quinta-feira, 28 de julho de 2011

TEMPOS MODERNOS :: MERCADO DE TRABALHO PARA A TERCEIRA IDADE



Em 2050, 30% da população brasileira terá mais de 60 anos - hoje eles somam apenas 5,8%. Diante dessa estatística, o Brasil começa a entrar no padrão europeu e americano no que diz respeito à terceira idade: oferece opções de lazer e consumo compatíveis e de alta qualidade, (re)abre portas - e cria novas possibilidades - no mercado de trabalho e acena com simpatia para as relações que se formam depois dos netos nascidos.
As empresas descobriram esse filão, um verdadeiro tesouro de mercado. Na tevê, uma propaganda de telefonia celular sinaliza os ventos de mudança. No filme, a avó conversa animada com o namorado ao telefone, sob o olhar e os comentários desaprovadores do neto adolescente, que comemora o fato de o pretendente morar em outra cidade. Quando o idoso bate à porta, em visita à amada, o menino ensaia uma cena de ciúme. Mas logo surge uma neta coquete. E o casal maduro ganha o aval do garoto instantaneamente.
O mercado de trabalho é um sinal de transformação. Com uma carência cada vez maior de profissionais especializados, como na área de engenharia, cujo boom nas universidades foi na década de 1970, os mais experientes estão valorizados e muitas vezes são chamados de volta ao mercado, em ebulição com a efervescência da construção civil nacional. Em suma, o paradigma de que quem chegou aos 40 ficou velho, definitivamente, caiu em desuso.
O programa "Globo Repórter" de 15/07/2011 tem como título: Emprego garantido: oferta aumenta para pessoas com mais de 60 anos.

Envelhecimento da população desafia o mercado

Interesse pela mão de obra de idosos cresce, mas não acompanha acelerado avanço da faixa etária

Por Chico Otávio

Procura-se profissional acima dos 60 anos... Para um mercado de trabalho que insiste em enxergar o Brasil como um país jovem, o anúncio de emprego pode sugerir um trote. Mas não é. Gente como o comerciante Antônio Fiori, a empresária Márcia Lima Gabionetta e a assistente social Renata Hauck faz parte de um pequeno, mas promissor, grupo de empregadores que resolveu trocar o vigor da juventude pela experiência e a assiduidade dos mais velhos. Para as vagas abertas em seus negócios, eles optaram pelo trabalhador idoso.

As projeções indicam que o país a ser revelado pelo Censo 2010 do IBGE terá um contingente de 14 milhões de idosos. Dados do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) reforçam o fenômeno: se a população total cresce à taxa de 0,9% ao ano, o incremento de pessoas acima dos 60 anos avança quatro vezes mais (3,8% anuais). Para muitos, os números sinalizam um problema quando cruzados com as contas da Previdência ou com o sistema de saúde. Há outros, porém, que preferem entende-los como nicho de negócios:

- O retorno é garantido. Os idosos são pessoas responsáveis e centradas. Não dão trabalho, não faltam. Já os jovens têm outras ambições, como as baladas do fim de semana - afirma o comerciante paulista Antônio Fiori, dono de uma fornecedora de areia e pedras, que acaba de contratar um idoso para gerente.

Como o país está envelhecendo, o desafio civilizatório que se impõe, preveem os demógrafos, é aumentar a idade produtiva da população. Em vez de estimular a ociosidade da terceira idade ou alterar o fator previdenciário, para evitar que o equilíbrio atuarial fique insustentável, a alternativa seria dotar os idosos de capacidade física para adiar a retirada da vida produtiva.

- O Brasil não estava preparado para envelhecer. Se a perspectiva era se aposentar e viver no máximo oito anos, hoje a pessoa chega a ter mais 20, 30 anos de vida. Nenhuma sociedade pode jogar fora essa mão de obra - diz o médico Renato Veras, diretor da Universidade Aberta da Terceira Idade (Unati/Uerj).

No caminho de volta ao mercado, o aposentado tem deixado a carteira de trabalho em casa. Quase metade dos trabalhadores ocupados acima dos 60 anos (44%) é autônoma, enquanto 31,4% são assalariados, 9,8%, empregados domésticos e 9,7%, empregadores.

- Há dois tipos de idosos no mercado informal: o mais escolarizado, que geralmente é um profissional liberal e se beneficia de sua experiência, e o menos escolarizado, que encontramos muito na agricultura - explica a economista Ana Amélia Camarano, coordenadora de Pesquisa em População e Cidadania do Ipea.

