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terça-feira, 3 de julho de 2012

CRISE CONVULSIVA E EPILEPSIA




Epilepsia é uma doença neurológica crônica, podendo ser progressiva em muitos casos, principalmente no que se relaciona a alterações cognitivas, freqüência e gravidade dos eventos críticos. É caracterizada por crises convulsivas recorrentes, afetando cerca de 1% da população mundial.

Uma crise convulsiva é uma descarga elétrica cerebral desorganizada que se propaga para todas as regiões do cérebro, levando a uma alteração de toda atividade cerebral. Pode se manifestar como uma alteração comportamental, na qual o indivíduo pode falar coisas sem sentido, por movimentos estereotipados de um membro, ou mesmo através de episódios nos quais o paciente parece ficar "fora do ar", no qual ele fica com o olhar parado, fixo e sem contato com o ambiente.

A descarga elétrica neuronal anômala que geram as convulsões podem ser resultante de neurônios com atividade funcional alterada (doentes), resultantes de massas tumorais, cicatrizes cerebrais resultantes de processos infecciosos (meningites, encefalites),isquêmicos ou hemorrágicos (acidente vascular cerebral), ou até mesmo por doenças metabólicas (doenças  renais e hepáticas), anóxia cerebral (asfixia) e doenças genéticas. Muitas vezes, a origem das convulsões pode não ser estabelecida, neste caso a epilepsia é definida como criptogênica.

Como se desenvolve?

O mecanismo desencadeador das crises pode ser multifatorial. Em muitas pessoas, as crises convulsivas podem ser desencadeadas por um estímulo visual, auditivo, ou mesmo por algum tipo específico de imagem. Nas crianças, podem surgir na vigência de febre alta, sendo esta de evolução benigna, muitas vezes não necessitando de tratamento.
Nem toda crise convulsiva é caracterizada como epilepsia. Para tal, é preciso que o indivíduo tenha apresentado, no mínimo, duas ou mais crises convulsivas no período de 12 meses, sem apresentar febre, ingestão de álcool , intoxicação por drogas ou abstinência, durante as mesmas.

O que se sente?

A sintomatologia apresentada durante a crise vai variar conforme a área cerebral em que ocorreu a descarga anormal dos neurônios. Pode haver alterações motoras, nas quais os indivíduos apresentam movimentos de flexão e extensão dos mais variados grupos musculares, além de alterações sensoriais, como referidas acima, e ser acompanhada de perda de consciência e perda do controle esfincteriano (podem liberar urina e fezes).
As crises também podem ser precedidas por uma sintomatologia vaga, como sensação de mal estar gástrico, dormência no corpo, sonolência, sensação de escutar sons estranhos, ou odores desagradáveis e mesmo de distorções de imagem que estão sendo vistas.
A grande maioria dos pacientes, só percebem que foram acometidos por uma crise após recobrar consciência, além disso podem apresentar, durante este período, cefaléia, sensibilidade à luz, confusão mental, sonolência, ferimentos orais (língua e mucosa oral).

Como o médico faz o diagnóstico?

O diagnóstico é realizado pelo médico neurologista através de uma história médica completa, coletada com o paciente e pessoas que tenham observado a crise. Além disso, pode ser necessário exames complementares como eletroencefalograma (EEG) e neuroimagem, como tomografia e/ou ressonância magnética de crânio. O EEG é um exame essencial, apesar de

Como se trata?

O tratamento da epilepsia é realizado através de medicações que possam controlar a atividade anormal dos neurônios, diminuindo as cargas cerebrais anormais. Existem medicamentos de baixo custo e com poucos riscos de toxicidade. Geralmente, quando o neurologista inicia com um medicamento, só após atingir a dose máxima do mesmo, é que se associa outro , caso não haja controle adequado da epilepsia.

Atendimento em caso de convulsão /rss/rss.html

A convulsão, normalmente é muito estressante, a principal dica é manter a calma para que se possa, efetivamente, ajudar. É importante saber que a maioria das convulsões dura menos que 5 minutos e que a mortalidade durante a crise é baixa.

Caso a convulsão seja provocada por um acidente ou um atropelamento, não retire a vítima do local, atenda-a e aguarde a chegada do socorro médico.
A seguir, são apresentadas algumas dicas de primeiros socorros para o atendimento em caso de convulsão.

1. Deite a pessoa no chão, em um local sem objetos que possam causar lesões. Crie espaço em volta da vítima afastando curiosos.

2. Utilize a mão, roupa, travesseiro, ou outra forma para proteger a cabeça da vítima. Vire de lado a cabeça da vítima para que a saliva escorra, dessa forma se evita que a pessoa se afogue.

