sábado, 31 de dezembro de 2011

Fogos de artifício causam poluição sonora no fim do ano



Perigo para a audição que começa bem antes do Réveillon.
 Troca de presentes, mesa farta, clima de fraternidade… o mês de dezembro é repleto de motivos para comemorar. No entanto, uma tradição desta época do ano pode causar problemas de saúde: o excesso de barulho, principalmente os que são provenientes de fogos de artifício.
A poluição sonora no final do ano atinge níveis intensos, mas os shows pirotécnicos produzidos pelos fogos de artifício possuem um potencial de dano que costuma ser subestimado, o som de alta intensidade produzido pela pressão das explosões pode causar danos auditivos.
O maior problema é quando os fogos explodem perto de pessoas. Além da possibilidade de lesões superficiais, áreas vitais podem ser atingidas, como a cabeça e o pescoço, que concentram importantes órgãos dos sentidos, como a visão e a audição. A Organização Mundial de Saúde (OMS) aponta que 10% da população mundial apresenta algum problema auditivo e os países em desenvolvimento possuem 80% dos casos. De acordo com o Ministério da Saúde, cerca de seis milhões de brasileiros têm deficiência auditiva, 8% da população.
Em geral, as pessoas pensam que o zumbido e a sensação de diminuição de audição que se seguem a um evento explosivo são um fenômeno natural. Na maioria dos casos, se estes desaparecem, elas não procuram uma avaliação auditiva e acabam não sabendo se está de fato tudo bem. As lesões de ouvido podem ir desde a perda auditiva, caracterizada pela sensação de som abafado e zumbido, até a perfuração da membrana timpânica por ação de um rápido deslocamento de ar durante o evento explosivo.
Um estudo publicado na revista Laryngoscope, por Gupta e colaboradores (1989), já citava que a média de som medida há três metros da explosão de fogos de artifício é de 150 dB, o que excede o critério de risco para audição em eventos instantâneos. Ruídos acima de 85 decibéis são prejudiciais à saúde auditiva e quanto mais repetitivos e/ou altos eles forem, principalmente acima de 120 db, pior será o dano na cóclea, órgão responsável pela audição sensorial.
Estudos mostram que, mesmo após a cessação do zumbido e da sensação de ouvido tampado, o indivíduo pode ter sofrido perda de audição. Por isso, o ideal é que sempre se procure um otorrinolaringologista para uma avaliação auditiva. É preciso redobrar a atenção com crianças e idosos, pois nem sempre eles sabem informar o que estão sentindo após a exposição a um barulho intenso, como o de fogos de artifício. Apreciar as explosões de longe assegura um final de ano sem danos à saúde dos ouvidos.

FELIZ ANO NOVO!

sexta-feira, 23 de dezembro de 2011

FELIZ NATAL!



Nada como uma bela oração para comemorarmos este dia tão significativo.

A prece, denominada De Cáritas, tem sido querida e constantemente orada por várias gerações de cristãos.

CÁRITAS era um espírito que se comunicava através de uma das grandes médiuns de sua época – Mme. W. Krell – em um grupo de Bordeaux (França), sendo ela uma das maiores psicografas da História do Espiritismo, em especial por transmitir poesia.

A prece de Cáritas foi psicografada na noite de Natal, 25 de dezembro, do ano de 1873, ditada pela suave Cáritas.

Todas as mensagens que Mme. W. Krell psicografou em transe, e, que chegaram até nós, encontram-se no livro Rayonnements de la Vie Spirituelle, publicado em maio de 1875 em Bordeaux, inclusive, o próprio texto em francês (como foi transmitido) da Prece de Cáritas.

Prece de Caritas
Deus nosso pai, vós que sois todo poder e bondade.
Dai a força àquele que passa pela provação.
Dai a luz àquele que procura à verdade.
Ponde no coração do homem a compaixão e a caridade.
Deus,
Dai ao viajor a estrela guia,
Ao aflito a consolação,
Ao doente o repouso.
Pai,
Dai ao culpado o arrependimento,
Ao espírito a verdade,
A criança o guia
Ao órfão o pai
Senhor,
Que a vossa bondade se estenda sobre tudo que criaste.
Piedade senhor para aqueles que não vos conhecem,
A esperança para aqueles que sofrem.
Que a vossa bondade permita aos espíritos consoladores
Derramarem por toda parte a paz, a esperança e a fé.
Deus,
Um raio, uma faísca do vosso amor pode abrasar a terra.
Deixai-nos beber nas fontes esta bondade fecunda e infinita
E todas as lágrimas secaram, todas as dores acalmar-se-ão.
Uma só oração, um só pensamento subirá até vos,
Como um grito de reconhecimento e de amor.
Como moisés sobre a montanha
Nós lhe esperamos com os braços abertos
Oh bondade !
Oh beleza !
Oh perfeição !
E queremos de alguma sorte alcançar vossa misericórdia.
Deus,
Dai-nos a força de ajudar o progresso a fim de subirmos até vos.
Dai-nos a caridade pura.
Dai-nos a fé e a razão.
Dai-nos a simplicidade, que fará de nossas almas...
Um espelho onde se refletirá a vossa santa e misericordiosa imagem.

quarta-feira, 21 de dezembro de 2011

Recomendações alimentares para os idosos no Natal


Ceia sem excessos garante um feliz Natal

A alimentação na terceira idade é um aspecto fundamental. As festas de fim de ano vêm acompanhadas de alguns excessos gastronômicos, assim é importante não colocar em risco a saúde.
O crescimento da população de idosos se deve em parte aos avanços tecnológicos que elevam a esperança de vida e a diminuição da natalidade; mas há que se ter em conta também outros fatores como uma melhor alimentação. Um estado nutricional alterado constitui um fator de risco, que se associa a numerosas doenças crônicas e piora o prognóstico nas patologias agudas.
Uma nutrição correta é primordial para manter um estado de saúde ótimo em qualquer etapa da vida. A alimentação dos idosos tem características especiais do ponto de vista nutricional, devido às mudanças produzidas pelo processo de envelhecimento.
Uma dessas mudanças é a diminuição do sentido de gosto e de olfato, fazendo com que menos sabores sejam diferenciados. Outra mudança é a produção menor de ácido gástrico, com o que o esvaziamento intestinal sofre um atraso e a mobilidade dos intestinos fica diminuída. A boca sofre modificações com a idade, perdem-se dentes e, se caso as próteses dentárias não se ajustarem adequadamente, os idosos têm problemas com a mastigação, deglutição e digestão dos alimentos.
Nessa etapa da vida, a nutrição de nossos idosos deve ser equilibrada, variada e apetitosa sob o ponto de vista gastronômico. A comida deve ser fácil de preparar, deve estimular o apetite, ser bem apresentada, apetitosa e de fácil mastigação e deglutição.
Existem alguns objetivos básicos que devem ser contemplados na alimentação para idosos:
• É preciso consumir proteínas para manter um estado imunitário aceitável e reduzir a susceptibilidade a infecções.
• Prevenir a desidratação. Com a idade diminui a sensação de sede e os rins perdem a capacidade de concentrar urina. O consumo diário de água deve ser um litro e meio, quantidade que deve ser aumentada se o idoso apresenta processos febris, toma diuréticos ou se expõe a ambientes muito quentes.
• Consumo de cálcio na dieta, para a manutenção da massa esquelética e para sustentar uma atividade física adequada.
• Consumo de fibras para combater a prisão de ventre. É conveniente a presença de frutas, legumes, pão e frutas secas na dieta.
A alimentação da pessoa idosa requer as mesmas exigências de qualidade de uma pessoa adulta jovem, com as adaptações quantitativas consequentes, determinadas pelas mudanças corporais.
Quando chegam as celebrações importantes como o Natal, em que a família se reúne para festejar, é necessário ter em conta que as necessidades nutricionais e energéticas variam com a idade, o que não muda é a necessidade de comer com prazer. É preciso adaptar a ingesta à nossa capacidade. Seguem algumas recomendações básicas com relação a essas festas tão gastronômicas:
• Não abusemos das quantidades de comida. A digestão fica pesada. Todos somos humanos e é fácil cair na tentação; se nesse dia especial comemos demais, no dia seguinte devemos procurar comer de forma saudável e leve para não agravar a situação.
• Devemos mastigar bem os alimentos. Não abusar de carnes e gorduras e reduzir o consumo de bebidas alcoólicas e tabaco.
• Se aparecerem problemas gástricos, podemos recorrer a medicamentos antiácidos.
• Outra doença típica dessas celebrações são as diarréias: aparecem devido às mudanças bruscas na alimentação. Recorremos nesse caso a remédios antidiarréicos, a reposição dos líquidos perdidos e a alimentos que ajudam a cortar a duração do processo diarréico como maçãs, bananas e cenouras. Evitar os laticínios.
Como se vê, são conselhos de fácil aplicação. O mais importante dessas festas é o reencontro com toda a família.
Escrito por:
Francisca Bernal
Enfermeira do Hospital de Bellvitge, Espanha 
http://blog.infoelder.com

sexta-feira, 16 de dezembro de 2011

PROCURA POR CUIDADORES DE IDOSOS AUMENTA NO FINAL DO ANO

A boa relação entre idosos e cuidadores
 Chega o final de ano e a procura é maior para plantões de Natal e Ano Novo. Você deixaria um idoso sob os cuidados de outra pessoa?