No ano passado, 55% da população masculina entre 60 e 69 anos ainda trabalhavam. Muitos, principalmente nas faixas de renda mais baixas, prolongaram a idade produtiva para reforçar a diminuta aposentadoria quando a família cresceu. Um deles é Horacildo de Castro, de 69 anos, que virou homemplaca pelas ruas de São Paulo.
Ex-metalúrgico da Mafersa, Horacildo passou em casa os primeiros anos da aposentadoria, na década de 90. Até que a sua mulher resolveu adotar uma recém-nascida. Desde então, o velho operário do aço trabalha com outros metais: fica nove horas por dia na rua para ganhar R$ 20 anunciando a compra de ouro, platina e brilhantes.
- Sem o biscate, não daria para criar a menina. Carrego a placa faça chuva, faça sol. Os seguranças das lojas vivem me tocando para outro lugar - diz o homem-placa, cuja filha de criação já tem 15 anos.

Mas, apesar das intempéries, Horacildo segue em frente. E é isso que encanta os empregadores que têm optado pela terceira idade. Com o idoso, não há tempo ruim. Principalmente quando o desafio profissional é conviver com pessoas da mesma idade.

A assistente social Renata Hauck ajudou a tia, médica, a procurar uma aposentada para ser funcionária do seu consultório, em Belo Horizonte:

- Jovens têm sempre problemas. O namorado ou o filho pequeno. Se faltam, não há como minha tia fazer os procedimentos do consultório. Aposentada não tem filho pequeno. Contratamos uma senhora simpática, com experiência de vida. Passa algo agradável às pacientes na sala de espera.

O aposentado representa um baixo custo. Não faz questão de carteira assinada e vê o salário como um complemento de renda. Há casos em que nem salário é necessário. Com vasta experiência acumulada, saúde e vontade de contribuir, o aposentado abraça o voluntariado.

Na prefeitura de Niterói, por exemplo, os responsáveis por licitações suam frio quando chega o aposentado Guilherme Magalhães. Ele é um dos trabalhadores idosos qualificados que fazem da experiência a senha para o reingresso na vida produtiva. Ex-gerente de Negócios do Banco do Brasil, onde trabalhou por 32 anos, Magalhães é hoje fiscal voluntário do Observatório Social da cidade, ONG de olho nas contas municipais.
- As pessoas não acreditam que você pode mudar a realidade. Além disso, precisamos nos sentir produtivos, mesmo sem remuneração - orgulha-se Magalhães.

Não são poucos os casos de aposentados que, sentindo-se produtivos, encontraram as portas do mercado fechadas ou quebraram a cara ao tentar um negócio. O paulista Luiz Pinto Cepinho, também bancário, aderiu ao plano de demissões voluntárias do BB, montou restaurante e faliu. Hoje, sobrevive como fotógrafo de festas, e luta para voltar ao BB pela via judicial.

Demissões espontâneas, aposentadoria compulsória e outros mecanismos encurtam a vida ativa de milhares de trabalhadores. Há lugares, porém, em que a experiência com os mais velhos foi tão boa que motivou a continuidade:

- Perdi um serralheiro que ainda trabalhava quando morreu aos 80. Para substituí-lo, quero outro idoso - diz a empresária Márcia Lima

