terça-feira, 30 de agosto de 2011

ANGIOPLASTIA CORONÁRIA COM COLOCAÇÃO DE STENT



A angioplastia coronária é um procedimento terapêutico para a abertura de um entupimento de uma artéria do coração usando-se um cateter que possui um pequeno balão na sua ponta. Nesses casos este balão está envolvido por uma pequena mola de aço inoxidável entrelaçado, chamada de “stent”. O balão e o stent são colocados vazios no local onde existe o entupimento (obstrução) e o balão é inflado (cheio) com soro e contraste radiopaco.
Antes da angioplastia é necessário realizarmos o cateterismo cardíaco.
A angioplastia é indicada quando uma ou mais artérias estão bloqueadas pelo estreitamento localizado, resultante do acúmulo de colesterol (a chamada placa aterosclerótica) diluindo assim o fluxo de sangue e oxigénio para o músculo cardíaco.
Quando essa obstrução é parcial o doente desenvolve o que se chama de ANGINA de diversas características, por outro lado quando a obstrução é completa e não existe o que se chama de circulação colateral o doente desenvolve um quadro de ENFARTE AGUDO DO MIOCÁRDIO.
A angioplastia coronária está indicada em ambas as situações. A angioplastia coronária é realizada sob anestesia local, no laboratório de hemodinâmica, de maneira semelhante a que já foi descrito para o cateterismo cardíaco .
Quando o balão é inflado o Stent também de abre, pressionando a obstrução contra a parede da artéria. Após o balão ser desinflado e retirado, o “stent” fica na posição permanentemente, mantendo a artéria aberta. O procedimento pode ser feito pelo braço direito por dissecção, punhos ou virilhas por punção. O mais comum é realizar pelas virilhas (regiões inguinais).
A Angioplastia Coronária com colocação de Stent é muito importante, pois, pode evitar que se faça uma cirurgia no coração para colocação de pontes. Todo o procedimento é visualizado através de monitores de vídeo e suas imagens gravadas em CD, exatamente onde foi realizada a abertura da obstrução que causava problemas ao coração.
Como no cateterismo diagnóstico, o procedimento é feito por médicos especialistas junto com a equipe de enfermagem e técnicos preparados que usam roupas especiais para cirurgia. Na Angioplastia Coronária o paciente também permanece consciente, auxiliando o médico na realização do procedimento. Recomenda-se ao paciente que ao sentir qualquer sensação diferente (dor no peito ou braço esquerdo, ânsia de vômito, calor, coceira e outros), avise imediatamente ao médico ou a equipe de enfermagem presentes na sala de procedimentos.
Após o procedimento, o paciente fica com curativo oclusivo no local, pois, permanece com o introdutor que é um pequeno cateter bem curto e com válvula para não sangrar. Isto é preciso, pois, o paciente recebe doses altas de anticoagulante (para afinar o sangue) que é necessário para a realização da Angioplastia Coronária. O introdutor será retirado após a normalização da coagulação sanguínea e para isto são realizados exames de sangue.
Com a retirada do introdutor é feito um curativo compressivo (bem apertado) no local e o repouso será de cinco horas. Para a realização da Angioplastia Coronária com colocação de Stent é necessário internação hospitalar de 02 a 03 dias.
O sucesso da angioplastia com implante de stent chega a 99%.

domingo, 28 de agosto de 2011

CATETERISMO CARDÍACO



O cateterismo cardíaco é um método diagnóstico invasivo pelo qual avaliamos a presença ou não de entupimentos nas artérias (veias) coronárias secundário às "placas de gordura" além do funcionamento das válvulas e do músculo cardíaco. Para realizá-lo é necessária a introdução de um cateter em um vaso sanguíneo para se chegar ao coração. O cateter pode ser introduzido por uma artéria ou veia a partir da perna (virilha; técnica femoral) ou do braço, ao nível do cotovelo (técnica braquial) ou do punho (técnica radial). A escolha de uma ou outra técnica ficará a critério do operador, tendo sempre em mente o maior conforto e segurança do paciente e irá depender das condições clínicas, do peso, risco de sangramento e números de exames já realizados.