Milhares de pessoas aproveitam as festas de final de ano para viajar e recarregar as energias para o novo ano que terão pela frente. Para algumas famílias, no entanto, essa decisão envolve muito planejamento e até mesmo frustrações.
Muita gente que tem um familiar idoso acamado ou sem condições de locomoção recorrem aos cuidadores de idosos. Encontram nestes profissionais a opção de contratar alguém que ficará encarregado de todos os cuidados que o idoso exige.
A médica veterinária Renata Costa, 28, conta com o auxílio de cuidadores profissionais há seis meses para cuidar de seu avô. Neste fim de ano a família vai viajar e por decisão do próprio avô ele deve ficar. O idoso de 84 anos e seus cuidadores passarão o ano-novo juntos. “Queríamos levá-lo junto conosco, mas ele bateu o pé e não quer ir. As cuidadoras dele são ótimas e temos muita confiança nelas.”
O mais comum é que os idosos e os cuidadores permaneçam em casa enquanto o restante da família vai viajar. Isso acontece porque os idosos acabam, muitas vezes, apresentando dificuldades de locomoção. Mas também existem casos em que o cuidador vai com a família viajar e todos passam as festas juntos.
A demanda por cuidadores temporários é maior no fim do ano. É um período de muitos compromissos e a ajuda dos cuidadores se faz necessária. Deve-se ressaltar que o cuidador apenas auxilia a família, a função é de ajudar, dar suporte. O cuidador não deve nem de longe ser visto como uma substituição à família. Quando isso acontece, algo está errado de fato.
É comum existir um conflito interno em alguns clientes que se sentem culpados por precisar da ajuda de um desconhecido para cuidar do familiar, mas em alguns casos ter um profissional nessa função pode ser uma maneira de conseguir uma convivência de mais qualidade na família.
É exatamente esse o problema da rotina da pesquisadora e publicitária Beth Castillho, 40. Ela e os pais cuidam da avó há mais de uma década. Faz um ano que a situação ficou mais complicada. “Não podemos deixá-la sozinha nem por um minuto. A relação familiar sofre muito com o desgaste. A qualidade da convivência não é a mesma.”
Ela conta que nas férias consegue dar um descanso para os pais assumindo os cuidados com a avó para que eles possam viajar. “Sempre alguém tem que ficar. Eu não me importo e acho necessário que meus pais saiam e se distraiam um pouco. Passo o ano-novo com minha avó há nove anos porque quero. Foi uma opção minha”, conta.
Para ser cuidador de idoso é preciso em primeiro lugar gostar de idoso, ter comprometimento e dedicação. O melhor mesmo antes de contratar um profissional para o final do ano, é que tenha referências ou que já conheça este profissional, só assim a família vai poder usufruir das férias com conforto, sabendo que seu idoso também está sendo bem tratado.
Assim como qualquer profissional, também é bom respeitar este profissional no que diz respeito ao valor dos plantões, afinal o mesmo deixou a família para se dedicar ao seu idoso. Assim todos ficarão satisfeitos e com certeza terão um excelente final de ano.

quarta-feira, 14 de dezembro de 2011

Boa notícias sobre terapias para Alzheimer



 O noticiário está repleto de boas notícias sobre novas descobertas que podem tratar portadores de Alzheimer. No entanto, a melhor delas é a que foi publicada hoje, falando que um simples exame de sangue por detectar o Mal de Alzheimer com pelo menos cinco anos de antecedência, muito antes dos sintomas surgirem. Com esse diagnóstico rápido, pode-se começar o tratamento o quanto antes e o surgimento de novas drogas, mesmo quem tiver um resultado positivo para a doença poderá nunca desenvolve-la por completo. Medidas preventivas também podem ser tomadas, como por exemplo mudança de dietas e exercícios. Como normalmente o diagnóstico é tardio, quando acontece muitos danos já foram causados ao cérebro.
   O Professor Matej Oresic, do VTT Technical Ressearch Centre, da Finlândia ao jornal "Daily Mail", na qual disse que o diagnóstico precoce, com antecedência de anos, teria "imensos" benefícios para os idosos. O professor Oresic disse que atrasar o surgimento do Alzheimer em pessoas mais velhas "é quase tão bom quanto preveni-lo. Prorrogar até mesmo por dois anos aumentaria muito a qualidade de vida".
   Ele disse que mais trabalho é necessário para mostrar quão apurado é seu teste - mas ele espera que o kit comece a ser usado em pequena escala em um ano, e amplamente usado em dois ou três anos.
Se a pesquisa sobre essas substâncias pode levar ao desenvolvimento de drogas que podem deter a progressão do Alzheimer, os pacientes que receberem o resultado positivo no teste do professor Oresic podem nunca manifestar a doença por completo.

domingo, 11 de dezembro de 2011

Alzheimer revertida pela primeira vez


Pela primeira vez, foi revertida a doença de Alzheimer em pacientes com a doença, há mais de um ano. Os cientistas usaram a técnica de estimulação cerebral profunda, que usa elétrodos para aplicar pulsos de eletricidade diretamente no cérebro.

Investigadores canadianos, da Universidade de Toronto, liderados por Andres Lozano, aplicaram estimulação cerebral profunda em seis pacientes. Em dois destes pacientes, a deterioração da área do cérebro associada à memória não só parou de encolher como voltou a crescer. Nos outros quatro, foi parado o processo de deterioração.

Nos portadores de Alzheimer, a região do cérebro conhecida como hipocampo é uma das primeiras a encolher. O centro de memória funciona no hipocampo, convertendo as memórias de curto prazo em memórias de longo prazo. Desta feita, a degradação do hipocampo revela alguns dos primeiros sintomas da doença, como a perda de memória e a desorientação.

Durante a investigação, a equipe de cientistas canadianos instalou os dispositivos no cérebro de seis pessoas que tinham sido diagnosticadas com Alzheimer, há, pelo menos, um ano. Assim, colocaram elétrodos perto do fórnix, conjunto de neurônios que carregam sinais para o hipocampo, aplicando, depois, pequenos impulsos elétricos, 130 vezes por segundo.

Após 12 meses de estimulação, um dos pacientes teve um aumento do hipótalamo de 5 por cento e, outro, 8 por cento. Esta descoberta pode levar a novos caminhos para tratamentos de Alzheimer, uma vez que é a primeira vez que foi revertida a doença.

Os cientistas têm, contudo, ainda de conhecer mais sobre o modo como a estimulação funciona no cérebro.

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Alzheimer revertido pela primeira vez
Enviado por luisnassif, qui, 01/12/2011 - 08:20
Por Nilva de Souza
Da TV Net

terça-feira, 6 de dezembro de 2011

Montadoras japonesas investem em carro para idosos


Uma das atrações do Salão de Tóquio, que termina neste domingo (11) é conceito Townwalker, da Honda. Do tamanho de um carrinho de supermercado, ele poderia circular até mesmo dentro dentro de casa e ainda levar o seu motorista até uma farmácia ou um shopping próximo, por exemplo.

Por desenvolver baixa velocidade e ser bastante compacto, poderia transitar sobre a calçada. Segundo a marca, o protótipo é parte de um projeto para desenvolver carros para idosos.

Com expectativa de vida elevada e baixo número de nascimentos, o Japão registra alto índice de envelhecimento da população. O carrinho também poderia ser levado dentro de um carro maior, outra forte tendência entre os fabricantes japoneses.

As montadoras estão apostando em microveículos no porta-malas para completar o deslocamento do condutor até áreas restritas, como condomínios empresariais. É o caso do Toyota Fun-VIII, que vem com um patinete elétrico, e do Honda Micro Commuter (foto), que carrega uma pequena moto dobrável.



Folha.com

FELIPE NÓBREGA
ENVIADO ESPECIAL A TÓQUIO

quinta-feira, 1 de dezembro de 2011

IDOSOS: CUIDADOS PARA ENCARAR O VERÃO.




Aproveitar o que o sol e o calor tem de melhor, sem prejudicar a saúde, deve ser o lema deste verão para a população em geral e, sobretudo, para os idosos. Manter o organismo sempre hidratado, evitar a exposição a elevadas temperaturas e usar roupas leves, são os principais conselhos.
Com o verão, sobe a temperatura e há maior probabilidade de os idosos desidratarem, mas este problema é frequente em todas as estações. Várias causas ligadas ao envelhecimento contribuem para que seja frequente a desidratação nos mais velhos. Por isso, é indispensável incentivá-los a beberem água.
Avança a idade e com ela os idosos sentem menos sede e bebem menos água. Esta situação, aliada à redução da capacidade de concentração da urina, às alterações da composição corporal, a uma diminuição da elasticidade da pele (perde-se água por esta via) e à ingestão excessiva de alimentos doces e salgados, devido à redução da capacidade sensorial que leva a uma maior apetência para um consumo abusivo destes alimentos, contribui para haver casos de desidratação.
A exposição excessiva ao sol, a atmosfera seca e o uso de diuréticos são, também, potenciais fatores de risco e é aconselhável que idosos bebam água, mesmo no caso de não sentirem vontade de o fazer.
Uma dieta rica em frutas e hortaliças pode ajudar a prevenir a desidratação nos idosos, mas deve ser acompanhada pela ingestão apropriada de água que é, regra geral, de 2 litros diários. Mas, deve ser evitada a ingestão de frutas e saladas mal lavadas e de alimentos deteriorados pela temperatura, que pode originar complicações gastrointestinais, cuja maior prevalência se verifica no verão. Por isso, recomenda-se que seja feita uma lavagem adequada das hortaliças e frutas e que se conservem os alimentos a uma temperatura fresca.
Já o consumo de água pode aumentar se houver perdas substanciais de água, se estiver muito calor ou em caso de febre. Um excelente indicador que nos mostra se tudo está bem no que se refere à quantidade de água necessária, é a urina, que deverá ser abundante clara e sem cheiro. Mas, avisa que a ingestão excessiva de água pode ser prejudicial, pois se por um lado a capacidade renal não permite de forma tão eficiente a concentração da urina, também há a perda de capacidade pela sua diluição.
A incapacidade total de certos órgãos, devido à desidratação, portanto, pode levar o idoso à morte, mas apenas em casos extremos. Para evitar que isso aconteça, basta tomar certos cuidados na alimentação, ambientação e vestimentas do idoso. Veja algumas dicas abaixo:

- Beber pelo menos dois litros de líquidos por dia (água, suco, isotônicos);
- Usar roupas arejadas (de algodão e com tecidos claros) ;
- Permanecer em ambientes arejados ;
- Tomar banhos para esfriar o corpo ;
- Se o idoso sofrer de alguma doença do sistema nervoso, faça-o tomar pelo menos oito copos de líquido por dia ;
- Usar compressas com água gelada na virilha, axilas e no pescoço para "esfriar o sangue" ;
- Evitar ingestão de bebidas alcoólicas ;
- Devemos dar atenção especial aos idosos que sofrem de demência, pois eles podem ser mais afetados com a desidratação, já que não pedem para beber água e têm mania de se agasalhar.
- Alguns idosos com problemas cognitivos se agasalham muito e isso aumenta a temperatura, principalmente entre os que moram em casa de repouso. Isso aliado a falta de autonomia para beber água, pode causar hipertermia e desidratação.

http://noticias.r7.com/saude/noticias/como-adaptar-a-casa-para-um-idoso-20091212.html

terça-feira, 29 de novembro de 2011

15 cuidados que os idosos devem ter na prática de exercício físico


Cuidados especiais para exercícios bem sucedidos

São muitos os benefícios que a prática regular de exercício físico traz para os idosos, no entanto, existem alguns cuidados que devem ser tidos em conta para evitar dores, desconforto, acidentes, lesões e manter a motivação em alta. A prevenção é, como sempre, o melhor caminho a seguir.
1 - Consultar sempre o médico antes de iniciar qualquer plano de exercício físico.
2 - Começar devagar, principalmente se já não pratica exercício físico há muito tempo .
3 - Nunca deixar de fazer os exercícios de aquecimento e de relaxamento no início e no final de cada sessão de ginástica.
4 - Esperar pelo menos duas horas depois de cada refeição antes de praticar qualquer tipo de exercício físico.
5 - Manter-se hidratado durante qualquer atividade física – o idoso deve beber água antes, durante e depois da cada sessão de ginástica.
6 - Saber praticar corretamente a atividade física e assegurar que esta é, acima de tudo, segura. Se praticar ciclismo deve usar um capacete apropriado, por exemplo.
7 - O idoso deve familiarizar-se com o local onde pratica exercício físico,  para evitar qualquer tipo de acidente ou lesão.
8 - Sempre que praticar exercício físico, o idoso deve vestir roupa larga e confortável, que facilite os movimentos. Se estiver ao ar livre, o vestuário deve ser de cores bem visíveis.
9 - O calçado que o idoso utilizar para praticar exercício físico é muito importante: deve ser apropriado ao tipo de atividade que vai ser praticada; deve ter uma sola lisa, que não escorregue e que não seja nem muito alta, nem muito baixa; deve conter espaço suficiente para mexer bem todos os dedos dos pés e proporcionar o apoio total do calcanhar.
10 - O idoso deve praticar exercício físico ao ar livre sempre que possível, evitando naturalmente as horas de maior calor e frio. Se a sua atividade física decorrer num espaço fechado, deverá ter em atenção a qualidade do ar, principalmente se tiver problemas respiratórios.
11 - Quando o tempo estiver frio ou chuvoso, o idoso pode fazer a sua caminhada habitual dentro de um centro comercial, por exemplo.
12 - Se sentir qualquer um dos seguintes sintomas – tonturas, falta de ar, náuseas, dor ou pressão no peito, braço, ombro ou pescoço; suores frios ou qualquer tipo de dor nas articulações – o idoso deve parar imediatamente.
13 - Se o idoso tiver alguma articulação inchada, vermelha e sensível ao toque, deve evitar qualquer tipo de exercício físico e procurar o médico no caso de os sintomas persistirem.
14 - Se o idoso se sentir doente, com tosse, febre, constipado ou com gripe, deve adiar a ginástica para quando estiver completamente recuperado.
15 - Depois de uma doença ou lesão, um idoso deve recomeçar o seu plano de exercício físico do início e não retomar no ponto em que estava antes da sua paragem.

Uma observação muito importante, se vc é idoso e tem celular, carregue-o sempre com voce, mesmo para caminhar pois para qualquer emergência fica fácil pedir socorro, seja para a família, bombeiro, polícia, etc.
Para facilitar, aprendi e achei muito interessante, grave o telefone da primeira pessoa que deve ser comunicada quando acontecer alguma coisa, e para isso, voce deve escrever duas letras "a" antes do nome para que seja o primeiro a aparecer. Por exemplo, o nome da primeira pessoa que voce quer que seja avisada é CRISTINA, então voce vai gravar no celular AAEMERGÊNCIACRIS , e passará a ser seu primeiro contato.

segunda-feira, 28 de novembro de 2011

ORGANIZAÇÃO DOS MEDICAMENTOS DO IDOSO


Cuidados especiais evitam acidentes sérios com remédios
Os medicamentos são uma parte integrante da vida dos idosos, permitindo manter sob controle as doenças de que padecem, ajudando-lhes a viver melhor, sem dores ou desconforto. No entanto, por vezes a quantidade de medicamentos que um idoso toma é tão elevada que requer uma organização e administração com cuidados redobrados.
A administração dos medicamentos por parte de um idoso começa nas consultas. De preferência deve ir um acompanhante com o  idoso, para assim saber qual o seu estado de saúde, que medicamentos vai tomar, para que, qual a dose, durante quanto tempo, se existem efeitos secundários, interações com outros medicamentos, se os comprimidos podem ser esmagados ou têm de ser tomados inteiros, ou qualquer outra questão pertinente. Não tenha receio de esclarecer todas as suas dúvidas com o médico.
Sempre que o acompanhante  for à farmácia aviar uma receita, certifique-se que o farmacêutico escreva na caixa do medicamento correspondente as indicações do médico no que diz respeito a dose e a hora da administração, ou faça voce mesmo em casa. Quer leve duas caixas de medicamentos ou dez, confira sempre toda a informação para evitar confusões .
 Em casa é necessário  ter um sistema de organização que possa facilmente assegurar a administração correta da medicação. Há quem opte por utilizar as caixas com divisórias para organizar a administração diária dos medicamentos. Em alternativa, pode usar uma  lista com  todos os medicamentos, para que servem, incluindo uma pequena descrição (comprimido oval azul, comprimido redondo amarelo), a hora da administração. Pode também utilizar potinhos plásticos com tampa e uma etiqueta descrevendo o nome da medicação e horário que deve ser administrada ( café da manhã, almoço, lanche, jantar).
Independentemente do sistema que utiliza para organizar os medicamentos do idoso, guarde sempre todas as caixas dos medicamentos em local seguro. É interessante fazer anotações sobre algum problema que tenha ocorrido com alguma medicação, como exemplo, tonteira, dor de cabeça, etc, para que possa passar para o médico.
Para termos um tratamento bem sucedido os medicamentos devem ser  tomados à mesma hora todos os dias. Se optou por organizar os medicamentos em caixas apropriadas ou potinhos, estes já podem estar divididos para a hora das diferentes refeições – mantenha a caixa junto do lugar da mesa onde o idoso normalmente almoça/janta para evitar o esquecimento. Programar  o despertador para lembrar a hora da administração pode ser outra opção para assegurar que o idoso não falhe no horário de tomar a medicação. Se estiver em casa com o idoso pode administrar o medicamento, caso contrário, informe o idoso a hora do alarme e qual o medicamento tomar. Se esse sistema for muito complicado para o idoso, e caso não esteja em casa, agende um lembrete e ligue para o idoso nessa hora, dizendo-lhe qual o medicamento que deve tomar.
 É típico deixarmos de tomar um medicamento porque nos sentimos melhor ou acharmos que o medicamento pode estar fazendo bem a uma coisa mas mau a outra – e os idosos não são diferentes. Assegure que o idoso respeite a administração diária dos seus medicamentos e evite tomar decisões como diminuir, aumentar ou alterar a dosagem de um medicamento sem antes falar com o médico. Se o idoso toma os mesmos medicamentos há muito tempo, é igualmente importante que, periodicamente, peça ao médico para reanalisar esse tratamento.
 É importante que tenha atenção aos prazos de validade dos diferentes medicamentos que um idoso está tomando. Faça uma limpeza mensal nos medicamentos que tem em casa.

segunda-feira, 21 de novembro de 2011

Homeopatia - A cura pelo semelhante


Entrevista: Dr. Eduardo Barbosa


O médico homeopata Dr. Eduardo Barbosa concedeu entrevista entre uma consulta e outra. Ele recebe em seu consultório crianças, jovens, adultos e idosos e conta que a homeopatia pode cuidar de toda a família. "Estar em contato com todas as gerações de uma mesma família é muito gratificante, além de poder acompanhar a evolução do tratamento", disse.
A homeopatia é, hoje, uma especialidade reconhecida pelos Conselhos Federais de Medicina, Odontologia, Farmacologia e Medicina Veterinária. Ela é baseada no princípio da semelhança, ou seja, uma substância que causa os sintomas de uma doença (doença artificial) pode ser usada em doses mínimas para curar os mesmos sintomas em um indivíduo doente (doença natural), com aqueles mesmos sintomas.
A seguir, Dr. Eduardo mostra como o tratamento homeopático age no paciente, levando em conta suas características físicas e emocionais. O medicamento é individual e bom para aquele doente com aqueles sintomas.

O que significa e o que é homeopatia? 
A palavra homeopatia vem da cura pelo semelhante, das substâncias que são, normalmente, de uma forma de intoxicação da natureza e que provocariam uma doença. A homeopatia utiliza medicamentos de origem vegetal, mineral e animal, e cria através de uma preparação homeopática a diluição e a dinamização dessas substâncias que provocam uma doença. Daí produz o remédio que vai curar aquela doença que a pessoa apresenta semelhante a que produzia na intoxicação. Por exemplo: a bela dona é uma planta que ao ser ingerida provoca febre alta, delírio, alucinação, processo inflamatório e, a homeopatia, vai usar a técnica de preparação para gerar o remédio da bela dona. Então, na homeopatia, sempre existe o nome e a dinamização, o que a difere da ficoterapia. O Brasil é o único país do mundo em que a homeopatia é uma especialidade médica, farmacêutica, odontológica e veterinária, no campo de tratamento. Inclusive, os postos de saúde do Município e Estado têm a homeopatia para atender a população.