quarta-feira, 20 de julho de 2011

TEMPOS MODERNOS - TURISMO NA TERCEIRA IDADE

O envelhecimento ativo: saúde e disposição

 A clássica imagem do velhinho de pijama, em frente à tevê, cuja maior audácia é sair de casa para jogar dominó com os amigos do bairro, está com os dias contados. Um novo padrão de envelhecimento está em curso. Conhecido como "envelhecimento ativo", ele nem de longe lembra a resignação com que os idosos do passado se aposentavam do trabalho e da vida social. Saudáveis, dispostos a continuar em atividade por mais tempo e, graças aos bons ventos da economia, com dinheiro no bolso, muitos brasileiros que romperam a barreira dos 60 anos provam que é possível dialogar com a passagem do tempo harmoniosamente.
 O turismo do Brasil sabe direitinho como agradar aos clientes maduros. Com engrenagem e serviços de Primeiro Mundo, o setor oferece opções para todos os gostos - até para aqueles que não querem excursões só com a terceira idade. Apenas através do programa Viaja Mais Melhor Idade, do Ministério do Turismo, entre 2007 e 2010 mais de 600 mil pacotes foram vendidos a idosos.
O Viaja Mais Melhor Idade é uma iniciativa do Ministério do Turismo que facilita e estimula brasileiros acima de 60 anos a viajar pelo País na baixa ocupação. Pacotes especiais e descontos exclusivos em meios de hospedagem fazem parte do programa. Além de promover a inclusão social dos idosos, o Viaja Mais Melhor Idade fortalece o turismo interno e gera benefícios por todo o País.
E isso graças à organização de pacotes customizados para a melhor idade e descontos especiais em meios de hospedagens, o que representa também um importante vetor de expansão do turismo interno.
O turismo na terceira idade é um dos grandes destaques do turismo de lazer nos últimos tempos. Nunca viu-se tantas opções de pacotes de viagens feitos exclusivamente para esse pessoal, que geralmente viaja em grupos e se divertem tanto quanto os jovens.
O programa Viaja Mais Melhor Idade, também ajuda as cidades turísticas a se programarem para receberem turistas o ano todo e não só na alta temporada, visto que geralmente o pessoal da melhor idade viaja nos períodos de baixa ocupação incentivando o turismo do Brasil.
Há muitas opções de destinos turisticos para a terceira diade, vamos começar falando pelo Brasil. A primeira sugestão de destino para a terceira idade curtir é a localidade de Águas de Lindóia, no interior de São Paulo. Esse local na verdade é repleto de turistas dessa faixa etária.  É um dos locais com os melhores balneários e águas termais. Além disso, o ar da cidade é muito puro, proporcionado pela serra. É um verdadeiro reduto de tranqulidade.
Outro destino muito apreciado pela terceira idade é Caldas Novas em Goiás. Aqui é outro reduto para quem quer águas termais ou apenas relaxar em um dos locais que tem o maior complexo hoteleiro de todo o centro oeste brasileiro. Dizem que as águas de Caldas Novas possuem propriedades terapêuticas.
Se quiser um roteiro mais cultural, é preciso ir visitar as cidades históricas de Minas Gerais. As melhores cidades desse circuito para se visitar são Ouro Preto, São Thomé das Letras, Mariana e Tiradentes. Todas essas cidades são imperdíveis e estão lotadas de monumentos históricos, principalmente de igrejas requintadamente decoradas.
E para quem gosta de praia e calor, a dica é ir para o nordeste brasileiro como por exemplo Fortaleza, no Ceará, ou quem sabe Rio Grande do Norte, ou Alagoas com as belas praias de Maceió. Tem várias opções de passeios e atrações que certamente vão agradar a todos os turistas. E não deixe de procurar pelo belo artesanato do local.
Mas, para o turista que quiser inovar mesmo, que tal partir para um cruzeiro? Esse tipo de turismo tem crescido muito entre a terceira idade e já chega a ser um dos mais procurados. A melhor parte de se fazer um cruzeiro é ter todo o luxo e comodidade e ainda poder conhecer outros locais. Atualmente muitas agências de turismo organizam excursões e cruzeiros destinados a terceira idade. É uma excelente oportunidade de se divertir e fazer novas amizades.
Os pacotes de viagens geralmente envolvem atividades recreativas e culturais para idosos, além de estimular a saúde com atividades físicas e cuidados na alimentação.
E quem faz viagem a turismo, independente da idade, sabe que viajar é uma terapia. A pessoa se sente muito melhor quando volta para sua cidade e pode contar as histórias e mostrar as fotos para seus parentes e amigos.
Por isso, se você se encaixa no perfil do projeto, viaje na melhor idade, ou então incentive seus pais, avós, tios, amigos e conhecidos para viajar.

sexta-feira, 15 de julho de 2011

ASILO OU POUSADA PARA IDOSOS ... QUANDO É CHEGADA A HORA?



Muitas vezes a opção por residir em uma instituição de longa permanência parte do próprio idoso, ou seja, do desejo da pessoa em procurar um local no qual encontre atenção, conforto e, especialmente, atendimento às suas necessidades
básicas. Nesse contexto, a situação econômica é um ponto preponderante para a decisão de morar em um residencial para idosos, além da possibilidade de não precisar realizar as tarefas domésticas.