3. Deixe livres braços e pernas, de forma alguma os imobilize.

4. Afrouxe roupas para facilitar a ventilação. Após, verifique se não há nada obstruindo as vias aéreas e se a respiração está normal.

5. Não tente segurar a língua com os dedos, nem tente colocar objetos, como colher, caneta, na boca para segurá-la.

6. Vire a cabeça de lado, isto virará também a língua, e dessa forma será liberada a passagem do ar.

7. Para facilitar a respiração, limpe as secreções salivares com auxílio de um papel ou uma toalha.

Depois de passar a convulsão, enquanto não chegar o socorro especializado, caso a vítima quiser dormir, deixe-a descansar, enquanto aguarda o socorro.

De forma alguma medique a vítima, pois os reflexos podem não estar totalmente recuperados, e a vítima pode se afogar tentando engolir o comprimido e a água.

segunda-feira, 13 de fevereiro de 2012

Dieta calórica pode dobrar o risco de problemas de memória em idosos


Comprometimento cognitivo leve: alimentação rica em calorias 
entre idosos pode aumentar risco do problema (Thinkstock)
Pesquisa concluiu que aqueles que consomem 2.100 a 6.000 calorias têm mais chances de sofrerem de comprometimento cognitivo leve


Segundo um novo estudo realizado por pesquisadores da Clínica Mayo, idosos que têm uma dieta calórica podem chegar a dobrar os riscos de sofrerem perda de memória ou comprometimento cognitivo leve. A pesquisa foi divulgada nesta segunda-feira pela Clínica Mayo e será apresentada no 64º Encontro Anual da Academia Americana de Neurologia, em abril deste ano.

COGNIÇÃO
Conjunto de processos mentais usados no pensamento, na percepção, na classificação, no reconhecimento, na memória, no juízo, na imaginação e na linguagem. O comprometimento cognitivo é uma das características mais importantes da demência, como na doença de Alzheimer

COMPROMETIMENTO COGNITIVO LEVE
É o período de transição entre quadro de envelhecimento normal e diagnóstico de demência, que é a diminuição da função mental e comprometimento da memória, do pensamento, da capacidade para aprender e do juízo.

Para chegarem a essa conclusão, os pesquisadores selecionaram 1.233 pessoas de 70 a 89 anos livres de qualquer demência. Os participantes relataram, em um questionário, o que comiam e bebiam em um dia e, depois, foram divididos em três grupos de acordo com o consumo calórico diário de cada um. Um dos grupos ingeria de 600 a 1.526 calorias ao dia; o outro, de 1.526 a 2.143; e o último grupo, entre 2.143 e 6.000.

Os autores do estudo observaram que a probabilidade de as pessoas que consumiam mais calorias terem comprometimento cognitivo leve mais que duplicou em relação àquelas que menos ingeriam calorias. No entanto, não foram encontradas relações significativas entre o grupo do meio e os outros dois.

“Observamos um padrão indicando que, quanto mais calorias ingeridas ao dia, maior a probabilidade de um idoso ter comprometimento cognitivo leve”, afirma o coordenador do estudo, Yonas Geda. “Cortar calorias e comer alimentos que compõem uma dieta saudável pode ser uma maneira fácil e mais simples de evitar problemas de perda de memória na medida em que envelhecemos”, diz o pesquisador.

Publicado na revista VEJA de 13/02/2012.

domingo, 11 de dezembro de 2011

Alzheimer revertida pela primeira vez


Pela primeira vez, foi revertida a doença de Alzheimer em pacientes com a doença, há mais de um ano. Os cientistas usaram a técnica de estimulação cerebral profunda, que usa elétrodos para aplicar pulsos de eletricidade diretamente no cérebro.

Investigadores canadianos, da Universidade de Toronto, liderados por Andres Lozano, aplicaram estimulação cerebral profunda em seis pacientes. Em dois destes pacientes, a deterioração da área do cérebro associada à memória não só parou de encolher como voltou a crescer. Nos outros quatro, foi parado o processo de deterioração.

Nos portadores de Alzheimer, a região do cérebro conhecida como hipocampo é uma das primeiras a encolher. O centro de memória funciona no hipocampo, convertendo as memórias de curto prazo em memórias de longo prazo. Desta feita, a degradação do hipocampo revela alguns dos primeiros sintomas da doença, como a perda de memória e a desorientação.

Durante a investigação, a equipe de cientistas canadianos instalou os dispositivos no cérebro de seis pessoas que tinham sido diagnosticadas com Alzheimer, há, pelo menos, um ano. Assim, colocaram elétrodos perto do fórnix, conjunto de neurônios que carregam sinais para o hipocampo, aplicando, depois, pequenos impulsos elétricos, 130 vezes por segundo.