Assim que chegar ao hospital e ao setor de hemodinâmica, o paciente será acolhido pelo corpo de enfermagem que irá orientá-lo em todos os seus passos, antes, durante e após o exame. Deverá identificar-se e apresentar todos os exames já realizados e medicamentos em uso no momento. Após colocação de vestimenta apropriada será necessário puncionar uma veia do braço para a admnistração das medicações de rotina. Em seguida, é só aguardar, sentado ou deitado no leito específico, o momento da realização do exame.

Em momento algum o paciente estará desamparado. Há toda uma equipe multi-disciplinar (cardiologistas clínicos e intervencionistas, anestesiologistas, enfermeiros e auxiliares de enfermagem especializados) envolvida com a realização do exame e, sobretudo, com o bem estar físico e psicológico do paciente.

O cateterismo cardíaco é realizado sempre em ambiente hospitalar. Em uma sala específica (sala de cateterismo cardíaco) que contém uma cama onde o paciente se deita coberto por campos cirurgicos (lençóis) após ser monitorizado para acompanhamento contínuo dos seus batimentos cardíacos enquanto o exame é realizado. Há ainda na sala de cateterismo cardíaco a máquina de hemodinâmica propriamente dita, monitores (televisões) onde visualizaremos, em tempo real, as imagens do coração e suas artérias, e toda aparelhagem necessária frente a qualquer tipo de urgência.

O exame normalmente não é doloroso. O que se sente é a picada da agulha na pele para anestesia local e um calor fugaz pelo corpo (que desaparece rapidamente) no fim do procedimento. Inicialmente, o anestesista aplica uma pequena dose de medicação sedadiva que será importante para manter o paciente calmo, mas não tão forte ao ponto de mantê-lo inconsciente. A cooperação muitas vezes é fundamental para a realização bem sucedida do exame. após esta sedação inicial, estando o paciente bastante relaxado, é realizada anestesia local (na prega interna do cotovelo, na região do punho ou na região inguinal) onde será feita a introdução do cateter.

É fundamental que o paciente compareça ao hospital para a realização do exame após um período de pelo menos 6h de jejum e com um acompanhante. Atenção especial deve ser dada à suspensão, pelo menos 05 dias antes, de medicamentos anticoagulantes, pelo risco de sangramentos, e 02 dias antes de alguns anti-diabéticos orais. São eles:
•    Antidiabéticos: Metformina (Dimefor®, Glucoformim®, Glifage®,Glucovance®).
•    Anticoagulantes: (Marevan®, Marcoumar®, Coumadin®, Warfarina®).

Imediatamente após o exame o paciente é encaminhado à sala de repouso onde será acompanhado pelos auxiliares de enfermagem e pela enfermeira. O médico que realizou o exame deverá comunicar o seu resultado. O tratamento, seja ele clínico (remédios, modificações nos hábitos de vida e exercício físico), percutâneo (angioplastia com ou sem stent, ou seja o desentupimento do vaso com ou sem o implante de uma "molinha" dentro dele) ou cirúrgico (mamária e/ou ponte de veia safena ou troca da valva cardíaca), dependerá fundamentalmente do cardiologista clínico responsável pelo paciente e da equipe de hemodinâmica.

Cuidados após o cateterismo
•    Não flexionar o braço cateterizado por 3 horas, porém fazer exercício de abrir e fechar as mãos, periodicamente
•    Não carregar peso com o braço até a retirada dos pontos
•    Durante o banho lave-o normalmente com água e sabonete
•    Fazer curativo diariamente ou todas as vezes que perceber que está úmido
•    Após o terceiro dia deixá-lo descoberto
•    Após 08 (oito) dias, procurar posto de saúde, farmácia ou seu médico para a retirada dos pontos
•    Para os procedimentos na região inguinal (perna) o repouso será absoluto por 5–6h. Após deambulação dentro do hospital o paciente receberá alta com orientação para retirada do curativo na manhã seguinte durante o banho. Evitar esforços com a perna durante 7 dias. Não necessita de curativos
•    Qualquer anormalidade entrar em contato ou procurar imediatamente um médico de nossa equipe