O adoecimento do idoso que resulte em impossibilidade de realizar as atividades da vida diária, e a necessidade de cuidados especiais, como no caso de dependência absoluta, em que há exigência de alguém para prestar o cuidado contínuo é outro motivo apontado para a internação em uma instituição asilar. O adoecimento e a conseqüente dependência não estão exclusivamente relacionados às questões orgânicas, mas também se referem aos aspectos da cognição, como nas demências em geral. A dependência do idoso e a necessidade de os familiares manterem-se no mercado de trabalho, aliada à dificuldade em encontrar e manter um cuidador formal, que responda pelo atendimento das demandas oriundas da pessoa idosa doente, constitui-se em outro motivo para o encaminhamento desta a uma instituição de longa permanência. Normalmente a família busca, em um primeiro momento, alguém que já tenha conhecimentos e habilidades para prestar os cuidados necessários. Quando não consegue, passa a contratar pessoas que se disponham a realizar esta incumbência. Contudo, quando todas as possibilidades parecem ter sido
esgotadas, a saída encontrada é o asilamento.

Freqüentemente surgem notícias com abordagens que destacam aspectos positivos acerca do viver em locais que abrigam pessoas idosas. Também são ressaltados aspectos negativos, como a existência de maus tratos, estrutura física deficitária e falta de recursos humanos capacitados para atuar com idosos que residem em asilos, particularmente naqueles de natureza pública, os quais dão a entender que esta deve ser uma preocupação constante dos profissionais que estão envolvidos com a problemática, assim como dos familiares das pessoas idosas que passaram a residir em uma instituição asilar.

O atendimento ao idoso deve ser, preferencialmente, na modalidade não asilar, porém naquelas situações em que os idosos não possuem condições que garantam sua própria sobrevivência, sua integridade física e mental, caso não possuam familiares que possam cuidar ou por motivo de doença que impeça o bom convívio com outras pessoas, o recomendado é o asilamento.

Quando uma família procura um asilo como local para seu familiar idoso morar busca, entre outras coisas, um ambiente que ofereça cuidados, companhia, além de um espaço de convivência e socialização entre os moradores. Culturalmente, em nossa sociedade, é esperado que na velhice dos pais, os filhos, mais diretamente, ou os demais integrantes da família, assumam a responsabilidade pelos seus cuidados, provendo-os material e afetivamente de acordo com as condições e as necessidades de cada caso.

Considerando a família como fonte de cuidado, optar pela institucionalização de um de seus membros, neste caso o idoso, a decisão, a priori, reveste-se de uma intenção que visa proporcionar melhores condições de vida, de cuidado e de conforto, mais qualificadas que aquelas que a família pode oferecer.

Em determinadas situações ou períodos, a capacidade da família para o cuidado pode estar comprometida ou fragilizada e, nestas condições, o idoso pode constituir-se num entrave à autonomia dos familiares, seja pelas demandas do cotidiano, que não lhes possibilita conciliar cuidado e atividades de trabalho e do lar, ou pela impossibilidade de, entre os familiares, encontrar um ou mais membros que se disponibilizem e se responsabilizem pelo cuidado do idoso.

A institucionalização, então, é uma das soluções encontradas para o problema.
Deve-se considerar, entretanto, que o estereótipo de que os asilamentos ocorrem em virtude de filhos que querem “se livrar” dos pais idosos e dependentes ou não e que não se adaptam aos “tempos modernos” é uma realidade que prevalece na concepção de muitas pessoas.

A família é um sistema de saúde para seus membros e exerce o papel de cuidadora e supervisora, tanto em situações de saúde quanto de doença, tomando decisões relativas aos caminhos a seguir, acompanhando, avaliando e pedindo ajuda aos profissionais, para que seja feito o melhor para seus idosos.

terça-feira, 12 de julho de 2011

APARELHO AUDITIVO



Se você tem algum grau de surdez, como milhões de outras pessoas, pode considerar a aquisição de um aparelho auditivo. Porém, antes de fazer isso, é preciso saber se aparelhos auditivos funcionam para o seu caso de perda de audição, e o que procurar quando for comprar.
O aparelho auditivo é um dispositivo eletrônico com um pequeno microfone que amplifica sons. Você precisa ter alguma capacidade de audição para que o aparelho auditivo funcione. E, uma vez que a perda de audição afeta as pessoas de formas diferentes, você precisa do aparelho para surdez apropriado.
Há três principais tipos de perda de audição:
Surdez de transmissão ou de condução: é quando existe uma lesão a nível do ouvido externo ou médio, que impede a transmissão das ondas sonoras. Neste caso existe uma situação de audição reduzida, mas não de surdez. Para que haja surdez é necessário que o próprio nervo auditivo esteja danificado.
 Surdez de recepção ou neurossensorial: é quando existem lesões do ouvido interno ou do nervo auditivo que transmite o impulso ao cérebro. A transmissão das vibrações sonoras é feita normalmente mas a sua transformação em percepção auditiva está perturbada. Existe assim, uma dificuldade na identificação e integração da mensagem.
 Surdez mista: é quando existe, ao mesmo tempo, uma lesão do aparelho de transmissão e de recepção