Após 12 meses de estimulação, um dos pacientes teve um aumento do hipótalamo de 5 por cento e, outro, 8 por cento. Esta descoberta pode levar a novos caminhos para tratamentos de Alzheimer, uma vez que é a primeira vez que foi revertida a doença.

Os cientistas têm, contudo, ainda de conhecer mais sobre o modo como a estimulação funciona no cérebro.

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Alzheimer revertido pela primeira vez
Enviado por luisnassif, qui, 01/12/2011 - 08:20
Por Nilva de Souza
Da TV Net

sexta-feira, 28 de outubro de 2011

HORA DE DESPERTAR

Quem acorda cedo é mais feliz, saudável e magro, diz pesquisa 


Por Ilana Ramos  | 19/09/2011 

Nada como uma boa noite de sono. Ela relaxa o corpo e a mente, organiza as ideias e pensamentos e nos deixa novinhos em folha para encarar o dia seguinte. No entanto, só uma boa noite de sono não o é suficiente para manter a nossa saúde em dia, o ideal é que todas as noites sejam de paz e tranquilidade. Para reforçar a importância de se dormir bem, uma pesquisa da Universidade de Roehampton ainda acrescenta à lista de benefícios do sono a hora de despertar. Reforçando aquele velho ditado que diz “Deus ajuda quem cedo madruga”, pesquisadores afirmam que acordar mais cedo ainda pode deixar você mais magro, feliz e saudável.
Os pesquisadores da universidade britânica entrevistaram 1.068 homens e mulheres sobre sua saúde, dieta, níveis de felicidade e ansiedade, bem-estar físico e hábitos de sono. O estudo dividiu os entrevistados em dois grupos: matutinos, que representavam 13% dos entrevistados e acordavam por volta das 6h58m durante a semana e vespertinos, que levantavam por volta de 8h54m, e contavam 6%. Os outros 81% ficaram entre os dois. A pesquisa concluiu que os matutinos demonstraram mais felicidade, menores níveis de ansiedade e ainda tinham menos riscos de sofrerem de depressão. Eles também eram mais propensos a tomar café da manhã, que já havia sido ligado a um menor índice de massa corpórea.
Não importa a hora que você levante, ter regularidade de sono é o mais importante. Para Andrea Bacelar, membro do Departamento do Sono da Academia Brasileira de Neurologia (ABN), "o que sabemos é que o sono com horários regulares, ou seja, hora para dormir e hora para levantar, é o grande fator para o equilíbrio do corpo e da mente. E também o tempo total individual de sono deve ser respeitado, sendo a média da população de sete horas por noite. O fato de ser vespertino não é um problema, a menos que obrigações e compromissos o obriguem a assumir ritmos diferentes do que o ritmo biológico que um vespertino necessita".
Os benefícios de se acordar cedo são inúmeros e não se restringem a questões de saúde. "Acordando cedo, estamos mais sincronizados com a luz solar, pois quando começa a clarear, acordamos, e quando escurece começamos a desacelerar e vamos dormir. Ter regularidade na vida é ser saudável. Fazer atividade física matinal é mais benéfico que fazer a noite. Fazer as refeições em horários adequados nos ajuda a manter o peso. Além disso, temos mais horas do dia para nossos afazeres. Para um indivíduo que acorda tarde, sobram poucas para resolver seus problemas ligados ao horário comercial", diz Andrea
Pessoas mais velhas não precisam se preocupar tanto com o horário que despertam, pois geralmente dormem menos. Segundo Andrea, "esse fenômeno é fisiológico. Os idosos não só acordam mais cedo como passam a dormir mais cedo. A sincronização do claro e escuro pode não ser tão eficaz, a produção de neurotransmissores fica alterada, a acetilcolina diminui e a melatonina (hormônio promotor de sono) também. No entanto, a insônia deve ser investigada e tratada adequadamente, por ser um fator de risco para doenças degenerativas, baixa imunidade, depressão e até morte. O tratamento passa por higiene do sono (evitar cafeína, levantar sempre no mesmo horário, não cochilar à tarde etc), técnicas de relaxamento e, também, uso de medicamentos".
Para quem acorda mais tarde, é possível "educar" o corpo a despertar em um novo horário. "Há duas situações. Uma é quando precisamos nos adaptar a uma diferença de fuso-horário. O organismo vai se adaptando àquele novo horário 15 minutos a cada dois dias. Outra situação é ser um vespertino e precisar passar a dormir mais cedo e acordar mais cedo. Isto é possível, sim, porem depende de medicação, luz e disciplina do paciente", conclui Andrea.

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