O risco do cateterismo é mínimo, porém podem ocorrer algumas complicações durante o exame como dores no peito quando o paciente já apresenta "problemas" cardiológicos avançados, mas que podem ser prontamente corrigidos pelo médico ou outras intercorrências como as descritas abaixo:

•    Sangramento no local de acesso (0,19%)
•    Diminuição ou perda do pulso (0,5 a 0,8%), geralmente sem conseqüências importantes, porém se necessário, solicitaremos uma avaliação vascular que definirá a conduta a ser tomada, inclusive com uma possível correção cirúrgica
•    Formação de pseudoaneurisma arterial (1,6%) ou fistula artério-venosa. Estas deverão ser corrigidas em caráter de urgência
•    Alergia ao contraste (0,45%): poderá ser uma reação simples como uma urticária, entretanto, poderá complicar-se até com parada cardíaca. Por isso é importante que nos avise se já apresentou alergia em algum exame que utilizou contraste, como tomografia computadorizada, arteriografias, urografia excretora, etc. neste caso, iniciaremos algumas medicações previamente ao exame para prevenirmos a alergia
•    Derrame cerebral (avc) (0,07 a 0,19%). Sua incidência é muito baixa, porém, se você apresentar placas de gorduras ou trombos (coágulos) nas artérias em que passaremos o cateter, eles poderão se desprender e ir para o cérebro provocando o avc, que pode, dependendo de sua extensão, deixar ou não seqüelas
•    Insuficiência renal crônica agudizada (4 a 11%): ocorre nos pacientes que já apresentam previamente uma alteração na função renal, principalmente nos diabéticos, que é caracterizada por uma elevação de uréia e principalmente de creatinina (exames de sangue). Por isso é importante que seu médico assistente saiba qual o valor de sua creatinina antes que você faça o cateterismo, para que possamos prepará-lo com medicações ou soros de proteção renal, e até utilizarmos um contraste diferente, não nefrotóxico
•    Edema agudo de pulmão e/ou arritmias (0,47%): podem ocorrer em pacientes que apresentam “coração dilatado”, problemas valvulares graves ou apresentaram infarto agudo do miocárdio extenso com grave comprometimento da função do coração
•    Infarto agudo do miocárdio (0,06%): nos casos em que as coronárias apresentem obstruções gravíssimas e se "instabilizem" durante o exame
•    Óbito (0,06 a 0,10%): raríssimo, porém pode ser desencadeado pelas complicações mais graves descritas acima

Fonte:
HOSPITAL SANTA LÚCIA

segunda-feira, 22 de agosto de 2011

MEDICAMENTOS GRATUITOS PARA OS IDOSOS

O Estatuto dos Idosos determina que cabe ao Poder Público fornecer aos idosos, gratuitamente, medicamentos, especialmente os de uso continuado, assim como próteses, órteses e outros recursos relativos ao tratamento, habilitação ou reabilitação de sua saúde. E é importante ressaltar que a lei não fala de idoso carente ou em estado de pobreza. Todo idoso tem direito de receber seus medicamentos gratuitamente. Não é preciso comprovação de renda ou qualquer outro tipo de cadastramento ou habilitação. Basta ter 60 anos ou mais de idade.

A receita pode ser de um médico particular ou conveniado ao Sistema Único de Saúde (SUS). Para pessoas com mais de 60 anos, não é necessário comparecimento nas farmácias, já que a retirada dos remédios pode ser feita por um representante legal do idoso.

 Considero o capítulo que trata do direito à saúde um dos mais importantes do Estatuto do Idoso. E dentro deste capítulo, uma das maiores conquistas certamente é a questão da gratuidade dos medicamentos porque não existe nenhum critério subjetivo para aplicação desta medida, ou seja, todo idoso tem direito a receber gratuitamente do poder público os medicamentos, as próteses, órteses e todos os recursos necessários para manter ou reabilitar sua saúde, independentemente de sua situação econômica.

