sexta-feira, 15 de julho de 2011

ASILO OU POUSADA PARA IDOSOS ... QUANDO É CHEGADA A HORA?



Muitas vezes a opção por residir em uma instituição de longa permanência parte do próprio idoso, ou seja, do desejo da pessoa em procurar um local no qual encontre atenção, conforto e, especialmente, atendimento às suas necessidades
básicas. Nesse contexto, a situação econômica é um ponto preponderante para a decisão de morar em um residencial para idosos, além da possibilidade de não precisar realizar as tarefas domésticas.

O adoecimento do idoso que resulte em impossibilidade de realizar as atividades da vida diária, e a necessidade de cuidados especiais, como no caso de dependência absoluta, em que há exigência de alguém para prestar o cuidado contínuo é outro motivo apontado para a internação em uma instituição asilar. O adoecimento e a conseqüente dependência não estão exclusivamente relacionados às questões orgânicas, mas também se referem aos aspectos da cognição, como nas demências em geral. A dependência do idoso e a necessidade de os familiares manterem-se no mercado de trabalho, aliada à dificuldade em encontrar e manter um cuidador formal, que responda pelo atendimento das demandas oriundas da pessoa idosa doente, constitui-se em outro motivo para o encaminhamento desta a uma instituição de longa permanência. Normalmente a família busca, em um primeiro momento, alguém que já tenha conhecimentos e habilidades para prestar os cuidados necessários. Quando não consegue, passa a contratar pessoas que se disponham a realizar esta incumbência. Contudo, quando todas as possibilidades parecem ter sido
esgotadas, a saída encontrada é o asilamento.

Freqüentemente surgem notícias com abordagens que destacam aspectos positivos acerca do viver em locais que abrigam pessoas idosas. Também são ressaltados aspectos negativos, como a existência de maus tratos, estrutura física deficitária e falta de recursos humanos capacitados para atuar com idosos que residem em asilos, particularmente naqueles de natureza pública, os quais dão a entender que esta deve ser uma preocupação constante dos profissionais que estão envolvidos com a problemática, assim como dos familiares das pessoas idosas que passaram a residir em uma instituição asilar.

O atendimento ao idoso deve ser, preferencialmente, na modalidade não asilar, porém naquelas situações em que os idosos não possuem condições que garantam sua própria sobrevivência, sua integridade física e mental, caso não possuam familiares que possam cuidar ou por motivo de doença que impeça o bom convívio com outras pessoas, o recomendado é o asilamento.

Quando uma família procura um asilo como local para seu familiar idoso morar busca, entre outras coisas, um ambiente que ofereça cuidados, companhia, além de um espaço de convivência e socialização entre os moradores. Culturalmente, em nossa sociedade, é esperado que na velhice dos pais, os filhos, mais diretamente, ou os demais integrantes da família, assumam a responsabilidade pelos seus cuidados, provendo-os material e afetivamente de acordo com as condições e as necessidades de cada caso.

Considerando a família como fonte de cuidado, optar pela institucionalização de um de seus membros, neste caso o idoso, a decisão, a priori, reveste-se de uma intenção que visa proporcionar melhores condições de vida, de cuidado e de conforto, mais qualificadas que aquelas que a família pode oferecer.

Em determinadas situações ou períodos, a capacidade da família para o cuidado pode estar comprometida ou fragilizada e, nestas condições, o idoso pode constituir-se num entrave à autonomia dos familiares, seja pelas demandas do cotidiano, que não lhes possibilita conciliar cuidado e atividades de trabalho e do lar, ou pela impossibilidade de, entre os familiares, encontrar um ou mais membros que se disponibilizem e se responsabilizem pelo cuidado do idoso.

A institucionalização, então, é uma das soluções encontradas para o problema.
Deve-se considerar, entretanto, que o estereótipo de que os asilamentos ocorrem em virtude de filhos que querem “se livrar” dos pais idosos e dependentes ou não e que não se adaptam aos “tempos modernos” é uma realidade que prevalece na concepção de muitas pessoas.

A família é um sistema de saúde para seus membros e exerce o papel de cuidadora e supervisora, tanto em situações de saúde quanto de doença, tomando decisões relativas aos caminhos a seguir, acompanhando, avaliando e pedindo ajuda aos profissionais, para que seja feito o melhor para seus idosos.

3 comentários:

  1. tenho 48 anos sou aposentada o meu problema e ter que dividi quarto com outra pessoas ,existe quarto separado

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  2. Este comentário foi removido pelo autor.

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