CUIDADOS COM O APARELHO:
Os aparelhos auditivos modernos são duráveis, fáceis de usar e confiáveis. Entretanto, algumas precauções simples vão garantir que seu aparelho auditivo continue a lhe prestar bons serviços por muito tempo.
1- Evite atrito e impacto. Coloque e retire seu aparelho auditivo sobre uma superfície macia.
2- Proteja-o do calor. Jamais deixe seu aparelho auditivo onde possa ser danificado pela ação do calor extremo. Proteja-o da luz direta do sol (em casa e no carro estacionado) e não o deixe perto de radiadores.
3- Proteja o aparelho auditivo da umidade. Remova-o da orelha antes de banhos, duchas e mergulhos. Não o deixe no banheiro, onde pode sofrer danos causados pela umidade. Seque a transpiração dentro e em volta da orelha regularmente. A umidade e a condensação podem danificar o circuito eletrônico do aparelho auditivo. Recomendamos que o compartimento da pilha seja deixado aberto à noite.
4- Mantenha seu aparelho auditivo fora do alcance das crianças e bichos de estimação. Os cachorros ficam irritados com a microfonia mas são atraídos pelo cheiro do dono. É comum o cachorro mastigá-lo.
5- Evite contato com maquiagem e spray de cabelo. As finas partículas produzidas pela maquiagem e spray de cabelo podem facilmente bloquear a entrada do microfone. Sempre retire seu aparelho auditivo antes de usar esses produtos.
6- Limpe o aparelho auditivo com cuidado, com um pano macio e seco. Álcool, solventes e multiusos podem danificar o circuito eletrônico.
7- Higiene do ouvido. Mantenha sempre o ouvido limpo. Se o aparelho soar fraco, pode ser que a saída de som ou o filtro de cerume estejam bloqueados com cera ou sujeira.
8- Mantenha o aparelho auditivo em local seguro. Quando não estiver usando, mantenha-o sempre no estojo ou no recipiente especial secante (desumidificador). Tire as pilhas se não for usá-lo por algum tempo.
9- Jamais tente consertar o aparelho auditivo, leve-o para avaliação. Chaves de fenda e óleo podem ser fatais para o aparelho auditivo. O simples toque nos componentes eletrônicos ou micro-mecânicos pode causar danos irreparáveis.