Por que o idoso rico tem direito a receber todos estes recursos gratuitamente? Vale explicar que no Brasil não existe idoso rico. Pelos critérios econômicos talvez menos de 1% da população idosa brasileira pode se enquadrar nesta categoria. E mais, a maioria dos idosos tem baixos rendimentos ao mesmo tempo em que os medicamentos têm alto custo, principalmente os medicamentos de uso continuado, necessários em casos de doenças crônicas como diabetes e hipertensão arterial.

O idoso precisa se conscientizar que a gratuidade de medicamentos é uma garantia de saúde e não um assistencialismo do governo apenas para aqueles que são pobres e carentes.

Ainda que os medicamentos necessários para o adequado tratamento médico não sejam usualmente oferecidos pelo SUS, é possível requerer seu fornecimento gratuito mediante liminar judicial.

Tendo em vista que se trata de previsão legal expressa, tal direito é considerado líquido e certo, podendo ser garantido inclusive por meio de Mandado de Segurança, uma forma rápida e barata de requerer o benefício, bastando ao interessado constituir um advogado.

CÂNCER NA TERCEIRA IDADE

Muitas pessoas têm medo de receber o diagnóstico de um câncer, pois ainda associam a doença a uma sentença de morte. Isso alonga o rastreamento e impossibilita o tratamento precoce. A OMS define um programa de ação efetiva contra o câncer baseada em quatro pilares: Prevenção, Diagnóstico Efetivo, Tratamento Efetivo e Cuidados Paliativos. Quanto mais precoce se diagnosticar, maiores as chances de cura ou controle. É importante que os pacientes mantenham uma boa performance do estado físico, nutricional, emocional e psicológico, o que é alcançado com os cuidados paliativos.

O ser humano, é um ser físico, emocional, social, psicológico, com crença religiosa ou não. E, toda essa essência, entra em desordem na presença de um câncer. A busca pela retomada do equilíbrio inclui o tratamento como a cirurgia, quimioterapia e radioterapia. Tais tratamentos não são isentos de efeitos colaterais, o que pode causar desequilíbrio de outras partes do corpo. Os aspectos existenciais precisam ser valorizados. Não basta tratar o câncer, mas sim a pessoa. Na terceira idade, não acrescentamos dias à vida, mas sim vida aos dias.

A chegada da terceira idade - entenda-se por essa classificação pessoas com mais de 65 anos - tende a vir acompanhada com alguns problemas pertinentes ao envelhecimento do corpo. Nesta faixa etária, uma das doenças que tem sua incidência aumentada é o câncer, em diversos tipos. Somente em 2004, o Instituto Nacional do Câncer (Inca) contabilizou 140.801 óbitos por câncer, dos quais 115.250 foram em pessoas com mais de 50 anos. Com a saúde muitas vezes fragilizada, até pela presença de outras doenças, a abordagem terapêutica no paciente idoso pode ser diferenciada. Mais uma vez, o diagnóstico precoce contribuiu para o sucesso do tratamento.

Depois dos 60 anos, os tipos de câncer mais freqüentes são: intestino, próstata, linfoma, mama e colo retal. Diante dessas informações, os especialistas defendem o que chamam de rastreamento.

Além da condução do tratamento ser diferenciada, e da necessidade de uma abordagem global, os idosos precisam de uma atenção especial num pós-operatório e também durante as terapias quimioterápicas. E, nesse ponto, entra uma especialidade da medicina chamada de medicina paliativa. Diretrizes da Organização Mundial da Saúde (OMS) e da Organização Pan Americana de Saúde (OPAS) para o "Programa de Câncer na América Latina e Caribe" dizem que todos os pacientes devem receber cuidados paliativos. "Em pacientes com câncer na terceira idade, que geralmente apresentam outras doenças associadas, esses cuidados assumem papel de extrema importância, onde o controle dos sintomas, relacionados ao câncer ou ao seu tratamento, deve acontecer de forma impecável", explica Císio Brandão, diretor do departamento de Cuidados Paliativos do Hospital do Câncer A.C. Camargo, em São Paulo.