Quando e por quem foi pensada a homeopatia?
Por Samuel Hahnemann, em 1817, que estava descontente com a medicina à época e viu que, às vezes, o tratamento levava à morte do paciente. Afastou-se da prática médica e passou a estudar e traduzir livros de medicina. A partir de uma tradução, constatou que a planta quinino produzia os sintomas da malária. Hahnemann diluiu esta planta a fim de atenuar os efeitos e passou a utiliza-la para tratar a malária. Ele observou que o paciente que vinha de longe para buscar o remédio, era curado mais rápido. Ou seja, o medicamento que sofria agitação ao longo da "viagem" do paciente causava um atrito molecular que gerava sucções, além da diluição.

Todo mundo questiona se o tratamento realmente funciona. Por que?
A dúvida vem da falta de informação. Quem tem a vivência com a homeopatia verifica, na prática, seu efeito imediato em situações agudas. Porém, as pessoas procuravam a homeopatia para resolver problemas crônicos e esse tratamento requer mais tempo. Por isso a homeopatia ficou estigmatizada que é lenta.

Quais são os casos mais tratados?
A homeopatia trata de tudo. Ela pode tratar sozinha ou concomitantemente com a alopatia do próprio clínico, que é um homeopata ou um clínico geral, ou mesmo em equipe com outro especialista. Os casos mais comuns são reumatismo, processos alérgicos, imunodepressão (causada pelo uso excessivo de antibióticos), viroses, infecções bacterianas (como na garganta, por exemplo), estresses, hipertensão, gastrite, insônia, tensão pré-menstrual etc.

A fobia social é tratada com antidepressivos, calmantes e terapia. A homeopatia tem condições de substituir os antidepressivos e calmantes? 
A homeopatia da pessoa em si; cada um faz a doença ao seu jeito. São tantos remédios homeopáticos e que para doenças com mesmo diagnóstico, às vezes, existem medicamentos diferentes porque são duas pessoas diferentes.

Existe algum tipo de efeito colateral?
Não.

O tratamento homeopático pode alterar o estado emocional da pessoa?
A homeopatia promove o reequilíbrio emocional e imunológico da pessoa, além do reequilíbrio para ela lidar com a poluição, com o estresse. Ajuda a digerir o estresse para a pessoa não somatizar e trata, também, de situações que já têm lesão, como uma úlcera. O clínico alopata percebe que o estresse é uma causa, mas ele não tem recursos para digerir esse estresse. O homeopata não trata apenas de sintomas; ele busca um diagnóstico bem preciso tanto na esfera emocional quanto na física e encaminha, quando necessário, para a psicoterapia.

Como despertou o seu interesse por este campo da Medicina?
Eu tive a grande sorte de estudar numa universidade que já possuía o curso de homeopatia no próprio curso de graduação. No 3° ano de faculdade eu tive o meu primeiro contato e quis explorar outros recursos de tratamento que a alopatia não tinha.

sábado, 19 de novembro de 2011

CONFUSÃO MENTAL DOS IDOSOS



Principal causa da confusão mental
no idoso - Arnaldo Lichtenstein, médico.


Sempre que dou aula de clínica médica a estudantes do quarto ano de Medicina, lanço a pergunta:
- Quais as causas que mais fazem o vovô ou a vovó terem confusão mental?
Alguns arriscam:
"Tumor na cabeça".
Eu digo: "Não".
Outros apostam: "Mal de Alzheimer"
Respondo, novamente: "Não".
A cada negativa a turma se espanta... E fica ainda mais boquiaberta quando enumero os três responsáveis mais comuns:
- diabetes descontrolado;
- infecção urinária;
- a família passou um dia inteiro no shopping, enquanto os idosos ficaram em casa.
Parece brincadeira, mas não é. Constantemente vovô e vovó, sem sentir sede, deixam de tomar líquidos.
Quando falta gente em casa para lembrá-los, desidratam-se com rapidez. A desidratação tende a ser grave e afeta todo o organismo. Pode causar confusão mental abrupta, queda de pressão arterial, aumento dos batimentos cardíacos ("batedeira"), angina (dor no peito), coma e até morte.
Insisto: não é brincadeira.
Na melhor idade, que começa aos 60 anos, temos pouco mais de 50% de água no corpo. Isso faz parte do processo natural de envelhecimento. Portanto, os idosos têm menor reserva hídrica.
Mas há outro complicador: mesmo desidratados, eles não sentem vontade de  tomar água, pois os seus mecanismos de equilíbrio interno não funcionam muito bem.
Conclusão:
Idosos desidratam-se facilmente não apenas porque possuem reserva hídrica menor, mas também porque percebem menos a falta de água em seu corpo. Mesmo que o idoso seja saudável, fica prejudicado o desempenho das reações químicas e funções de todo o seu organismo.
Por isso, aqui vão dois alertas:
1 - O primeiro é para vovós e vovôs: tornem voluntário o hábito de beber líquidos. Por líquido entenda-se água, sucos, chás, água-de-coco, leite. Sopa, gelatina e frutas ricas em água, como melão, melancia, abacaxi, laranja e tangerina, também funcionam. O importante é, a cada duas horas, botar algum líquido para dentro. Lembrem-se disso!
2 - Meu segundo alerta é para os familiares: ofereçam constantemente líquidos aos idosos. Ao mesmo tempo, fiquem atentos. Ao perceberem que estão rejeitando líquidos e, de um dia para o outro, ficam confusos, irritadiços, fora do ar, atenção. É quase certo que sejam sintomas decorrentes de desidratação.
"Líquido neles e rápido para um serviço médico".

(*) Arnaldo Lichtenstein (46), médico, é clínico-geral do Hospital das Clínicas e professor colaborador do Departamento de Clínica Médica da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (USP).

domingo, 13 de novembro de 2011

VAMOS APRENDER A BARBEAR NOSSO IDOSO?


Os cuidados com o processo de barbear com técnica

Fazer a barba diariamente não prejudica a pele, desde que você tome cuidados com o corte e com o uso de loção pós-barba de ação cicatrizante. Dependendo da qualidade da lâmina você pode usar até cinco cortes.

A espuma de barbear tipo sabão, aquela antiga espalhada com pincel, pode levar de 1 a 2 minutos para agir. Aí sim você inicia o corte. As fórmulas modernas não necessitam de tempo de espera. Espumas em aerosol, gel de barbear e sabonetes cremosos facilitam a umectação do pelo, agindo imediatamente.

A melhor hora para remover os pelos da barba é logo após o banho, quando o rosto está úmido e a pele macia. Usando o produto escolhido, aplicar sobre a pele úmida, massageando até obter a consistência desejada. Os movimentos da lâmina devem acompanhar o sentido em que os pelos nascem. Evite escanhoar a pele para não agredir ainda mais esta região propensa ao aparecimento de pelos encravados. Lave o rosto com bastante água.

Após a barba

Finalizar a operação de barbear é essencial para proteger e tratar esta área já sensibilizada, além de promover uma rápida cicatrização. Use bálsamos e loções após a barba, pois trazem benefícios de ação refrescante e antioxidante. Tais produtos restabelecem a hidratação natural da pele, protegendo-a das agressões externas. Aplique uma camada uniforme e massageie até completa absorção.

O processo de Barbear

Os pelos são espessos devido à influência dos hormônios masculinos. Após a puberdade, quando se inicia a produção da testosterona, há influência direta no aparecimento dos pelos da barba e bigode. Os pelos podem ser redondos ou ovalados, lisos e encaracolados. Também há diferenças na espessura e, quanto mais denso, mais fácil é haver problemas de encravamento e infecção. O pelo protege a pele e o ato de barbear funciona como uma massagem diária que previne o envelhecimento.

O ato de barbear é um dos mais importantes na rotina do homem. Proporciona uma boa aparência e sensação de bem estar. Porém é um processo agressivo para a pele, principalmente se realizado de maneira inadequada ou com produtos de má qualidade.
Este processo pode levar a uma infecção chamada foliculite persistente. Esta se caracteriza por avermelhamento, dor e formação de pus. A foliculite nada mais é do que a inflamação e infecção do folículo pilo sebáceo devido a encravamento e trauma.

segunda-feira, 7 de novembro de 2011

16 MANEIRAS DE ENVELHECER COM BELEZA


Algumas das dicas que Dayle Haddon oferece no seu livro "Beleza sem idade":

Um guia feminino para manter a beleza e o bem-estar por toda a vida" incluem:
 1. Limpe a pele duas vezes por dia com produtos sem detergente, sabão e perfume (esses produtos irritam a pele seca), hidratando-a bem e realizando esfoliação uma ou duas vezes por semana.
2. Não demore mais que 15 minutos no chuveiro ou na banheira, utilizando água morna (a água quente retira os óleos naturais e proteínas que protegem a pele).
 3.Para hidratar o cabelo, coloque algumas gotas de óleo de oliva ou de amêndoas e deixe durante algum tempo. Para as mãos e os pés, passe um creme emoliente e denso (encontrado nas farmácias, ou use algum gel derivado do petróleo), cobrindo-os com meias grossas e luvas de algodão durante algum tempo.
 4. Evite a exposição à radiação solar, mesmo durante o inverno.
5. Beba de seis a oito copos de água por dia.
6. Pare de fazer dietas e comece a comer refeições nutritivas que oferecem benefícios a longo prazo. Dê preferência a produtos orgânicos frescos, coma regularmente, retire a gordura e escolha alimentos de todos os grupos alimentares.
7. Corte a cafeína (encontrada em bebidas, chocolates e algumas medicações para dor e sinusite) após 3 horas da tarde.
8. Pare de fumar.
9. Encontre maneiras divertidas de praticar exercícios, realizando-os três vezes por semana. Comece a caminhar com os amigos, ande de bicicleta, caiaque, ou faça qualquer coisa de que você goste e que a mantenha em movimento.
10. Durma bem, regularmente.
11. Tome um banho quente - fornecendo sangue do cérebro para a superfície da pele e relaxando os músculos. Além disso, é um momento no qual você pode organizar as suas idéias e sensações do dia.
12. Desligue a televisão e escute música.
 13. Participe de programas voluntários. Ajudar a comunidade dá uma sensação de integração e bem-estar.
14. Medite, ore ou contemple.
15. Crie um grupo de amigas que estimulem umas às outras.
16. Continue aprendendo; entre no curso com o qual você sempre sonhou, volte à escola!