domingo, 3 de julho de 2011

HISTÓRIAS DE VIDA



A história da nossa vida é um patrimônio. É o nosso legado ou a nossa lenda pessoal em construção permanente, que se inicia desde muito cedo e vai até nosso último suspiro. É formada pelas muitas histórias que construímos ao longo da existência, nessa caminhada por entre belas paisagens ou tempestades furiosas. E o mais importante é que cada indivíduo tem a sua história única. Por mais que as pessoas convivam, é impossível que montem a mesma história, até porque não existe uma única realidade. A realidade também é uma leitura individual, e numa mesma situação, um pode achar a situação terrível e o outro morrer de rir, tão somente porque seus filtros de percepção tem modalidades diferentes de interpretação das coisas.
Pessoas mais velhas tem uma longa trajetória, e portanto muita coisa para contar, sendo importantíssimo que tenham para quem contar. É uma pena ver tanta gente desinteressada pelas experiências dos que já chegaram a um volume imenso delas.
Muitos idosos sentem grande prazer em compartilhar suas experiências de vida. Há poucos dias, conversei com uma senhora de cento e dois anos, com quem convivi por algum tempo, que possui uma memória do passado íntegra. Simpática e com muita vontade de conversar, começou me contando sua vida profissional que transgredia os costumes da época, onde o lugar da mulher era em casa. Ela foi uma mulher a frente da sua época, pois fumava, jogava em cassinos e bebia. Foi logo contando sua infância, peculiaridades dos pais, irmãos, da casa onde morava. Logo fui me encantando pelos detalhes da história que, além de bela, trazia dados relativos aos costumes do Brasil há mais de cem anos: o flertar, o fato de pretendentes a namorados pedirem permissão aos pais da moça para namorar, a recém-inserção da mulher no mercado de trabalho, as roupas da época, dentre outras coisas que mudaram significativamente com o passar dos anos.
Outra coisa me chamou a atenção: ela relatou suas histórias com tanta alegria e entusiasmo, que em momento algum deixou transparecer tristeza por estar no final de uma vida intensamente vivida. Transmitiu a saudade de pessoas que até hoje marcam sua vida, e com quem dividiu por muitos anos sua história. Porém o relato desta história de vida faz com que este fim pertença apenas ao domínio real, já que na esfera do simbólico esta história continua existindo, em lembranças vivas e relatos afetuosos.
Infelizmente, muitos idosos não gostam ou não têm oportunidade de compartilhar sua história, já que nossa sociedade acaba deixando-os em segundo plano e considera este tipo de atitude saudável como constante divagação repetitiva. As pessoas esquecem que o idoso pode ser um livro vivo de sua própria história e da história de uma família, de um povo, de um país, de uma sociedade. É o repositório vivo de muitos acontecimentos, alguns de grande importância para a história da humanidade.
É importante estimularmos este tipo de relato nos idosos, já que todos podem se beneficiar com esta interação. Importante ressaltar que na Doença de Alzheimer a memória de longo prazo é a parte da memória que fica preservada por mais tempo, e por isto, estimular o relato da história de vida é uma forma de manter este segmento da memória ativo. É a partir do relato da história de vida do outro que nos situamos em nosso contexto histórico, ou mesmo que nos descobrimos como seres contemporâneos de um tempo diferente, porém que ainda carregam marcas deste passado que outrora foi presente de muitos outros, que ainda vivem conosco no nosso presente.
Vamos exercitar nosso amor e paciência, falamos que perdemos tempo escutando histórias de idosos, mas pense bem, acho que ganhamos muito escutando os mais velhos, pode ser que hoje achemos até que seus conselhos são inúteis, mas com o passar do tempo vemos que tanta experiência não foi em vão: " Eles tinham razão!."
(Homenagem a Nelson Marques de Oliveira, meu pai, desencarnado. Um homem sábio e grande contador de histórias).

sexta-feira, 1 de julho de 2011

IDOSOS X ANIMAIS DE ESTIMAÇÃO



Os processos psicológicos do envelhecimento têm, na maioria das vezes, a solidão como consequência; seja pelo falecimento do cônjuge, casamento dos filhos, aposentadoria, declínio na vida social, enfim, o sentimento de utilidade que no decorrer da vida lhe era preponderante, deixa de estar presente em alguma fase do envelhecimento.
A companhia de um animal de estimação pode fazer uma diferença significativa na qualidade de vida das pessoas da terceira idade. Além do bem estar psíquico proporcionado a elas pela presença de um animalzinho em seu cotidiano, os cuidados exigidos por eles estimulam os idosos a se exercitarem, melhorando também sua saúde física.
Estudos realizados em diversos países apontam que os tutores de cães e gatos, nesse período da vida, sofrem menos de depressão, problemas relacionados à pressão sangüínea, freqüência cardíaca e capacidade motora, sendo estas questões reflexos das atividades físicas realizadas ao passear ou brincar com seu animal de estimação.
Isto passa a ser uma via de duas mãos, ou seja, além de promover maior qualidade de vida para os idosos, poderia ainda minimizar os impactos de saúde pública que envolve o problema do abandono de animais. Ao adotar um animal de estimação, o idoso deve estar ciente de que ele exige dedicação diária, além de alterar a rotina de uma casa, porém estas mudanças só trazem vantagens .
Em pesquisa realizada ficou constatado que a vida dos idosos que possuem um animal de estimação mudou bastante após adquiri-los, pois muitos justificaram que passaram a ter um objetivo na vida, uma companhia, passaram a fazer mais exercício, passaram a cuidar mais da sua própria higiene – pois passaram a cuidar da higiene do seu animal também, e o lado desagradável é que as despesas aumentaram, mas este aspecto, segundo os idosos, é altamente compensador.
Os cachorros são grandes companheiros, mas não é necessário que o seu animal de estimação seja um, para aqueles que possuem dificuldade de locomoção, cuidar de um pequeno aquário, ter a companhia de um gato ou de qualquer outro animalzinho produz o mesmo efeito de companheirismo e geração de afeto.
Interessante notar que, durante a internação de um paciente idoso, estes demonstram desejo de melhorar rapidamente para cuidar de seus animais. Conclui-se então que os animais podem atuar como suporte emocional, representando um apoio para confiar e falar.
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