domingo, 11 de setembro de 2011

OS DOIS LADOS DA LONGEVIDADE




As boas notícias da longevidade já conhecemos algumas, pois estamos vivendo mais e com maior expectativa de vida. Não há dúvida de que alcançaremos idades nunca esperadas e vamos cansar-nos de ver idosos de mais de 90 anos em atividade plena.
 O lado difícil da longevidade é que, pela primeira vez na história da humanidade, as pessoas com 65 anos ou mais serão mais numerosas que as menores de 5 anos.
 Na maioria dos países, o número de idosos com direito à aposentadoria, saúde e cuidados especiais vai ultrapassar o número de trabalhadores ativos que sustentam esses benefícios. Esta mudança mundial trará modificações financeiras profundas, pois nem os países mais desenvolvidos já têm uma solução definitiva. Os Governos e a iniciativa privada precisam se unir para criar programas sociais para a população acima dos 65 anos, para prevenir doenças como as demências (Alzheimer) e criar trabalho para esse grupo de idosos ativos.
Não há dúvida de que as despesas médicas com os idosos serão enormes e nem os Governos, nem as empresas conseguirão manter todos protegidos.
Preparar-se para a longevidade é uma atitude madura e sábia.
Nas minhas andanças em Casas de Repouso pude verificar que alguns idosos de 90 anos, são poucos, tem uma vida como se ainda tivessem bem menos idade. Conheci uma senhora, D. Marieta, que subia e descia escadas como uma jovem, uma pena que a falta de sensibilidade da família não permitiu que vissem que ela não poderia ficar em clausura numa Pousada por ainda ter muita vitalidade, e ela foi murchando até a morte.
Em contrapartida, conheço um senhor renomado de 90 anos que a família trata da forma certa, ele não leva uma vida sedentária, participa dos grupos de conversa, adora ouvir as histórias, se alimenta que é uma beleza, e o principal, tem a convivência diária com a família. Isto sim é que é tratar bem o idoso.
Gostaria muito que as famílias fossem mais sensíveis e se colocassem no lugar do idoso antes de tomar qualquer iniciativa. Não sou contra as Casas de Repouso, mas com certeza essa não é a melhor solução para um idoso que tem possibilidade do convívio familiar.

Um comentário:

  1. Gostei muito da colocacao. Pode ser que sirva de exemplo. Mas nos adoramos conviver com ele. E teimoso, mas carinhoso e quer estar no meio dos jovens.

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