A qualidade de vida é o foco principal dessa especialidade. O objetivo é fazer com que o tratamento não seja mais agressivo que a própria doença. Os pacientes que passam por uma cirurgia de retirada de tumor, por exemplo, precisam de cuidados antecipatórios. Para o especialista do Hospital do Câncer, o impacto de receber o diagnóstico de um câncer ainda gera conflitos emocionais e a identificação dessas alterações precisam ser integradas ao tratamento total. Ele acredita que, identificando as necessidades dos pacientes e resolvendo-as de forma rápida e completa, a cirurgia correrá sem problemas. "Depois de um pré-operatório confortável, o paciente terá suporte para passar por um procedimento cirúrgico e um pós-operatório mais seguro, com mais qualidade de vida", orienta.
Contudo, a prevenção ainda é o fator mais importante. Todos os homens acima de 40 anos devem fazer o exame de próstata anualmente. As mulheres acima de 40 anos precisam fazer uma mamografia todos os anos e ir regularmente ao ginecologista. Infelizmente, não temos uma cultura preventiva. Ainda falta uma educação para a população saber da importância de idas regulares ao médico, principalmente o idoso. Na terceira idade qualquer doença pode representar um risco muito maior.

domingo, 21 de agosto de 2011

EXAME DE SANGUE - DOSAGEM DE GLICOSE


Outros nomes: açúcar no sangue, glicemia, glicemia de jejum, glicose no sangue.

A glicose é um açúcar simples que serve como a principal fonte da energia para o corpo. Os carboidratos que nós comemos são quebrados na forma de glicose (e alguns outros açúcares simples), absorvidos pelo intestino delgado e distribuídos por todo o corpo pela corrente sanguínea. A maioria das células do corpo necessita de glicose para a produção de energia; o cérebro e as células do sistema nervoso são as mais exigentes.
O uso da glicose pelo corpo depende da disponibilidade de insulina, um hormônio produzido pelo pâncreas. A insulina age transportando a glicose para dentro das células, estimulando o organismo a armazenar o excesso de glicose na forma de glicogênio (para o armazenamento a curto prazo) e/ou como triglicérides em células gordurosas. Os seres humanos não podem viver sem glicose ou insulina, e estas duas substâncias devem existir no organismo de forma balanceada.
Normalmente, o nível de glicose no sangue eleva-se ligeiramente após uma refeição e a insulina é então secretada para abaixá-lo. A quantidade de insulina liberada é proporcional ao tamanho e à quantidade de açucares da refeição. Se a taxa de glicose no sangue ficar muito baixa, como pode ocorrer entre refeições ou após um exercício físico mais forte, o glucagon (um outro hormônio do pâncreas) é secretado na corrente sanguínea, para comunicar ao fígado para transformar parte do glicogênio armazenado em glicose novamente, elevando, assim, os níveis de glicose circulante. Se o mecanismo de feedback da glicose/insulina estiver trabalhando corretamente, a quantidade de glicose no sangue permanecerá razoavelmente estável. Se o equilíbrio for rompido e os níveis de glicose no sangue se elevarem, o corpo tenta restaurar a estabilidade, aumentando a produção de insulina e excretando glicose pela urina.
A hiperglicemia ou a hipoglicemia severas podem ameaçar a vida, causando falência de órgãos, danos no cérebro, levando ao coma, e em casos extremos, à morte. Os níveis crônicos elevados de glicose no sangue podem causar danos progressivos aos órgãos do corpo tais como rins, olhos, coração, vasos sanguíneos e nervos. A hipoglicemia crônica pode levar a danos no cérebro e nos nervos. Algumas mulheres podem desenvolver a hiperglicemia durante a gravidez e esta pode levar ao diabetes gestacional. Se não tratado pode fazer com que estas mães dêem a luz a bebês acima do peso e que podem ter níveis baixos de glicose. As mulheres que tiveram diabetes gestacional podem desenvolver, ou não, o diabetes futuramente.
O objetivo do teste é determinar se o nível de glicose no sangue está dentro dos parâmetros saudáveis, fornecendo, desta forma, dados para investigação, diagnóstico e monitoramento da hiperglicemia (glicose elevada no sangue), hipoglicemia (glicose diminuída no sangue), diabetes e pré-diabetes.
A dosagem de glicose é importante para o diagnóstico ou controle do tratamento do diabetes mellitus.
Uma pequena amostra de sangue é retirada de uma veia no braço, ou para o auto-exame, pode-se coletar uma gota de sangue através de uma picada na pele. É recomendado que os indivíduos estejam em jejum de no mínimo 8 horas para realizar o teste.