sexta-feira, 28 de outubro de 2011

HORA DE DESPERTAR

Quem acorda cedo é mais feliz, saudável e magro, diz pesquisa 


Por Ilana Ramos  | 19/09/2011 

Nada como uma boa noite de sono. Ela relaxa o corpo e a mente, organiza as ideias e pensamentos e nos deixa novinhos em folha para encarar o dia seguinte. No entanto, só uma boa noite de sono não o é suficiente para manter a nossa saúde em dia, o ideal é que todas as noites sejam de paz e tranquilidade. Para reforçar a importância de se dormir bem, uma pesquisa da Universidade de Roehampton ainda acrescenta à lista de benefícios do sono a hora de despertar. Reforçando aquele velho ditado que diz “Deus ajuda quem cedo madruga”, pesquisadores afirmam que acordar mais cedo ainda pode deixar você mais magro, feliz e saudável.
Os pesquisadores da universidade britânica entrevistaram 1.068 homens e mulheres sobre sua saúde, dieta, níveis de felicidade e ansiedade, bem-estar físico e hábitos de sono. O estudo dividiu os entrevistados em dois grupos: matutinos, que representavam 13% dos entrevistados e acordavam por volta das 6h58m durante a semana e vespertinos, que levantavam por volta de 8h54m, e contavam 6%. Os outros 81% ficaram entre os dois. A pesquisa concluiu que os matutinos demonstraram mais felicidade, menores níveis de ansiedade e ainda tinham menos riscos de sofrerem de depressão. Eles também eram mais propensos a tomar café da manhã, que já havia sido ligado a um menor índice de massa corpórea.
Não importa a hora que você levante, ter regularidade de sono é o mais importante. Para Andrea Bacelar, membro do Departamento do Sono da Academia Brasileira de Neurologia (ABN), "o que sabemos é que o sono com horários regulares, ou seja, hora para dormir e hora para levantar, é o grande fator para o equilíbrio do corpo e da mente. E também o tempo total individual de sono deve ser respeitado, sendo a média da população de sete horas por noite. O fato de ser vespertino não é um problema, a menos que obrigações e compromissos o obriguem a assumir ritmos diferentes do que o ritmo biológico que um vespertino necessita".
Os benefícios de se acordar cedo são inúmeros e não se restringem a questões de saúde. "Acordando cedo, estamos mais sincronizados com a luz solar, pois quando começa a clarear, acordamos, e quando escurece começamos a desacelerar e vamos dormir. Ter regularidade na vida é ser saudável. Fazer atividade física matinal é mais benéfico que fazer a noite. Fazer as refeições em horários adequados nos ajuda a manter o peso. Além disso, temos mais horas do dia para nossos afazeres. Para um indivíduo que acorda tarde, sobram poucas para resolver seus problemas ligados ao horário comercial", diz Andrea
Pessoas mais velhas não precisam se preocupar tanto com o horário que despertam, pois geralmente dormem menos. Segundo Andrea, "esse fenômeno é fisiológico. Os idosos não só acordam mais cedo como passam a dormir mais cedo. A sincronização do claro e escuro pode não ser tão eficaz, a produção de neurotransmissores fica alterada, a acetilcolina diminui e a melatonina (hormônio promotor de sono) também. No entanto, a insônia deve ser investigada e tratada adequadamente, por ser um fator de risco para doenças degenerativas, baixa imunidade, depressão e até morte. O tratamento passa por higiene do sono (evitar cafeína, levantar sempre no mesmo horário, não cochilar à tarde etc), técnicas de relaxamento e, também, uso de medicamentos".
Para quem acorda mais tarde, é possível "educar" o corpo a despertar em um novo horário. "Há duas situações. Uma é quando precisamos nos adaptar a uma diferença de fuso-horário. O organismo vai se adaptando àquele novo horário 15 minutos a cada dois dias. Outra situação é ser um vespertino e precisar passar a dormir mais cedo e acordar mais cedo. Isto é possível, sim, porem depende de medicação, luz e disciplina do paciente", conclui Andrea.

segunda-feira, 17 de outubro de 2011

LAZER E DIVERSÃO NA TERCEIRA IDADE




Quando você pensa em idosos, pensa em cadeira de balanço, pijamas e cobertor? Isto é apenas um estereótipo. O fato é que de uns anos para cá os padrões mudaram. As pessoas têm chegado à terceira idade cada vez mais fortes e saudáveis. Quem passou dos sessenta anos nos dias de hoje, se acostumou a uma vida agitada, repleta de atividades físicas. Não é à toa que haja uma procura cada vez maior por lazer e diversão. Os passeios na pracinha para jogar milho aos pombos e só se divertir em uma partida de dominó ficaram no passado.
Pensando nesta promissora fatia de mercado, as agências de turismo, bingos, casas noturnas e academias promovem eventos visando atrair o público "mais experiente". Desde cruzeiros marítimos até ecoturismo, passando por atividades tranqüilas; tudo adaptado para todos os gostos e possibilidades.

Livros

Bom para quem quer se manter atualizado, a leitura, seja qual for é um excelente exercício para a memória além de ser ótimo passatempo. O leitor se transporta para um universo todo novo, conhece tipos diferentes e sempre aprende alguma coisa diferente.

Música

A música é fonte de descontração. Você pode ouvir as suas canções preferidas e dançá-las. Além disso, os menos tímidos podem se aventurar tentando tocar algum instrumento. As opções são variadas, indo dos mais simples, como tamborim e outros instrumentos de percussão, passando para o violão, piano e flauta transversa. A prática de um instrumento apura os ouvidos, aumenta a sensibilidade e a coordenação motora, além de ser um bom pretexto para organizar saraus e reunir os amigos.
Conhecer os novos ritmos, sucessos e cantores é um jeito de continuar "antenado" com as novas tendências.

Filmes e Peças Teatrais

Assistir peças ou ir ao cinema é, sem dúvida, uma grande diversão. Transporta o espectador para um mundo diferente do seu. Faz sonhar, se emocionar. Chamar os amigos em torno de uma sessão de vídeo em casa ou com eles ir ao cinema é uma boa opção. As prefeituras dão incentivos, cobrando apenas meia entrada dos idosos.
Bingo

Os bingos, tão populares em quermesses, hoje são um negócio rentabilíssimo para diversos empresários que oferecem aos seus clientes cada vez mais conforto e comodidade. Salas refrigeradas, drinques e canapés, além de manobrista na porta e táxis à disposição, os bingos podem se transformar em ponto de encontro dos amigos e uma forma alternativa de conhecer pessoas novas.

Mas, cuidado: apesar de proporcionar momentos de distração, pode se tornar um vício sério e perigoso quando a pessoa perde o controle e passa a fazer do jogo sua única opção.

Dança

Uma das atividades mais procuradas hoje em dia é a dança de salão. O ritmo animado e os movimentos compassados podem trazer diversos benefícios ao corpo e à mente. As academias de dança variam de ritmo, e não é necessário se ter um par. É importante, no entanto, saber se você está apto a esse grau de atividade física. Converse com seu médico antes de se matricular em uma academia.
O dançarino e professor Carlinhos de Jesus diz que quanto mais cedo a pessoa começa a dançar, maiores os benefícios. "Mas nunca é tarde para entrar no salão", afirma. "A dança estimula a criatividade e fortalece a autoconfiança".
Os benefícios da dança são tantos que já existe uma corrente própria para a terceira idade: a maior novidade é a Dança Sênior, criada na Alemanha, realizada em grupo, e que pode ser praticada até por quem mal consegue se locomover.

Passeios ao Ar Livre

Caminhadas matinais à beira da praia ou em parques é uma excelente opção de lazer. Além de gratuito, é saudável e prazeroso. Acrescentar a isso exercícios de alongamento só enriquece a caminhada.

Vans

As vans oferecem conforto e segurança. Podem ser alugadas com motorista e sua despesa ser dividida com os amigos. Alguns lugares como casas de espetáculo, bingos e restaurantes oferecem esse meio de transportes para seus clientes. Algumas até oferecem um pequeno lanche! A diversão já começa durante o trajeto.

Turismo

Viajar em qualquer idade sempre foi fonte de imenso prazer e distração. O cliente "jovem", de meia idade, aproveita essa fase da vida para conhecer lugares há muito sonhados, ou voltar onde um dia passou e gostou. Existem pacotes turísticos próprios para a terceira idade. Alguns hotéis fazenda contam com estrutura médica, nutricionistas e professores de educação física que estão preparados para supervisionar os passeios e atividades.

É importante não confundir aposentadoria com lazer. Ela é apenas um momento de descanso, direito de quem trabalhou longos anos. Deve-se somar à aposentadoria uma rotina saudável, que inclua diversão e exercícios leves, que podem melhorar as condições físicas e afastar o fantasma do mau humor e da depressão.

sábado, 15 de outubro de 2011

TERAPIA OCUPACIONAL


Terapia Ocupacional


A terapia Ocupacional (TO) tem um papel fundamental no processo de cura junto à pessoas que apresentem disfunções físicas, sensoriais e/ou mentais, bem como dificuldade de adaptação ao meio em decorrência dessas disfunções ou de outros processos que venham a desencadear prejuízos à saúde biopsicossocial do indivíduo e da sociedade em que está circunscrito.

