se instala.
   É lamentável que muitas pessoas só percebam e respeitem essa realidade quando elas próprias chegam à velhice. Quando jovens e ágeis, não percebem a fragilidade do ancião e não lhes dão a devida atenção.
    Devemos refletir mais sobre isso. Os idosos de hoje foram aqueles que construíram o mundo até aqui. Agora, não podendo contar com o mesmo vigor de antes, acabam dependendo dos cuidados dos mais jovens. É justamente nessa hora que a família tem a possibilidade de retribuir ao idoso tudo o que ele fez antes, ajudando-o sempre que necessário, amparando-o.
   Dizem que um pai é capaz de criar dez filhos, mas, às vezes, esses dez filhos depois não são capazes de cuidar desse pai. Quantos pais estão dolorosamente abandonados na solidão de um quarto, ou, quem sabe, em um asilo? Muitas vezes, a solidão é mais fatal do que a doença. De muitos olhos cansados correm lágrimas de tristeza e de saudade dos seus.
   Não basta dar aos velhos um lugar para viver, se for para ficarem longe de suas famílias. É preciso mais. É indispensável o calor do lar, a companhia dos filhos e dos netos que também ajudou a criar. Nessa hora é que a gente enxerga a verdadeira família.
   Quem de nós não quer ter vida longa sobre a terra? Quem de nós não quer ser feliz nesta vida?
   São muitos os méritos do bom filho, àquele que cuida bem dos seus pais, especialmente quando eles já estão no final da vida. Muitos filhos, nas atribulações do dia-a-dia, acabam se esquecendo dos pais idosos, faltando-lhes o carinho, a companhia e o sustento. Sabemos que é difícil cuidar dos velhos doentes, às vezes ranzinzas. Mas é nesta hora, sobretudo, que se prova o amor dos filhos por eles.
   Se a nossa caridade para com os outros irmãos não é esquecida por Deus, quanto mais a caridade para com nossos pais. Uma boa maneira de ajudar o idoso a viver bem é dar-lhe a oportunidade de trabalhar dentro de suas possibilidades. Se o seu corpo agora é fraco, no entanto a sua experiência é valiosa, a sua sabedoria é grande. Saibamos beber nesta fonte de graça.

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