quinta-feira, 13 de outubro de 2011

SOLIDÃO - "ASSASSINO INVISÍVEL" DO IDOSO


Solidão - o grande "assassino invisível"
A solidão é o "assassino invisível" do idoso, que ameaça a saúde, tanto quanto a obesidade ou o tabagismo. O custo emocional da solidão pode ser conhecido, mas os danos físicos provocados por ela têm sido negligenciados.

Um em cada dez idosos sofre de solidão intensa, o que conduz a um risco aumentado de depressão, que favorece o desenvolvimento de maus hábitos alimentares e de práticas sedentárias, que excluem a atividade física do cotidiano. A falta de interação social aumenta as chances do idoso de sofrer com doenças degenerativas, como o Alzheimer.

De acordo com o estudo realizado com 2.200 pessoas, apenas uma em cada cinco tinha ciência que a solidão é um fator de risco para a saúde. A solidão entre os idosos está aumentando, em parte, devido ao maior número de idosos morando sozinhos e, em parte, devido à dispersão das famílias.
A Organização Mundial da Saúde já classifica a solidão como um fator de risco para a saúde maior que o tabagismo e tão grande quanto a obesidade.

Riscos da solidão na terceira idade

Além dos custos sociais e econômicos, precisamos considerar as implicações emocionais e psicológicas de um número crescente de pessoas mais velhas, no Brasil e no mundo.
O isolamento social e longos períodos de solidão podem levar o idoso a desenvolver um quadro de depressão. A depressão é frequentemente uma doença crônica, com episódios de recorrência e de melhoria. Cerca de um terço dos pacientes com um único episódio de depressão apresentará outro episódio dentro de um ano, após a descontinuação do tratamento. E mais da metade terá uma recorrência em algum momento de suas vidas. Até o momento, mesmo antidepressivos mais modernos não conseguiram alcançar a remissão permanente na maioria dos pacientes com depressão profunda, embora a medicação padrão seja muito eficaz no tratamento e na prevenção dos episódios agudos da doença.
Por provocar um intenso sofrimento da alma, do corpo e da mente, a depressão é a principal causa de até dois terços de todos os suicídios. Homens deprimidos são mais propensos a cometer suicídio do que as mulheres deprimidas..

A depressão profunda em idosos pode reduzir o tempo de vida, independentemente de qualquer doença pré-existente. A diminuição da atividade física e a falta de convívio social certamente desempenham um papel importante na associação entre a depressão e a gravidade de diversas doenças que acometem os idosos, tais como:

* Doenças cardíacas e ataques cardíacos: a depressão aumenta a severidade de um ataque cardíaco e pode até prejudicar a resposta do paciente à medicação para doenças cardíacas. Embora as pessoas com doenças cardíacas possam tornar-se deprimidos, isso não explica totalmente a ligação entre os dois problemas. Os dados científicos sugerem que a depressão em si pode ser um fator de risco verdadeiro para a doença cardíaca, bem como para sua gravidade aumentada. Uma série de estudos indica que a depressão tem efeitos biológicos sobre o coração, incluindo um maior risco de coagulação do sangue, alterações do ritmo cardíaco e fluxo sanguíneo do coração prejudicado.

* Aumento da sensação de dor: a depressão coincide com o aumento da dor em pessoas idosas com condições como artrite ou fibromialgia.

* Câncer: a relação entre depressão e câncer tem sido examinada há anos com algumas claras associações, como no câncer de pâncreas e mama.

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