Objetivos da Terapia Ocupacional: 

Promover e manter a saúde, restaurar e/ou reforçar capacidades funcionais, facilitar a aprendizagem de funções essenciais e desenvolver habilidades adaptativas visando auxiliar o indivíduo a atingir o grau máximo possível de autonomia no ambiente social, doméstico, de trabalho e de lazer, tornando-o produtivo na vida de relação.

Atuação da Terapia Ocupacional Geronto-Geriátrica 

De um modo geral, é função do Terapeuta Ocupacional restabelecer as perdas físicas, mentais e sociais, que causam desajuste no idoso.
Na atuação com o idoso, a terapia Ocupacional age como um facilitador que capacita o mesmo a fazer o melhor uso possível das capacidades remanescentes, a tomar suas próprias decisões e lhe assegurar uma conscientização de alternativas realísticas.
Através do estímulo ao auto-conhecimento e ao autocuidado, gerando uma melhoria na auto-estima, o idoso tem condições de lidar com seus potenciais e a partir daí construir uma maneira própria de se relacionar com o meio social, atuando nele mais autonomamente. Basicamente, procura-se que o idoso tenha um desempenho mais independente possível, enfatizando as áreas de autocuidado, do trabalho remunerado ou não, do lazer, da manutenção de seus direitos e papéis sociais.

A atividade é um meio através do qual se vivencia significado existencial através da expressão de valores, da auto-responsabilidade, da (re)descoberta de competências e habilidades, do compromisso, e de sistematicidade, podendo envolver ainda convívio social pautado por bem-estar.

A Terapia Ocupacional utiliza instrumentos de avaliação funcional, das estruturas mentais, emocionais e sociais, e avalia principalmente o desempenho das Atividades da Vida Diária, pois são os principais indicadores da autonomia do idoso.

A avaliação do idoso em terapia ocupacional é determinada pela estimativa de sua força e debilidade, pelo reconhecimento de potencialidades remanescentes e de possibilidades reais de desempenho das atividades cotidianas. Para tanto deve-se analisar o que o paciente fazia antes de sua enfermidade e/ou estado atual e o impedimento entre ambos. Avalia-se também o estado biológico (força, tônus muscular, amplitude articular, etc.), o estado psicológico (memória, estado de ânimo, capacidade de aprendizagem, etc.), o estado social (incluindo a capacidade dos que o ajudam: familiares, amigos, voluntários) e o ambiente físico (barreiras arquitetônicas e possibilidades ambientais) na perspectiva de segurança do idoso no seu lar. Todos estes fatores devem ser analisados e adaptados para obter-se o máximo aproveitamento das condições, tendo-se em conta as limitações funcionais do paciente.

A capacidade física dos idosos está limitada por alguns fatores fisiológicos: diminuição da potência muscular, fragilidade óssea, artrites e perda da elasticidade do tecido conjuntivo.
Os fatores que afetam o SNC são os que, com maior freqüência, produzem incapacidades no transcurso dos anos. Variações das atividades mentais como a diminuição de atenção, perda progressiva de memória e instabilidade emocional, adicionadas às alterações da atividade neurológica como diminuição dos reflexos e dificuldade em realizar movimentos, além das alterações sensoriais decorrentes do processo do envelhecimento.
Os idosos mostram-se ansiosos quanto à sua segurança, à sua saúde, às relações familiares e cansam-se mais facilmente a medida que a idade aumenta. Não aprendem tão rapidamente nem retém as informações recebidas como as pessoas jovens, portanto em terapia ocupacional os cuidados devem ser direcionados para estas características peculiares dos idosos.

Objetivos gerais da Terapia Ocupacional em Geriatria e Gerontologia: 

1. Integrar a pessoa em idade avançada à sua própria comunidade, tornando-a o mais independente possível e em contato com pessoas de todas as idades, promovendo relações interpessoais.
2. Incentivar, encorajar e estimular o idoso a continuar fazendo planos, ter ambições e aspirações.
3. Contribuir para o ajustamento psico-emocional do idoso e sua expressão social.
4. Manter o nível de atividade, alterando o ambiente se necessário.
5. Enfatizar os aspectos preventivos do envelhecimento prematuro e de promoção de saúde.
6. Reabilitação do idoso com incapacidade física e/ou mental.
Tais objetivos estão na dependência do estado de saúde do indivíduo, do seu grau de independência nas atividades da vida diária (AVD) e no seu grau de interesse e participação.

Locais de atuação da TO Geronto-Geriátrica: 
-Centros de Convivência, Hospitais-Dia, visando a melhoria na qualidade de vida, através da socialização, organização da rotina, recreação e lazer
-Ambulatórios, Hospitais, Centros de Especialidades Médicas, através da prevenção de agravos, decorrentes da não orientação ao paciente idoso e/ou familiares, e a reabilitação física e mental devido à degeneração ocasionada por patologias crônicas.
-Atendimentos Domiciliares, desenvolvendo adaptações ambientais (segurança do lar), treinos e orientações específicas para familiares e/ou cuidadores, e serviços especializados para atender à várias patologias (físicas e/ou mentais) que acometem os idosos, como: seqüelas de acidente vascular cerebral, mal de Parkinson, vários tipos de Demências incluindo principalmente, a Doença de Alzheimer, Depressão, Artrite Reumatóide, Doenças Cardiovasculares, Musculares e Respiratórias, entre outras.

-Instituições Asilares, Abrigos e Casas de Repouso, realizando uma atenção dirigida para a integração social do idoso institucionalizado, bem como a prevenção de degeneração física, mental e social ocasionada, na maioria das vezes, pôr um longo período de asilamento.
Terapia Ocupacional em Reabilitação Geriátrica

Esta modalidade de TO tem sido comprovada como tratamento da mais alta eficácia em vários hospitais e por diversos autores, que são unânimes em ressaltar não só os benefícios físicos advindos desse tratamento, como também os benefícios terapêuticos no caso de problemas sociais e psicológicos.
O grande objetivo da Terapia Ocupacional em Reabilitação Geriátrica é manter no idoso a vontade de viver, e que o mundo para ele continue povoado de finalidades. Sentindo-se útil e ativo ele escapa ao tédio, à decadência e à marginalização.

Em Reabilitação Geriátrica, não se insiste em metas profissionais. Sob o ponto de vista físico, o importante é o restabelecimento funcional máximo; manter as funções corporais, melhorar as funções dos músculos e articulações com o objetivo de conseguir o máximo de independência física, sobretudo em atividades da vida diária. Preocupação constante quando acamado, como mudanças de posição, tratamento da pele, exercícios físicos, visando sempre ao aspecto preventivo de invalidez permanente.

Observar os princípios que são específicos nos casos de incapacidade física como, idealizar e adaptar os equipamento auxiliares para o idoso, como por exemplo o uso de próteses auditivas, amplificadores de som e outros.

Dentre as principais patologias e disfunções atendidas pela Terapia Ocupacional destacam-se:

Os Acidentes Vasculares Cerebrais, Mal de Parkinson, Doença de Alzheimer e diversos tipos de Demências, as Doenças Reumáticas e Artríticas, seqüelas decorrentes de doenças crônico-degenerativas como o Diabetes, as Neoplasias, a Hanseníase, entre outras.
Atendimento Domiciliar

Dentre as formas de atenção, o atendimento domiciliar, é aquele que proporciona ao Terapeuta Ocupacional, um maior contato com a família do idoso, facilitando a aproximação da terapia com a realidade do paciente, e colaborando na promoção e manutenção de laços afetivos entre idosos e familiares, garantindo portanto o apoio destes, e proporcionando esclarecimentos acerca das maneiras de lidar com os idosos com limitações, ou seja uma ação educativa com a família.

A compreensão dos tipos de relacionamentos estabelecidos com os idosos, proporciona ao terapeuta uma idéia de qual espaço o paciente ocupava no lar, e saber quais pessoas de sua convivência podem colaborar diretamente com a terapia.

As situações cotidianas estão incluídas num processo terapêutico mais próximo da realidade do idoso, pois abrangem algumas de suas necessidades mais primárias ( atividades da vida diária ) e outras mais secundárias.

A adequação de atividades diversas e da estrutura física domiciliar, quando necessárias, devem levar em conta os aspectos culturais particulares do idoso e sua família. A Terapia Ocupacional muito pode fazer no sentido de adequar o domicílio, ou o lugar onde o idoso reside, principalmente se este idoso faz uso de adaptações ou recursos de tecnologia assistiva. No caso dos idosos, o ambiente físico pode ser um fator de risco para várias desordens de saúde se não estiver bem adaptado às suas dificuldades e necessidades. Dentre elas destacam-se as quedas e outros acidentes semelhantes. Uma questão também pertinente é a da independência nas atividades da vida diária. Um planejamento físico adequado pode proporcionar ao idoso com deficiências ou dificuldades uma maior autonomia e segurança dentro do lar.

quinta-feira, 13 de outubro de 2011

SOLIDÃO - "ASSASSINO INVISÍVEL" DO IDOSO


Solidão - o grande "assassino invisível"
A solidão é o "assassino invisível" do idoso, que ameaça a saúde, tanto quanto a obesidade ou o tabagismo. O custo emocional da solidão pode ser conhecido, mas os danos físicos provocados por ela têm sido negligenciados.

Um em cada dez idosos sofre de solidão intensa, o que conduz a um risco aumentado de depressão, que favorece o desenvolvimento de maus hábitos alimentares e de práticas sedentárias, que excluem a atividade física do cotidiano. A falta de interação social aumenta as chances do idoso de sofrer com doenças degenerativas, como o Alzheimer.