•    Valores menores que 100 mg/dl são normais
•    Valores entre 100 e 125 mg/dl são considerados pré-diabetes.
•    Valores acima de 126 mg/dl são compatíveis com diabetes (deve ser sempre repetido para confirmação do diagnóstico)

Os pacientes diabéticos devem monitorar seus próprios níveis de glicose sanguínea, em alguns casos, diversas vezes ao dia, para determinar quais os valores da glicemia e assim, avaliar qual a medicação oral ou insulina serão necessários. Isto é realizado, geralmente, colocando-se uma gota de sangue em uma tira padrão e introduzindo-a em uma pequena máquina, que fará a leitura digital da glicemia daquele paciente.

O exame de glicemia também pode ser requisitado para ajudar no diagnóstico do diabetes, quando alguém tem sintomas de hiperglicemia, como: aumento da sede; aumento da quantidade de urina; cansaço; visão borrada; feridas de cicatrização lenta.
Ou quando a pessoa apresenta sintomas de hipoglicemia, tais como sudorese; fome; tremores; ansiedade; confusão mental; visão borrada.
O exame da glicemia é feito também em ambientes de emergência para determinar se o nível de glicose no sangue está baixo ou elevado, podendo contribuir para sintomas como desmaios ou inconsciência.
Níveis elevados de glicose indicam, mais freqüentemente, diabetes, mas muitas outras doenças e circunstâncias podem também causar a elevação da glicemia.

EXAME DE SANGUE - TRIGLICERÍDEOS


Triglicerídeos são uma forma de gordura que circula na corrente sangüínea e é armazenada no tecido adiposo do corpo. O nível alto de triglicerídeos está associado a um aumento no risco de doenças do coração, especialmente quando está associado a colesterol alto e outros fatores de risco.
Diferentemente do que muitas pessoas pensam, não é só uma dieta com excesso de gordura que causa um aumento no nível de triglicerídeos. O excesso de carboidratos (especialmente açúcares) e calorias em geral faz a concentração de triglicerídeos no corpo aumentar.
Um nível elevado de triglicerídeos pode ser conseqüência de outras desordens, como diabetes não controlada, por exemplo. O nível de triglicerídeos, assim como o nível de colesterol, pode ser detectado em um exame de sangue. Este deve ser feito em jejum.
Além de aumentar os riscos de doenças do coração, níveis muito altos de triglicerídeos podem causar pancreatite e hepatoesplenomegalia (aumento de fígado e baço) e depósitos de gordura na pele chamados xantomas.



