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sábado, 31 de dezembro de 2011

Fogos de artifício causam poluição sonora no fim do ano



Perigo para a audição que começa bem antes do Réveillon.
 Troca de presentes, mesa farta, clima de fraternidade… o mês de dezembro é repleto de motivos para comemorar. No entanto, uma tradição desta época do ano pode causar problemas de saúde: o excesso de barulho, principalmente os que são provenientes de fogos de artifício.
A poluição sonora no final do ano atinge níveis intensos, mas os shows pirotécnicos produzidos pelos fogos de artifício possuem um potencial de dano que costuma ser subestimado, o som de alta intensidade produzido pela pressão das explosões pode causar danos auditivos.
O maior problema é quando os fogos explodem perto de pessoas. Além da possibilidade de lesões superficiais, áreas vitais podem ser atingidas, como a cabeça e o pescoço, que concentram importantes órgãos dos sentidos, como a visão e a audição. A Organização Mundial de Saúde (OMS) aponta que 10% da população mundial apresenta algum problema auditivo e os países em desenvolvimento possuem 80% dos casos. De acordo com o Ministério da Saúde, cerca de seis milhões de brasileiros têm deficiência auditiva, 8% da população.
Em geral, as pessoas pensam que o zumbido e a sensação de diminuição de audição que se seguem a um evento explosivo são um fenômeno natural. Na maioria dos casos, se estes desaparecem, elas não procuram uma avaliação auditiva e acabam não sabendo se está de fato tudo bem. As lesões de ouvido podem ir desde a perda auditiva, caracterizada pela sensação de som abafado e zumbido, até a perfuração da membrana timpânica por ação de um rápido deslocamento de ar durante o evento explosivo.
Um estudo publicado na revista Laryngoscope, por Gupta e colaboradores (1989), já citava que a média de som medida há três metros da explosão de fogos de artifício é de 150 dB, o que excede o critério de risco para audição em eventos instantâneos. Ruídos acima de 85 decibéis são prejudiciais à saúde auditiva e quanto mais repetitivos e/ou altos eles forem, principalmente acima de 120 db, pior será o dano na cóclea, órgão responsável pela audição sensorial.
Estudos mostram que, mesmo após a cessação do zumbido e da sensação de ouvido tampado, o indivíduo pode ter sofrido perda de audição. Por isso, o ideal é que sempre se procure um otorrinolaringologista para uma avaliação auditiva. É preciso redobrar a atenção com crianças e idosos, pois nem sempre eles sabem informar o que estão sentindo após a exposição a um barulho intenso, como o de fogos de artifício. Apreciar as explosões de longe assegura um final de ano sem danos à saúde dos ouvidos.

FELIZ ANO NOVO!

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