De acordo com o estudo realizado com 2.200 pessoas, apenas uma em cada cinco tinha ciência que a solidão é um fator de risco para a saúde. A solidão entre os idosos está aumentando, em parte, devido ao maior número de idosos morando sozinhos e, em parte, devido à dispersão das famílias.
A Organização Mundial da Saúde já classifica a solidão como um fator de risco para a saúde maior que o tabagismo e tão grande quanto a obesidade.

Riscos da solidão na terceira idade

Além dos custos sociais e econômicos, precisamos considerar as implicações emocionais e psicológicas de um número crescente de pessoas mais velhas, no Brasil e no mundo.
O isolamento social e longos períodos de solidão podem levar o idoso a desenvolver um quadro de depressão. A depressão é frequentemente uma doença crônica, com episódios de recorrência e de melhoria. Cerca de um terço dos pacientes com um único episódio de depressão apresentará outro episódio dentro de um ano, após a descontinuação do tratamento. E mais da metade terá uma recorrência em algum momento de suas vidas. Até o momento, mesmo antidepressivos mais modernos não conseguiram alcançar a remissão permanente na maioria dos pacientes com depressão profunda, embora a medicação padrão seja muito eficaz no tratamento e na prevenção dos episódios agudos da doença.
Por provocar um intenso sofrimento da alma, do corpo e da mente, a depressão é a principal causa de até dois terços de todos os suicídios. Homens deprimidos são mais propensos a cometer suicídio do que as mulheres deprimidas..

A depressão profunda em idosos pode reduzir o tempo de vida, independentemente de qualquer doença pré-existente. A diminuição da atividade física e a falta de convívio social certamente desempenham um papel importante na associação entre a depressão e a gravidade de diversas doenças que acometem os idosos, tais como:

* Doenças cardíacas e ataques cardíacos: a depressão aumenta a severidade de um ataque cardíaco e pode até prejudicar a resposta do paciente à medicação para doenças cardíacas. Embora as pessoas com doenças cardíacas possam tornar-se deprimidos, isso não explica totalmente a ligação entre os dois problemas. Os dados científicos sugerem que a depressão em si pode ser um fator de risco verdadeiro para a doença cardíaca, bem como para sua gravidade aumentada. Uma série de estudos indica que a depressão tem efeitos biológicos sobre o coração, incluindo um maior risco de coagulação do sangue, alterações do ritmo cardíaco e fluxo sanguíneo do coração prejudicado.

* Aumento da sensação de dor: a depressão coincide com o aumento da dor em pessoas idosas com condições como artrite ou fibromialgia.

* Câncer: a relação entre depressão e câncer tem sido examinada há anos com algumas claras associações, como no câncer de pâncreas e mama.

domingo, 2 de outubro de 2011

ESTATUTO DO IDOSO - DIREITO A EDUCAÇÃO, ESPORTE E LAZER


A luta pelos direitos dos idosos deve ser constante


   Coisas que talvez você não saiba mas que podem ajudar a vida dos idosos e estão previstas em lei. Vale a penas conhecer.


- O idoso tem direito a educação, cultura, esporte, lazer, diversões, espetáculos, produtos e serviços que respeitem sua peculiar condição de idade.

- O Poder Público criará oportunidades de acesso do idoso à educação, adequando currículos, metodologias e material didático aos programas educacionais a ele destinados.

- Os cursos especiais para idosos incluirão conteúdo relativo às técnicas de comunicação, computação e demais avanços tecnológicos, para sua integração à vida moderna.

- Os idosos participarão das comemorações de caráter cívico ou cultural, para transmissão de conhecimentos e vivências às demais gerações, no sentido da preservação da memória e da identidade culturais.

- Nos currículos mínimos dos diversos níveis de ensino formal serão inseridos conteúdos voltados ao processo de envelhecimento, ao respeito e à valorização do idoso, de forma a eliminar o preconceito e a produzir conhecimentos sobre a matéria.

- A participação dos idosos em atividades culturais e de lazer será proporcionada mediante descontos de pelo menos 50% (cinqüenta por cento) nos ingressos para eventos artísticos, culturais, esportivos,e de lazer, bem como o acesso preferencial
aos respectivos locais.

- Os meios de comunicação manterão espaços ou horários especiais voltados aos idosos, com finalidade informativa, educativa, artística e cultural, e ao público sobre o processo de envelhecimento.

- O Poder Público apoiará a criação de universidade aberta para as pessoas idosas e incentivará a publicação de livros e periódicos, de conteúdo e padrão editorial adequados ao idoso, que facilitem a leitura, considerada a natural redução da capacidade visual.

quarta-feira, 28 de setembro de 2011

NÃO HÁ IDADE PARA REVIVER UM ANTIGO AMOR


Após os 80, casal se une e revive amor de infância


Noivo irá chegar à igreja ao lado da mãe. Aos 104 anos, ela aprova a união.

Senhora de Oliveira (MG). Ele está com 83 anos. Ela tem 91. Depois de mais de seis décadas de dedicação ao lado de seus companheiros, hoje falecidos, o medo da solidão e a adormecida "paixão de infância" resolveram unir Zé Pedro e dona Nhanhá. O casal é prova que não há idade para viver um novo amor.

Sob a bênção de Sá Vita, 104 anos de vitalidade e lucidez - que conduzirá o filho até o altar -, os noivos celebram o matrimônio no próximo dia 25 de setembro. Católicos, eles voltam ao mesmo cenário onde se casaram pela primeira vez: a Igreja de Nossa Senhora de Oliveira, em Senhora de Oliveira, na região Central do Estado.

A história do casal começou bem perto dali, na comunidade rural de Casinha. Primos, Zé Pedro e dona Nhanhá cresceram juntos e tinham uma grande afinidade desde pequenos. Mas antes do derradeiro encontro, a vida os propiciou uma longa missão.

Nhanhá viveu ao lado de Izaltino Henriques Machado, que morreu em 1999, aos 81 anos. Ela casou-se e foi morar na capital, onde teve três filhos e ajudou na criação de 18 netos, 23 bisnetos e dois trinetos. Já Zé Pedro continuou em Senhora de Oliveira, onde formou uma família com nove filhos, 22 netos e mais 14 bisnetos. Ele foi casado com Maria Stanislau de Paiva, falecida no ano passado aos 77 anos.

Namoro. Há menos de dois meses, Zé Pedro, que hoje mora sozinho e tem a companhia dos netos para passar as noites, falou para a mãe: "Vou buscar a Nhanhá lá em Belo Horizonte para morar comigo". Sá Vita contestou: "Se não casar, não pode!". Daí para frente, os próprios parentes trataram de dar um "empurrãozinho" para formar o novo casal.

Raimunda de Paiva, 62, irmã de Zé Pedro atacou de cupido e contou para Nhanhá as intenções do irmão. No primeiro encontro, o namoro acabou selado naturalmente. "Ele não me pediu em namoro. As meninas é que me falaram. Então disse que ia pensar. Mas a gente começou (a namorar). Acho que vai dar certo", disse a noiva, em meio a uma gargalhada de felicidade.
Com o sorriso estampado, Zé Pedro já pensa longe. "Se eu viver com ela a metade do que eu vivi com a outra, já está bom", brinca. O namorinho segue as tradições do passado. Por enquanto, só mãozinhas dadas e beijo no rosto.

Perfis. Nhanhá é mais contida, fala pouco, uma legítima mineira, que gosta de fazer quitutes. Zé Pedro é mais falastrão. Gosta de contar casos e histórias muito bem explicadas. O serviço, ele não para nunca. Lavrador, marceneiro, pedreiro e carpinteiro são algumas das profissões ao longo da vida.

Hoje, na oficina nos fundos de casa, ele ainda fabrica móveis e conserta objetos. A marca dos anos de trabalho está na mão esquerda, que teve parte dos dedos arrancados por uma serra elétrica.

Para as refeições do dia a dia, os hortaliças são colhidos na horta que ele cultiva em frente à sua casa. Na oficina, ainda tem as máquinas para descascar arroz, moer café e fazer o fubá.

Acontecimento

Casamento é a notícia na pequena cidade
O casamento é considerado histórico na pequena Senhora de Oliveira, cidade de pouco menos de 6.000 habitantes, a 180 km de Belo Horizonte.
Na escola, meus colegas estão me perguntando: ‘seu avô vai casar mesmo?. Conta a neta de Zé Pedro, Juliana de Paiva, 17. Mesmo quem não for convidado, deve dar uma chegada na igreja para testemunhar o quase centenário encontro.

Os preparativos para o casamento têm mobilizado toda a família. Cada um procura ajudar de alguma maneira. Zé Pedro ganha apenas dois salários mínimos de aposentadoria. Dona Nanhá, um só.

Mas, com tantos netos e trinetos na família, a disputa para levar as alianças tem sido grande. A neta Juliana e o neto Diógenes já tiveram o aval de Zé Pedro e vão entrar na igreja, respectivamente, com as flores e a Bíblia.

Dona Nhahá prefere não usar o tradicional branco de noiva. Ela escolheu um vestido verde-claro. Zé Pedro vai deixar de lado os ternos antigos e vai alugar um para a ocasião especial. Enquanto isso, sá Vita – a mãe do noivo conta os dias para a cerimônia. Vou entrar com o Zé Pedro nem que seja carregada”, avisou.

segunda-feira, 26 de setembro de 2011

O DIREITO DO IDOSO DE TER UMA ACOMPANHANTE NO HOSPITAL




 O Estatuto do Idoso, em seu artigo 16, elucida que: “Ao idoso internado ou em observação é assegurado o direito a acompanhante, devendo o órgão de saúde proporcionar as condições adequadas para a sua permanência em tempo integral, segundo o critério médico”. Daí, são necessárias algumas observações, as quais serão discutidas a seguir:

O Estatuto elucida claramente que o idoso tem direito a um acompanhante quando em situação de hospitalização. Este costuma ser um dilema para muitos familiares, pois muitos não podem deixar sua vida cotidiana (trabalho, cuidado de filhos pequenos, etc.) para ficar em tempo integral num hospital. Infelizmente a maioria das instituições empregadoras não aceitam comprovantes da hospitalização do idoso como meio de abonar a falta do familiar que seja acompanhante.

