quinta-feira, 12 de julho de 2012

CONSTIPAÇÃO INTESTINAL DOS IDOSOS



A constipação intestinal, ou simplesmente a prisão de ventre atinge cerca de 20% da população mundial, segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS) e entre os mais queixosos estão as mulheres e os idosos. Para o paciente, ela significa fezes excessivamente duras e pequenas, eliminadas com pouca freqüência e com excessivo esforço. O médico constata que o intestino está preso quando o paciente evacua até duas vezes por semana. Os principais fatores que causam a constipação são a falta de fibra na alimentação, pouca ingestão de água, sedentarismo, limitações nos movimentos dos corpo (seqüelas, reumatismo, velhice) e alimentos que causem o ressecamento das fezes. Além disso, doenças endócrinas (hipotireoidismo), a diabetes e a insuficiência renal crônica podem causar a prisão de ventre. Certos medicamentos como antidepressivos, antitussígenos, analgésicos opiáceos (codeína, morfina), antiparkinsonianos, anti-hipertensivos, antiácidos contendo alumínio e preparados com cálcio também estão entre as causas.
Os sintomas da constipação intestinal são a dor abdominal, particularmente no baixo ventre, distensão sentida ou visível acompanhada de desconforto abdominal localizado ou difuso, eliminação de muco, de sangue e de fezes moles alternadas com duras, raramente febre, acompanhando quadros súbitos e dolorosos, o que também é válido para a concomitância de náuseas e vômitos. Queixas de inquietude, indisposição, alteração do apetite e do humor são comuns, bem como de dor de cabeça.
O diagnóstico é feito de forma variada, mas geralmente pode ser feito com exame clínico simples dependendo das características de cada paciente. O médico dificilmente encontra algo importante ou diagnóstico ao exame físico. Por isso, deve, se possível, consultar um proctologista, que procederá ao toque retal e a retoscopia, pois mais de 50% dos tumores do cólon estão ao alcance desta simples metodologia.
O tratamento consiste em modificar a dose ou tipo de medicamento que contribui para o aparecimento ou piora da constipação, afim de minimizar seus efeitos colaterais, corrigir ao máximo as causas endócrinas, metabólicas, neurológicas, dieteto-alimentares e proctológicas causadoras ou contributivas à dificuldade evacuatória, estimular a ingestão de fibras formadoras e umidificadoras do bolo fecal (granola e farelo de trigo), sugerir o uso de alimentos com propriedades laxativas naturais (são muito usados o mamão e a ameixa preta), aconselhar o uso de um ou mais dentre as diversas classes de laxativos, (sempre com parcimônia) e prescrever procinéticos (estimulantes peristálticos por via sangüínea, deglutidos ou injetados). O uso de supositórios ou enemas (lavagens intestinais) tem indicações importantes.
Métodos cirúrgicos podem ser usados, mas sua indicação é rara, exceto nas lesões obstrutivas e nas anais dolorosas. Lavagens intestinais e supositórios podem ajudar, mas, com freqüência a desimpactação manual sob sedação ou alguma anestesia, se faz necessária. Cabe ressaltar o cuidado médico para evitar o dano ao esfíncter anal, durante essas manobras.
A prevenção é o melhor remédio. Para isso, indica a reeducação alimentar e de hábitos para evacuar com regularidade fezes de consistência macia, a ingestão de concentrados de fibras regularmente e tratamento ou controle de enfermidades subjacentes locais ou sistêmicas, além da revisão dos medicamentos, principalmente, os de uso contínuo.

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