A causa mais comum do aumento de triglicérides é a obesidade. Lembre que os triglicérides são a forma na qual a energia em excesso é armazenada no corpo humano. A gordura do corpo é composta na sua grande maioria por triglicérides. Portanto, quanto mais acima do peso um indivíduo, maiores seus níveis de triglicérides.
O consumo exagerado de carboidratos ou açúcar podem aumentar os triglicérides também. Além disso, o consumo de grandes quantidades de álcool também podem elevar os triglicérides. Outras causas de aumento dos triglicérides, que devem ser pesquisadas em todos os pacientes, são: o hipotireoidismo, o diabetes mellitus descontrolado, algumas doenças do rim (síndrome nefrótica) e alguns distúrbios genéticos (hipertrigliceridemia familiar).
Em mulheres, uma causa comum do aumento de triglicérides é o uso de estrógenos por via oral, seja como pílulas anticoncepcionais ou como tratamento da menopausa (reposição hormonal).
Os passos mais importantes são: melhorar a alimentação, perder peso (em pessoas com obesidade ou sobrepeso), aumentar o nível de atividade física e diminuir ou interromper o consumo de álcool. Parar de fumar também é muito importante.
Quanto à alimentação, é recomendável reduzir o consumo de calorias totais, através da restrição de gorduras e carboidratos (pães, massas, arroz, açúcar).

sábado, 13 de agosto de 2011

EXAME SANGUE - COLESTEROL ALTO

Colesterol alto é uma condição de saúde perigosa, pois está associada a um risco maior de doenças do coração. Como não apresenta sintomas, uma pessoa pode estar com o nível de colesterol alto e não saber. Por isso é tão importante fazer exames regularmente para avaliar sua situação.
O colesterol é um tipo de gordura que o corpo precisa para crescimento e regeneração celular, produção de hormônios sexuais e é convertido em ácidos biliares para ajudar na digestão.
O colesterol do corpo tem duas origens: a produção do seu próprio corpo e o colesterol proveniente da alimentação. O corpo produz colesterol no fígado e esse colesterol produzido é capaz de suprir quase toda necessidade do organismo. O restante necessário deve ser proveniente do que você come. O colesterol está presente em carnes, leites e derivados, manteiga e gema de ovo. Comer muitos alimentos com colesterol pode fazer seus níveis de colesterol no corpo subirem, o que é conhecido por hipercolesterolemia.
Frutas, vegetais, e cereais não tem colesterol. No entanto, alguns alimentos que não contém colesterol podem conter gorduras trans, que fazem o seu corpo produzir mais colesterol. Alimentos com gorduras saturadas também fazem o seu corpo produzir mais colesterol.
O colesterol alto aumenta o risco de doenças do coração e pode levar a arteriosclerose, um problema em que gordura e colesterol se depositam nas paredes das artérias. Com o tempo, a arteriosclerose estreita as artérias e pode produzir sintomas de doenças do coração como angina (dor no peito) e ataque cardíaco.
Você já deve ter ouvido falar dos tipos HDL e LDL de colesterol:
Colesterol HDL é o "bom" colesterol porque altas concentrações dele no sangue estão associadas a um menor risco de ataques cardíacos. O HDL ajuda a remover o colesterol das paredes das artérias. Ele carrega o colesterol das células do corpo para o fígado, para reutilizá-lo, convertê-lo em ácidos biliares ou descartá-lo.
Colesterol LDL é o colesterol "ruim" porque altas concentrações dele no sangue estão associadas a um maior risco de doenças do coração. O LDL se oxida e se deposita nas paredes das artérias para iniciar uma doença conhecida como arteriosclerose.
Vários fatores podem ser responsáveis pelo colesterol alto. Além da má alimentação, como já falamos, ele pode ser uma conseqüência de fatores hereditários (que influenciam a maneira como seu corpo lida com o colesterol), estar acima do peso, falta de atividade física e problemas de saúde como diabetes, doenças renais, doenças do fígado e doenças de tiróide.
Entendendo os níveis de colesterol


Como normalizar o nível de colesterol?
Dieta e Estilo de Vida:
- Comer alimentos com baixo teor de colesterol
- Emagrecer
- Exercício físico
- Parar de fumar
Substâncias que podem ajudar:
- Proteína de Soja: consumo diário de no mínimo 25 g de proteína de soja pode ajudar a reduzir o colesterol.
- Quitosana: A quitosana, que é um fibra derivada dos crustáceos.
- Ômega-3
Consulte sempre seu médico, faça consultas periódicas pois é sempre melhor prevenir.

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