terça-feira, 6 de setembro de 2011

ATÉ QUE IDADE PODEMOS DIRIGIR UM VEÍCULO?




O Código Brasileiro de Trânsito não define idade limítrofe para a interrupção da atividade. Saber o momento de parar é essencial . Há restrições médicas ou legais para os motoristas da terceira idade, cuja visão já não é tão boa e cujos reflexos começam a falhar?
De acordo com o Departamento Nacional de Trânsito (Denatran), o Brasil tem hoje 12.217.332 pessoas acima de 61 anos que ainda dirigem. Apenas no Estado de São Paulo, são 869.306 motoristas com idades entre 61 e 70 anos, 345.361 entre 71 e 80 e 72.020 com mais de 80.
Sabemos que, à medida que passam os anos, limitações vão aparecendo. Em média, a partir dos 60 anos, começamos ter um declínio na execução de nossas atividades. Em alguns, esse declínio é lento e progressivo, em outros, temos acentuação muitas vezes brusca devida ao aparecimento de alguma doença.
A legislação brasileira não estabelece uma idade máxima para a direção, mas determina que os idosos motorizados renovem com maior freqüência o seu exame de aptidão. Nas resoluções relativas à Carteira Nacional de Habilitação (CNH), está estabelecido que os motoristas de até 65 anos precisam renovar o teste a cada cinco anos. Acima desta idade, o exame deve ser refeito a cada três anos. O idoso portador da CNH categoria profissional enfrenta outra exigência: a de possuir visão máxima em ambos os olhos, para não ser rebaixado à categoria de motorista amador.
A catarata e o glaucoma, a hipertensão e a diabete também podem causar perdas no campo visual do idoso, fazendo com que o motorista não enxergue um carro que se aproxima pela lateral ou tenha mais dificuldades para manobrar o veículo.
Temos observado que o próprio motorista muitas vezes ao perceber suas limitações passa a ter medo de assumir a direção acabando por abandoná-la. Outras vezes vemos alguns com limitações, mas insistindo em manter-se em atividade.
Além das doenças oculares, os mais velhos estão sujeitos à diminuição dos reflexos e à limitação auditiva, que também prejudicam o desempenho no trânsito. Como todos estes problemas não têm data certa para aparecer, a limitação de idade para a direção varia de pessoa para pessoa. Cabe aos familiares a tarefa de estabelecer a hora de o idoso ir para o banco do passageiro. É necessário um diálogo aberto sobre as limitações e os riscos. A família deve ficar atenta a sinais de perigo no volante, como, por exemplo, se o condutor bate o carro com freqüência, apresenta dificuldades para estacionar e fura o sinal vermelho porque não distingue as cores.

Mesmo com os riscos impostos pela idade, os idosos não são uma ameaça ao transito. Em 2005, segundo o Denatran, 21.645 condutores com mais de 60 anos estiveram envolvidos em acidentes com vítimas, contra 213.850 motoristas entre 30 e 59 anos. A prudência dos idosos é até valorizada pelas companhias de seguro - a terceira idade pode pagar a metade do preço do seguro cobrado dos jovens.

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