Outras famílias não querem se organizar para garantir um acompanhamento ao idoso, tornando possível perceber que a hospitalização do idoso aparece como uma forma cômoda da família se ver livre daquele idoso que, devido ao seu estado de saúde, vem trazendo uma série de transtornos à família.

O Estatuto elucida que o hospital deve oferecer condições adequadas para a permanência do acompanhante, porém, infelizmente sabemos que esta nem sempre é a realidade de todos os hospitais públicos brasileiros.

Fica claro no Estatuto que a presença de um acompanhante é um direito do idoso, mas este não precisa, necessariamente, ser um membro da família. A presença de um familiar é  importante , porém, quando nenhum familiar pode ficar presente durante o período de hospitalização, a família pode contar com a ajuda, por exemplo, de um amigo, um vizinho, um parente distante, ou de um cuidador ou acompanhante profissional.

Por que a presença de um membro da família se faz importante? Por três motivos principais. Inicialmente, porque a hospitalização traz a todos nós sentimentos de medo, impotência e fragilidade. Ter alguém de confiança por perto neste momento traz um maior sentimento de acolhimento e segurança. O segundo motivo diz respeito à necessidade de ter presente alguém responsável pelo idoso que pode estar dependente definitiva ou temporariamente. É essencial ter alguém para conversar com os profissionais de saúde sobre o estado geral do idoso, receber notícias de diagnósticos, informações relevantes sobre procedimentos, tratamentos e medicações a serem administradas quando o idoso estiver em casa. O último motivo diz respeito ao idoso com comprometimento cognitivo, em especial portadores da Doença de Alzheimer. Nestas pessoas, mudanças bruscas de ambiente e a presença de pessoas diferentes podem causar um estado de grave confusão mental e irritabilidade, e a presença de alguém conhecido do idoso pode ajudar a aliviar esta confusão e a irritação.

Os hospitais geralmente exigem que o acompanhante de idosos internados em enfermarias
coletivas seja alguém do mesmo sexo, mas por que isto acontece? Em respeito ao pudor dos pacientes internados na mesma enfermaria. Muitas vezes os pacientes são sujeitos a procedimentos que expõem sua intimidade, por isto não é adequada a permanência de pessoas do sexo oposto (que não trabalham na área da saúde) neste local. Em casos especiais, onde realmente não existe a possibilidade de manter um acompanhante do mesmo sexo do idoso na enfermaria, esta pessoa deve ter o bom senso de se retirar do local sempre que algum destes procedimentos for realizado com um dos internos.

A equipe de enfermagem pode precisar realmente do auxílio do acompanhante na realização das atividades cotidianas, especialmente no caso de hospitais com grande número de pacientes hospitalizados. O acompanhante deve sempre colaborar neste sentido.

terça-feira, 20 de setembro de 2011

TÔ VELHA, QUE COISA BOA !



Eu nunca trocaria meus amigos surpreendentes, minha vida maravilhosa, minha amada família por menos cabelo branco ou uma barriga mais lisa.  Enquanto fui envelhecendo, tornei-me mais amável para mim, e menos crítico de mim mesmo.  Eu me tornei meu próprio amigo.  Eu não me censuro por comer biscoito extra, ou por não fazer a minha cama, ou pela compra de algo bobo que eu não precisava, como uma escultura de cimento, mas que parece tão “avant garde” no meu pátio.  Eu tenho direito de ser desarrumado, de ser extravagante.
Vi muitos amigos queridos deixarem este mundo cedo demais, antes de compreenderem a grande liberdade que vem com o envelhecimento.
Quem vai me censurar se resolvo ficar lendo ou jogando no computador até as quatro horas e dormir até meio-dia?  Eu dançarei ao som daqueles sucessos maravilhosos dos anos 60 &70, e se eu, ao mesmo tempo,  tiver desejo de chorar por um amor perdido ...  Eu vou.
 Vou andar na praia em um maiô excessivamente esticado sobre um corpo decadente, e mergulhar nas ondas com abandono, se eu quiser, apesar dos olhares penalizados dos outros no jet set.
Eles, também, vão envelhecer.
Eu sei que sou às vezes esquecido.  Mas há mais algumas coisas na vida que devem ser esquecidas. Eu me recordo das coisas importantes.
 Claro, ao longo dos anos, meu coração foi quebrado.  Como não pode quebrar seu coração quando você perde um ente querido, ou quando uma criança sofre, ou mesmo quando algum amado animal de estimação é atropelado por um carro?  Mas corações partidos são os que nos dão força, compreensão e compaixão.  Um coração que nunca sofreu é imaculado e estéril e nunca conhecerá a alegria de ser imperfeito. Eu sou abençoado por ter vivido o suficiente para ter meus cabelos grisalhos, e ter os risos da juventude  gravados para sempre em sulcos profundos em meu rosto.
Muitos nunca riram, muitos morreram antes de seus cabelos virarem prata.
Conforme você envelhece, é mais fácil ser positivo.  Você se preocupa menos com o que os outros pensam.  Eu não me questiono mais.
Eu ganhei o direito de estar errado.
 Assim, para responder sua pergunta, eu gosto de ser velho. Eu gosto da pessoa que me tornei.  Eu não vou viver para sempre, mas enquanto eu ainda estou aqui, eu não vou perder tempo lamentando o que poderia ter sido, ou me preocupar com o que será.  E eu vou comer sobremesa todos os dias (se me apetecer).
 Que nossa amizade nunca termine, porque é direta do coração!

 (Manoel Alves de Castilho)

domingo, 18 de setembro de 2011

APOSENTADORIA É O FIM DA VIDA?





A população idosa brasileira vem aumentando desde a década de 1950, quando apenas 4% dos brasileiros tinham mais de 60 anos. em 2005 15% da população brasileira tinha mais de 60 anos de idade e ainda, que esta em 2025 será a sexta maior população idosa do mundo, com cerca de 32 milhões de pessoas acima de 60 anos (Shouri Jr. et. al., 1994).
Frente a esses dados, parece haver uma necessidade de novos olhares para os idosos, de uma forma a que se comece a pensar em como aproveitar esta fase da vida. Essa preocupação é amplamente estudada na Psicologia Evolutiva, mas se preocupa somente no sentido de que as atividades de lazer necessitam estar em evidência, mas o certo é que a adaptação frente a uma nova fase de vida é a maior dificuldade enfrentada pelos idosos, pois fica a pergunta, será mesmo que é somente lazer que o idoso quer?
A pessoa idosa, na maioria dos casos, começa a formar de si mesma uma imagem negativa, resultante de um conjunto de idéias e atividades vindas da sociedade. Assim, a certa altura da vida, o indivíduo aceita sentir-se velho, significando que ele já não é mais o que costumava ser, e para piorar, juntamente com as várias limitações impostas pelo envelhecimento, vem paralelamente à aposentadoria, que atrapalha financeira, psicológica e socialmente a estrutura do idoso. Muitos chegam a pensar que a velhice é sinônimo de doença e fraqueza, e que tanto o vigor físico como a saúde jamais estará à sua disposição.
É necessário que se modifique essa visão, e considere que para o indivíduo idoso, na aposentadoria, a vida não acabou, apenas terminou uma fase, portanto há ainda outras fases a viver ativamente, e com certeza não é fazendo ginástica, excursões ou trabalhos manuais, alegando que isso é qualidade de vida para o idoso até que a morte chegue após 15 ou 20 anos.
Na tentativa de modificar essa fase de vida, foi criada a faculdade da terceira idade, muitos idosos a estão freqüentando, mostrando que tem capacidade para continuar aprendendo, e depois? Irão ser aproveitados em algum trabalho relacionado com este aprendizado? Este aprendizado os leva a um trabalho compatível com as limitações da idade? Positivamente isso prova que o idoso não perde a capacidade de aprender, e isso mantém seu cérebro processando novas informações. Se o cérebro não é ativado com novas informações, o que geralmente acontece é que, ao se aposentar, o indivíduo não é mais requisitado a utilizar sua memória recente, conhecida como memória de trabalho, e que se refere a fatos do cotidiano. Sem se submeter à correria do dia-a-dia, que exige a realização de muitas tarefas, essa função é praticamente descartada pelo cérebro. Ele, então, dá prioridade a outro tipo de memória, a remota, que o remete a lembranças do passado distante. Quanto mais ativo o cérebro se mantiver, menor será o número de sinapses (ligações entre os neurônios) perdidas por causa do envelhecimento.
A tão sonhada aposentadoria não pode representar simplesmente parar de trabalhar, e sim a troca de ocupação por uma mais agradável. Para isso, é preciso investir e se preparar evoluindo em busca da especialização.
O ideal é que a busca por uma velhice saudável comece antes e não depois que os anos começam a pesar. Ou seja, a pessoa deve programar-se para envelhecer e não ser tomado de surpresa pela aposentadoria.
Investimento, embora seja uma palavra arraigada a finanças, pode muito bem fazer parte do vocabulário de quem prepara o terreno para que solidão e marasmo passem longe da velhice. Investir nas relações sociais, em atividades extra-profissionais e no próprio equilíbrio emocional é fundamental.
Quem passa a maior parte da vida adulta voltado para o trabalho tende a sentir-se inútil quando chega a aposentadoria. E por falar em aposentadoria, esta deve ser vista não como um período em que a pessoa tem tempo para fazer tudo aquilo que o trabalho não permitia. O que está terminantemente proibido é entregar-se ao ócio.
São inúmeros os exemplos de pessoas que continuam a ter uma vida produtiva e criadora mesmo após terem entrado no estágio da vida em que são consideradas idosas. Em muitos casos, é neste período que se dá a sua contribuição mais significativa para a sociedade. Seja voce também integrante desse grupo.

(João Wagner Pereira - Sociedade Brasileira de Neurociência)
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