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segunda-feira, 28 de novembro de 2011

ORGANIZAÇÃO DOS MEDICAMENTOS DO IDOSO


Cuidados especiais evitam acidentes sérios com remédios
Os medicamentos são uma parte integrante da vida dos idosos, permitindo manter sob controle as doenças de que padecem, ajudando-lhes a viver melhor, sem dores ou desconforto. No entanto, por vezes a quantidade de medicamentos que um idoso toma é tão elevada que requer uma organização e administração com cuidados redobrados.
A administração dos medicamentos por parte de um idoso começa nas consultas. De preferência deve ir um acompanhante com o  idoso, para assim saber qual o seu estado de saúde, que medicamentos vai tomar, para que, qual a dose, durante quanto tempo, se existem efeitos secundários, interações com outros medicamentos, se os comprimidos podem ser esmagados ou têm de ser tomados inteiros, ou qualquer outra questão pertinente. Não tenha receio de esclarecer todas as suas dúvidas com o médico.
Sempre que o acompanhante  for à farmácia aviar uma receita, certifique-se que o farmacêutico escreva na caixa do medicamento correspondente as indicações do médico no que diz respeito a dose e a hora da administração, ou faça voce mesmo em casa. Quer leve duas caixas de medicamentos ou dez, confira sempre toda a informação para evitar confusões .
 Em casa é necessário  ter um sistema de organização que possa facilmente assegurar a administração correta da medicação. Há quem opte por utilizar as caixas com divisórias para organizar a administração diária dos medicamentos. Em alternativa, pode usar uma  lista com  todos os medicamentos, para que servem, incluindo uma pequena descrição (comprimido oval azul, comprimido redondo amarelo), a hora da administração. Pode também utilizar potinhos plásticos com tampa e uma etiqueta descrevendo o nome da medicação e horário que deve ser administrada ( café da manhã, almoço, lanche, jantar).
Independentemente do sistema que utiliza para organizar os medicamentos do idoso, guarde sempre todas as caixas dos medicamentos em local seguro. É interessante fazer anotações sobre algum problema que tenha ocorrido com alguma medicação, como exemplo, tonteira, dor de cabeça, etc, para que possa passar para o médico.
Para termos um tratamento bem sucedido os medicamentos devem ser  tomados à mesma hora todos os dias. Se optou por organizar os medicamentos em caixas apropriadas ou potinhos, estes já podem estar divididos para a hora das diferentes refeições – mantenha a caixa junto do lugar da mesa onde o idoso normalmente almoça/janta para evitar o esquecimento. Programar  o despertador para lembrar a hora da administração pode ser outra opção para assegurar que o idoso não falhe no horário de tomar a medicação. Se estiver em casa com o idoso pode administrar o medicamento, caso contrário, informe o idoso a hora do alarme e qual o medicamento tomar. Se esse sistema for muito complicado para o idoso, e caso não esteja em casa, agende um lembrete e ligue para o idoso nessa hora, dizendo-lhe qual o medicamento que deve tomar.
 É típico deixarmos de tomar um medicamento porque nos sentimos melhor ou acharmos que o medicamento pode estar fazendo bem a uma coisa mas mau a outra – e os idosos não são diferentes. Assegure que o idoso respeite a administração diária dos seus medicamentos e evite tomar decisões como diminuir, aumentar ou alterar a dosagem de um medicamento sem antes falar com o médico. Se o idoso toma os mesmos medicamentos há muito tempo, é igualmente importante que, periodicamente, peça ao médico para reanalisar esse tratamento.
 É importante que tenha atenção aos prazos de validade dos diferentes medicamentos que um idoso está tomando. Faça uma limpeza mensal nos medicamentos que tem em casa.

sábado, 19 de novembro de 2011

CONFUSÃO MENTAL DOS IDOSOS



Principal causa da confusão mental
no idoso - Arnaldo Lichtenstein, médico.


Sempre que dou aula de clínica médica a estudantes do quarto ano de Medicina, lanço a pergunta:
- Quais as causas que mais fazem o vovô ou a vovó terem confusão mental?
Alguns arriscam:
"Tumor na cabeça".
Eu digo: "Não".
Outros apostam: "Mal de Alzheimer"
Respondo, novamente: "Não".
A cada negativa a turma se espanta... E fica ainda mais boquiaberta quando enumero os três responsáveis mais comuns:
- diabetes descontrolado;
- infecção urinária;
- a família passou um dia inteiro no shopping, enquanto os idosos ficaram em casa.
Parece brincadeira, mas não é. Constantemente vovô e vovó, sem sentir sede, deixam de tomar líquidos.
Quando falta gente em casa para lembrá-los, desidratam-se com rapidez. A desidratação tende a ser grave e afeta todo o organismo. Pode causar confusão mental abrupta, queda de pressão arterial, aumento dos batimentos cardíacos ("batedeira"), angina (dor no peito), coma e até morte.
Insisto: não é brincadeira.
Na melhor idade, que começa aos 60 anos, temos pouco mais de 50% de água no corpo. Isso faz parte do processo natural de envelhecimento. Portanto, os idosos têm menor reserva hídrica.
Mas há outro complicador: mesmo desidratados, eles não sentem vontade de  tomar água, pois os seus mecanismos de equilíbrio interno não funcionam muito bem.
Conclusão:
Idosos desidratam-se facilmente não apenas porque possuem reserva hídrica menor, mas também porque percebem menos a falta de água em seu corpo. Mesmo que o idoso seja saudável, fica prejudicado o desempenho das reações químicas e funções de todo o seu organismo.
Por isso, aqui vão dois alertas:
1 - O primeiro é para vovós e vovôs: tornem voluntário o hábito de beber líquidos. Por líquido entenda-se água, sucos, chás, água-de-coco, leite. Sopa, gelatina e frutas ricas em água, como melão, melancia, abacaxi, laranja e tangerina, também funcionam. O importante é, a cada duas horas, botar algum líquido para dentro. Lembrem-se disso!
2 - Meu segundo alerta é para os familiares: ofereçam constantemente líquidos aos idosos. Ao mesmo tempo, fiquem atentos. Ao perceberem que estão rejeitando líquidos e, de um dia para o outro, ficam confusos, irritadiços, fora do ar, atenção. É quase certo que sejam sintomas decorrentes de desidratação.
"Líquido neles e rápido para um serviço médico".

(*) Arnaldo Lichtenstein (46), médico, é clínico-geral do Hospital das Clínicas e professor colaborador do Departamento de Clínica Médica da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (USP).

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